E se um dia, tudo o que dizemos, se torna realidade? Mesmo que não o tenhamos sentido e apenas tenha saído da nossa boca sem nenhum fundamento...Como é que seria o nosso mundo? Como é que ficariam todas as pessoas ao nosso redor? Essa é uma bela teoria que eu gosto de tentar decifrar, mas como sempre, alguém me chama e me dá algum trabalho para fazer.
- Kyung tens uma cirurgia daqui a 2 horas, vai te preparando. – Disse o meu superior, o meu "mestre".
- Certo mestre, estarei lá a horas. Fighting!
Ele deixou-me de novo com os meus pensamentos, e por um motivo não determinado, lembrei-me daquele jornalista do meu artigo...talvez lhe devesse mandar um e-mail a agradecer pela sua simpatia no artigo. Ah não é preciso, qualquer dia eu encontro-o na rua e esse assunto irá emergir e eu agradecer-lhe-ei.
Mas, voltando ao assunto mais interessante da minha vida, o que aconteceria se de repente toda a gente do mundo morresse e apenas restasse uma pessoa viva num mundo de 7 bilhões? Será que iria ser feliz ou nem aguentaria 1 semana e acabaria por se suicidar? Ou então, iria dar uma volta ao mundo e iria divertir-se até não poder mais? O que aconteceria com essa pessoa? Ela iria agradecer a Deus por lhe ter dado aquela oportunidade ou iria odiá-lo até não poder mais? Não sei, não sou essa pessoa.
- Eun Kyung meu amor! O que é que estás a fazer? – Disse Hye Jin enquanto entrava no meu consultório.
- Tem consulta marcada? – Brinquei com ela, enquanto me levantava para a abraçar.
- Estás a tentar virar o Picasso coreano ou isso são só rabiscos? - Disse olhando para o meu caderno, que por acaso estava todo riscado.
- Ah não não, foi sem crer. – Fechei o caderno rapidamente e comecei-me a rir.
- Mas então, o que te traz por aqui minha linda Hye Jin?
- Vim te dizer que encontrei os meus 6 000 wons!
Olhei-a de forma esquisita, não me lembrava do que deveria...a minha memória não é a melhor!
- Não acredito que te esqueceste Kyung! Eu disse-te que quando encontrasse os meus 6 000 wons que te vinha avisar e iriamos almoçar juntas! Ah Eun Kyung, o meu cartão, os 6 000 wons, escola....não?
- Ahhhh sim já me lembro. – Comecei-me a rir exageradamente e bati palmas.
- És a melhor Hye Jin! Onde é que os encontraste?
- Estava debaixo da minha cama, não sei como...mas estavam! E o cartão também. – Riu-se. – Mas vamos mesmo almoçar, até já reservei uma mesa, aliás vou levar o meu noivo e um amigo dele...acho que vocês se irão dar bem!
- O quê? Mas no acordo, dizia que era um almoço só entre nós duas!
- Acordo? Qual acordo? Nem te deste ao trabalho de fazer o acordo e agora estás a reclamar! – Riu-se.
- Okay okay, um dia ainda te vou matar por seres tão chatinha.
Olhei o relógio de relance e vi que faltavam 30 minutos para a cirurgia.
- Olha vou ter uma cirurgia daqui a meia hora, então podes ficar aqui à minha espera e depois vamos juntas, pode ser?
- Okay my dear, até já. Fighting!
- Fighting!
Despedi-me dela e fui até à sala de cirurgia e preparei-me devidamente.
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Tinha acabado a cirurgia, demorou mais ao menos 2 horas e meia. Estava a voltar para o meu consultório, mas senti o cheiro de café e tive uma vontade repentina de beber um pouco. Aproveito e levo também para a Hye Jin.
Fui buscar dois copos de café e entrei no meu consultório, fechando a porta como inicialmente.
- Voltei Hye Jin, aproveitei e trouxe coffe porque simplesmente não resisti!
Estava a tirar o meu casaco e a pendura-lo no meu cabide para dar o café à Hye Jin quando vejo o jornalista Lee Jong Suk sentado na cadeira do paciente.
Saltei de susto pois não estava mesmo à espera e não tinha nenhuma Hye Jin no consultório como estava à 2h30min atrás.
- Ah, peço imensa desculpa. É que estava aqui uma pessoa conhecida antes e agora está aqui o senhor.
Comecei a arrumar a minha mesinha rapidamente, estava tudo desarrumado.
- Não tem mal Song Eun Kyung. Como correu a sua cirurgia?
Engasguei-me com o café porque a) estava muito quente e queimei a língua e b) como é que ele sabia que eu tinha estado numa cirurgia até agora?
- Como....Como é que sabe?
- Ah a senhora que esteve a operar é minha tia.
- Certo! Ela está bem, a cirurgia correu lindamente. Mas, tentando não ser mal-educada mas já sendo, eu tenho um almoço marcado agora e tenho mesmo de ir. Não me leve a mal. – Disse me levantando.
- Por acaso também tenho um almoço agora. Vemo-nos por aí Eun Kyung! Foi um prazer ter conversado consigo. Até um dia. – Disse sorrindo e saindo logo em seguida.
Acabei por sair logo em seguida e avisei algumas pessoas que iria almoçar mas que voltaria rápido porque ainda tinha consultas à tarde.
Já estava a chegar ao restaurante em que iriamos almoçar e acabo por entrar e ver Hye Jin com um homem que deduzi ser o seu noivo. Acenei-lhe ao que a mesma me disse para sentar à sua frente e ao meu lado está um lugar livre ao que penso ser o lugar do amigo do seu noivo.
Vejo alguém se aproximar da nossa mesa e vejo o noivo de Hye Jin acenar-lhe.
- Ah nem te cheguei a contar. Acreditas que apareci no jornal, Hye Jin?
- A sério? Porquê? Descobriram o teu negócio de tráfego negro de gomas?
- Não, sua engraçadinha! Foi sobre o meu plano de globalização. – Ri-me.
- E quem foi o idiota que se deu ao trabalho de escrever algo sobre ti?
- Eu.
Olhei para o meu lado e vi Lee Jong Suk sentando-se ao meu lado e sorrindo para Hye Jin.
Então ele é o amigo do noivo da Hye Jin? Ele é o meu blind date?
- Olá de novo Song Eun Kyung.
Olá de novo Lee Jong Suk.
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The Last Man On Earth ❋ Lee Jong Suk
Poetry"Eu não iria casar com ele nem mesmo se ele fosse o último homem à face da Terra!" Talvez ela se tenha arrependido de proferir aquelas palavras, pois na realidade ele tinha-se tornado o último homem à face da Terra e ela a última mulher. Será que Le...