Capítulo 1

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MARIA JÚLIA
Me chamo Maria Júlia, cresci em orfanato e fui obrigada a abandonar ele com os meus dezoito anos de idade assim que acabei a escola e conclui minha maioridade. Nunca tinha entendido muito bem o motivo de me tratarem diferente de outras crianças, sempre tive um dos melhores quartos, minhas refeições na maioria das vezes era diferente, e eu era tratada diferente de outras crianças lá no orfanato, quando eu fiz treze anos comecei a querer dividir minhas coisas com outras crianças para quebrar essa diferença entre eu e elas, somos todos iguais e eu não vi motivos para ser tratada diferente, mas uma das moças que cuidava da ala feminina me disse que quando meus pais me deixaram lá deixaram uma boa quantia para eu viver minha vida por bons anos, eu não acredita nisso até sair do orfanato e ter acesso a minha conta bancária. Todo o dinheiro que meus pais deixaram na conta do ornato que era meu a dona do orfanato me fez abrir uma conta e fez a transferência de todo o dinheiro para a minha conta.

Com o dinheiro que foi deixado em minha conta, comecei a caminhar para realizar meu sonho cursando a faculdade de Turismo que tanto amo. Fiz quatro anos de faculdade particular e terminei com meus vinte e dois anos e logo depois para me aperfeiçoar comecei a fazer alguns cursinhos particulares de hotelaria, administração, marketing, inglês, espanhol e alguns para atualizar a minha Geografia e História. Finalizando, terminei os estudos da escola, entrei na escola da faculdade permanecendo por quatro anos, depois fiquei mais dois anos fazendo cursos, para ser quem eu sou hoje e estou com vinte e quatro anos sem saber o que é curtir direito.

Hoje tenho minha própria agencia de turismo que sei cuidar dela sozinha muito bem sem precisar de auxílio de ninguém. O dinheiro que meus pais deixaram para mim, me fez crescer e ser alguém, o dinheiro sempre parecia se multiplicar a cada dia que se passava graças a Deus ele rendeu. Sim, eu procurei meus pais, coloquei detetives atrás deles, e acharam eles mas eles faleceram em um naufrágio a sete anos atrás e eu não pude conhecer eles infelizmente.

Depois de ter minha vida profissional estabelecida, eu tirei minhas férias e deixei meus funcionários cuidando de tudo, os funcionários que tem a responsabilidade com as funções comerciais, funções financeiras, funções contábeis, funções de segurança, funções administrativas, são todos confiáveis e já passei as regras enquanto eu estiver fora.

Depois de ver minha barraca de acampamento montada, percebi quanto tempo eu não faço isso e como eu precisava. Estou acampando na beira de uns lago que para chegar nele eu passei por caminhos estreitos no meio de plantas, passei por uma cachoeira e uma fazenda enorme, a fazenda tem de tudo que é animais rurais e muita plantação, olhando no horizonte parece não ter fim, admirei e vim logo chegar ao meu destino desejado.

O lago se chama Lago Sem Dono, é lindo, não tem poluição na areia aparentemente e muito menos na água, a água é clara tem um tom de azul bem claro e a areia tem cor de neve e aqui perto tem a cachoeira quando eu enjoar de um lado vou para o outro. Esta um sol quente e não tem ninguém aqui no lago no momento, porém assim é melhor para minha privacidade. E que comece as minhas férias.

- Deito em minha canga que esta estendida na areia. Estou usando biquíni de cor preta.

GABRIEL ANTONE
Cresci com o pensamente de ser alguém na vida e da uma vida melhor para os meus pais. Vi os meus pais com a fazendinha pequena e humilde deles trabalhando todos os dias com o trabalho braçal para ajudar nos meus estudos, e por ser filho único meti a cara nos estudos para dar orgulho. Terminei meus estudos, e enquanto isso trabalhei em um mercado, minha situação financeira foi melhorando até que eu consegui comprar uma parte do mercado e depois comprei o mercado todo. Ele vende de tudo, um senhor mercado, ele fica no centro da cidade e minha fazenda se encontra distante da cidade. A minha fazenda é a fazenda que era de meus pais, eu comprei as fazendas mais próximas, comprei terrenos próximos e tudo desse lado da cidade é tomado pela minha fazenda, minha fazenda fica envolta de um lago, é lindo e meu também já que minha fazenda esta a volta dele, inclusive a cachoeira é minha também, tenho vinte e oito anos.

Sai até em algumas revistas da cidade, sai em jornais fora do pais, muitos me conhecem como o maior fazendeiro do meu pais, eu me sinto orgulhoso por dar orgulho aos meus pais mesmo eles não se encontrando mais aqui na terra e sim no céu. Meu pai faleceu por culpa de sua saúde que não era muito boa e minha mãe por ser de idade igual ao meu pai não aguentou perde-lo e parou de se cuidar até a sua falência. Se quando meu pai faleceu eu tivesse essa situação financeira que tenho hoje, talvez eles estariam vivos agora e eu cuidando deles. - O meu mordomo entra na sala, fica em sua postura, e logo atrás deles vem dois de meus seguranças e ficam me olhando. O rosto deles não esta muito bom, alguma coisa aconteceu.

— Eduardo eu nunca vou descobrir o motivo da sua vinda aqui com os seguranças se você não falar. Até onde eu sei, eu ainda não tenho bola de cristal.

— Senhor Gabriel, uma mulher hoje pela manhã passou pelos cantos da fazenda, ela cruzou a fazendo e esta no logo.

— Então uma mulher passa por minhas terras e ninguém para ela? Vocês ultimamente estão me decepcionando. - Eles abaixam a cabeça. — E para de abaixar a cabeça, erram no serviço e ainda abaixam a cabeça, hajam feito homens. - Eles se erguem e ficam me olhando.

— Desculpa. Vamos resolver isso agora. - Um de meus seguranças fala.

— Eu quero vocês apareçam naquele lago, descubra o que ela esta fazendo lá, descubra o que ela quer e tirem ela do meu lago. - Ordeno e aponto meu dedo para eles.

— Licença. - Um dos seguranças pede e todos saem da minha sala e o meu mordomo acompanha eles.

Eu nunca, jamais vou aceitar uma mulherzinha qualquer andando pelas minhas terras, ela acha que é o que? Independente de quem for vai sair do meu lago.

ACAMPANDO COM O INIMIGOOnde histórias criam vida. Descubra agora