Ruína

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Calafrios, dores, calores,
sentimentos que tanto diferem,
interferem na forma que sou,
na maneira que vou,
na maneira que me vejo.

Como me sento à mesa
ou simplesmente deixo
de sentar, deixo
um lugar
vazio.

Ruínas de uma antiga civilização
que não acreditava viver em vão;
fósseis de um estripado coração,
hoje um museu. No princípio o guia,
um livro, uma poesia,
acompanha o passeio melancólico.

A procura de um preenchimento
onde o vazio já habita para que não
penetre mais nenhum sentimento
que transforme meu espaço em um
circo de dolorosos sofrimentos.

Caligrafia da AlmaOnde histórias criam vida. Descubra agora