6º Capítulo

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    Seguindo viagem , não conseguia parar de pensar naquilo , não sabia que minha própria avó seria capaz de fazer uma coisa dessas. Essas questões estavam martelando tanto a minha mente que nem estava prestando muita atenção nas estradas.

    A estrada em que eu me encontrava era deserta e era uma reta que não tinha fim, não havia uma viva alma naquele local , então pisei mas fundo no acelerador pois já estava começando a chover e eu não queria de jeito nenhum permanecer dirigindo na chuva , então decidi ficar hospedada em um pequeno hotel que ficava na beira da estrada, pelomenos até parar de chover. Estacionei o carro e fui na recepção para poder fazer a reserva.

    Entrando na recepção, deparei-me com uma senhora que aparentava ter pelomenos uns 50 anos , tinha um cabelo grisalho amarrado feito um coque no alto da cabeça e usava um longo vestido de flores. Assim que passei pela porta , ela me encarou e deu um sorriso tão docê quanto o muffin que eu havia comido mas cedo:

- Boa noite linda menina , posso te ajudar com alguma coisa ? - Disse ela , com uma voz suave , que me fazia querer dá um abraço nela.

- Boa noite senhora , sim pode me ajudar, gostaria alugar um quarto para passar uma noite. - Disse eu à ela , me aproximando da bancada.

    Havia algo naquela senhora que me aconchegava , não sabia o que era mas a presença dela me fez parar de pensar em tudo que havia acontecido mas cedo , era como se ela fosse um anjo ou sei lá o quê. Só sabia que ela me fez esquecer toda raiva que eu estava sentindo uns minutos antes, a escuridão que me cercava havia sumido , todo sentimento ruim havia sumido.

   Então ela começou a procurar alguma coisa atrás da bancada , quando encontrou ela disse:

- Aqui está, a chave do melhor quarto que temos disponível, aproveite a hospedagem... - Sua voz saiu com tom de entusiasmo.

    Estava indo em direção a sua mão, para pegar a chave. Assim que eu encostei em sua eu tive uma visão, ou pelomenos acho que era uma.

    Em minha "possível" visão, eu vi muitas pessoas morrendo e depois que morriam , suas almas escuras me cercavam e diziam coisas que eu mal podia entender , pois falavam muito rápido. Então senti uma mão no meu ombro e aquela escuridão sumiu.

-Você está bem ? - Disse a senhora , olhando para mim com um ar de preocupação.

- Sim , estou bem , foi só um pequeno devaneio. - Disse à ela , pegando a chave de sua mão e corri para o meu quarto.

    Tentando esquecer aquele pequeno ocorrido , abri a porta e me encantei com a beleza daquele quarto , as paredes eram de um branco muito cintilante , o piso de madeira brilhava e uma janela que pegava de ponta a ponta , as mobílias um um marrom escuro e uma cama de dar inveja para qualquer casal. Entrando no quarto , tranquei a porta e rapidamente me joguei na cama , afundando o rosto naquele travesseiro macio como penas, e derrepente meu celular toca. Era minha mãe, então eu atendi:

- Oi mãe, está tudo bem ? - Disse eu estranhando sua ligação.

- Não Rose , não está tudo bem. - Disse ela com uma voz de choro.

- Sua avó faleceu ! - Disse ela , desabando no choro.

    Como assim ? Eu não conseguia acreditar naquilo , eu estava a caminho de sua casa , precisava de respostas. Como isso poderia ter acontecido, logo agora. Então eu perguntei:

- Como ela morreu mãe? - Disse à ela , esperando uma resposta

- Ela se suicidou , cortou sua própria garganta filha... - Disse ela ainda chorando muito.

- Onde você estava indo filha ? - Perguntou ela , com um ar de preocupada.

- Estava indo visitar a vovó. - Disse eu à ela , desabando no choro e desligando o telefone.

    A vovó tinha feito aquilo tudo , mas ainda era minha vó, não queria que isso tivesse acontecido. Pior do que isso , quem vai responder as minhas perguntas? Eu não sabia o que fazer naquela altura do campeonato, teria que esperar aquela chuva passar para poder ir para casa , mas enquanto não passava , decidi pedir uma pizza.

    Enquanto ia caminhando para o criado mudo , escutei alguém me chamando , quando me virei deparei-me com a coisa mas assustadora que poderia ser naquele momento , sangue escorria sob suas roupas , havia um corte profundo em seu pescoço. Ali estava , parada  bem na minha frente , minha querida avó.

A MaldiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora