Capítulo 97

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  Está acabandooooooooooooooo, só mais um capitulo e acabou, acabooooouuuuuu 



Quando se perde alguém é como um vaso de vidro que se quebra, assim como um teste de resistência que falha, confiamos que sempre teremos a vida pela frente e de repente .....

Quando perdemos alguém em situação de raiva, de decepção, de grande e difíceis sentimentos não tão bons a sensação é de confusão, algo que não sabemos bem como lidar. Não sabemos se o perdão deveria ter vindo antes ou depois da morte, mas vamos parar e pensar um pouquinho. A morte para muitas pessoas não passa de uma grande viagem para a eternidade onde passaremos a viver com mais puro e sincero amor de nosso pai ou para o inferno ou pagaremos por todos nossos supostos pecados enquanto vivos. Para outros tantos como os espiritas, o fim da missão imposta por si mesmo para renascer e recomeçar em uma nova tentativa de evolução, e ainda para outros é simplesmente o fim de tudo. Nunca em vida sabemos com certeza o que se passa após a morte, mas teremos a certeza do que a morte poderá causar aos que ficam.

O importante é entender que nunca poderemos fugir desse destino, um dia seja ele de sol ou de chuva, de felicidade ou de tristeza, próximo ou longe de pessoas que amamos, um dia ... um dia a morte chegará para todos.

Outro dilema a se refletir é sobre a justiça, o que seria justo para uns e para outros? Qual seria a melhor forma, a mais justa a se pagar por nossos supostos erros? A morte para uns não seria justo, mas se a morte é um grande mistério como saber que esse não é a pior forma? Se vivos como ter certeza que haveria forma de mudança, de arrependimento? Dizem que psicopatas nunca se arrependem, que tudo para eles não passa de uma forma de proteção ou até de uma grande brincadeira.

Um indivíduo mata uma pessoa, passa anos privado de liberdade. Será que isso é pagar? Será que isso é a "justiça"? Afinal a pessoa a qual ele assassinou não estará mais a vida por ele supostamente pagar. Quando clamamos por justiça, reclamamos o direito a uma punição a quem realizou o ato, mas esquecemos que nada será o suficiente, porque nada fará voltar aquele ou aquilo que um dia perdemos. Nada será como antes.

A justiça, o justo no fundo é apenas algo simbólico que nos conforta, então porque a morte de alguém ruim, que em vida apenas praticou atrocidades não poderia simbolizar o fim para tudo que a pessoa ainda poderia causar a outras que ainda tentam se levantar?

Barbara: Você está triste – afirmou ao se aproximar do filho solitário na sala, Anahí resolveu que seria melhor ela dar a noticia aos filhos, naquele momento juntou os três no quarto das meninas para contar a primeira perda da vida deles.

Alfonso: Estou.... – a olhou nos olhos – Eu acho que não deveria – puxou Barbara para que se sentasse ao seu lado e com uma atitude surpreendente deitou a cabeça sobre o colo de Barbara que passou a fazer um cafune no filho, estava feliz por estar mais próxima a ele a cada dia.

Barbara: Filho eu sei que deve ter muito ressentimento nesse coração, quando Anahí me contou eu juro que também não soube o que pensar... o que sentir, ela nos fez muito mal ao nos separar, mas... ela foi sua mãe por anos e eu não me sentirei mal se meu filho aquele que desejei ver o rostinho desde do primeiro minuto que soube que você estava aqui – acariciou a própria barriga – dentro de mim, demonstrar que tem um coração tão bom, um coração maravilhoso ao ponto de passar por cima de tudo e se deixar sentir essa dor – Alfonso a olhou.

Alfonso: Eu estou confuso – confessou deixando uma solitária lágrima surgir – Tenho certeza que minhas irmãs sentem o mesmo, se ela estivesse viva eu estaria longe dela, eu não a queria perto dos meus filhos, eu sinto..... algo forte dentro de mim, como um ódio, uma .... eu não sei explicar, mas a forma como morreu me abalou sabe? – Barbara assentiu.

Queria Muito Te Odiar - Livro 03Onde histórias criam vida. Descubra agora