The Last Man On Earth ❋ Lee Jong Suk

IV

Estou à mais ao menos meia hora a tentar enviar uma mensagem a Lee Jong Suk mas nada me parece decente o suficiente. Pensei em dizer algo como "Hey, será que podemos nos encontrar amanhã, na paragem perto do hospital?", mas iria parecer uma desesperada à procura de marido; "Pode gravar o meu contacto como "Kyung"", mas quem é que me diz que ele vai querer gravar o meu contacto?; "Desculpa-me pelo que aconteceu mais cedo...", mas não quero tocar nesse assunto.

Decidi mandar uma mensagem assim: "Olá, é a Kyung. Acho que te enganaste na pessoa e colocaste o teu contacto no meu bolso.". Sim, não sei ser original...peço desculpa.

Esperei mais um pouco e sinto o meu telemóvel vibrar, estava nervosa e as minhas mãos tinham-se transformado num rio de suor, meu deus Kyung, o que se está a passar contigo.

Abri a mensagem mas ainda não tinha aberto os olhos pois tinha-me arrependido seriamente, de ter enviado aquela mensagem, ele vai pensar que eu sou uma stalker.

Abri os olhos e vi a tão desejada mensagem: "Aproveite os 50% de desconto em todos os produtos de higiene....".

Abortar missão. Nada de Lee Jong Suk.

Ouvi três batidas na porta do meu gabinete:

- Entre!

Vi duas figuras femininas à porta: Hyo Rin e Yang Mi.

- Kyung! Onde é que tiveste metida?

Sentaram-se as duas à minha frente e senti as minhas bochechas corarem.

- Ah fui almoçar com a Hye Jin. Porquê?

- Nem sabes!

- Pois não Yang Mi, conta-me.

- O Lee Jong Suk estava à porta do hospital a beijar uma mulher! – Disseram as duas em uníssono.

Eu sei, era eu.

Senti o meu telemóvel vibrar de novo e sentia as famosas borboletas no estômago, quer dizer, não eram só as borboletas, eram as borboletas, os macacos, os unicórnios...era o zoológico todo!

Vi que a mensagem era do Suk e abri-a: "Kyung, acho que se enganou na pessoa que esteve a beijar mais cedo." .

Apetecia-me gritar. Eu estava tão envergonhada.

- FUI EU. PRONTO FUI EU. ASHH CHINCHA!

- OMO! Estás a falar a sério? Não acredito!

Tinha de lhes contar, mais tarde ou mais cedo elas iriam descobrir. Eu estava a apaixonar-me pelo Lee Jong Suk, lentamente.

- O que é que eu faço agora? Eu sinto-me perdida.

Pousei a minha cabeça na secretaria e senti os seus carinhos no meu cabelo. Elas eram boas amigas, as melhores que alguém poderia ter. Obrigada meninas.

- Primeiro, explica-nos o porquê de o teres beijado.

Respirei fundo, não sabia como é que eu haveria de dizer aquilo.

- No início, era para me esconder da Hyo Rin, mas depois de sentir os seus lábios, eu senti vontade de o beijar e não me separei dele. Sinto-me tão mal.

- Awn, a nossa pequenina Hyung está apaixonada.

Levanto rapidamente a cabeça, com uma cara apavorada.

- Pois estou. – Finjo começar a chorar e voltou a baixar a cabeça.

- Segundo, liga-lhe e pede-lhe para conversarem.

- Nãoooo, jamais. Não tenho coragem.

- Quer dizer, tiveste coragem de o beijar e não tens coragem de lhe ligar? Que tipo de pessoa és tu?

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- Kyung!

Olho para trás e vejo Lee Jong Suk aproximando-se do banco do parque. Sinto que vou desmaiar por estar tão nervosa.

- Lee Jong Suk.

Levanto-me e faço-lhe reverência, volto a sentar-me e olho para as minhas mãos como se encontrasse lá as minhas cábulas para tentar me desculpar.

- Ah..

- Ah..

Começámo-nos a rir. Que ridículo.

- Eu peço desculpa por o que aconteceu hoje mais cedo. Não volta a acontecer, eu não pensei nos meus atos.

- Não tem mal, mais tarde ou mais cedo isso iria acontecer certo?

- Não...porque haveria de acontecer?

- Porque normalmente pessoas beijam-se quando estão apaixonadas.

Corei. Senti a minha cara chegar ao seu vermelho extremo. Como é que ele conseguia dizer aquelas palavras de forma tão singela, tão simples.

- Era uma brincadeira Kyung! Eu desculpo, mas só hoje.

Ri-me nervosa. Ando a entender tudo errado.

Olhei-o e vi-o a olhar para mim.

Desviei o olhar e suspirei.

Ele suspirou também.

Coloquei a minha mão no meio do banco e senti algo em baixo delas. Olhei e vi que tinha a mão em cima da mão de Lee Jong Suk. Tirei-a rapidamente enquanto me desculpava mil vezes.

Hoje o dia não poderia ficar pior. Estou tão desastrada.

Senti o ar quente que saia da sua boca, perto do meu ouvido.

- Kyung, eu quero mesmo beijar-te agora. O que é que eu deveria fazer para que este desejo acabasse?

Senti a minha respiração parar e virei a minha cara para ele rapidamente.

Os nossos narizes tocaram-se e quando estava prestes a beijar os seus lábios, este espirra mesmo à frente da minha cara. Afasto-me e levanto-me tentado não parecer envergonhada.

- Eu vou ter de ir agora, já está a ficar tarde. Vemo-nos amanhã....

Era neste momento que eu queria que só houvesse uma única pessoa no mundo.