01 de dezembro de 2015
Ah como é bom o primeiro dia de férias, sem provas, sem professores e o pior sem os amigos.
De repente eu me sinto muito só, sem nada para fazer além de ver séries. Então ligo para minha amiga Taylor, minha bestie:
-Oi Taylor
-Oi Harley! O que está fazendo?
-Estou vendo séries, mas estou me sentindo muito sozinha. E você?
-Eu estou escutando música enquanto lavo a louça, é bem mais legal com música
-Você pode vir para cá?
- Hum, posso. Vou só terminar aqui e já vou. Chego aí daqui uns 15 minutos, ok?
-Ok, vou fazer pipoca.
-Hum, adoro.
-Tchau
-Tchau
Ah, ainda bem. Mal posso esperar ela chegar!
Mas, foi nesse dia, que eu estava super feliz que nosso amigo Andrew foi atropelado. Os pais dele mandaram mensagens para a gente e nós fomos correndo para lá. A cidade é pequena, o hospital é bem perto como tudo aqui é. Quando chegamos lá os pais dele estavam chorando eu não aguentei e comecei a chorar também. O médico estava vindo em nossa direção, sua cara não estava muito boa e ele logo disse:
-Ele não se machucou muito, mas vai ter que ficar aqui por uns dias.
- Vocês já têm uma previsão de quantos dias ele vai ficar aqui? – Perguntou a mãe dele
-Não, mas não vai demorar muito para descobrirmos isso. Fiquem despreocupados, vai dar tudo certo.
01 de outubro de 2016
Posso dizer que não foi bem assim, não deu tudo certo. A família de Andrew nem mora mais onde morava quando ele estava vivo. Sofremos muito quando ficamos sabendo da notícia.
Não gosto de lembrar disso, me sinto mal quando lembro do que aconteceu.
Meu celular está tocando, é a Taylor:
-Oi Harley!
-Oi Taylor
-Você vai para a escola hoje?
-Sim, por quê? Você vai faltar?
-Não, é porque eu tenho que te contar uma coisa
- Fala!
-Só na escola, meus pais podem ouvir
-Ok, estou morrendo de curiosidade
-Beijo, tchau
-Tchau
Conversar com a Taylor é sempre bom, ela me faz sorrir. Me arrumei, desci as escadas, coloquei o café no copo e fui. Encontrei com a Taylor na metade do caminho fomos conversando até a escola. Chegando lá, já fui logo perguntando:
-O que você tem para me falar?
- Ah, é que eu tenho um crush
-AH MEU DEUS! Quem é?
-O Nowell!
- Ah, ele faz bem o seu tipo.
-Sim e eu estava pensando em falar com ele, tipo bem sério mesmo.
-Mas falar assim? Na cara?
-Não, eu não tenho coragem. Eu vou escrever uma carta
- Você vai se identificar na carta ou vai ser uma admiradora secreta?
-Vou escrever meu nome, como ele vai gostar de uma pessoa sem nem saber quem é?
- Ah, sei lá.
- Que horas você vai escrever a carta?
- No intervalo.
-Ok, vou te ajudar
O sinal tocou, fomos para a sala, fingindo que não estava acontecendo nada.
No intervalo fomos correndo para a biblioteca escrever a carta. Demoramos mas conseguimos. Revisamos o texto 1 milhão de vezes. Voltamos para a sala e colocamos a carta na mesa dele.
Bateu o sinal, fomos para a sala. Ele viu a carta, leu e olhou pra Taylor, ela toda vermelha ficou sem reação. Ele sorriu e marcou ''sim'' na carta.
Olhei para ela sorrindo e ela sorrindo para ele e para mim nem sabia para onde olhava. Mas claro que nem tudo poderia dar certo, a Sophie, a menina que senta atrás dele, é apaixonada por ele, ela olhou para a gente parecia o cão chupando manga. Mas só eu vi isso, Taylor estava muito feliz, nem estava prestando atenção.
Mas eu sabia que ia acontecer alguma merda, alguma coisa Sophie vai fazer e eu não estava errada.
Quando acabou a aula, todo mundo saindo, eu enrolei mais um pouco para conversar com a Taylor, fui falar sobre a Sophie:
-Taylor, quando você e o Nowell trocaram sorrisos e tudo mais, a Sophie olhou de uma maneira não muito feliz e ela vai aprontar alguma coisa eu tenho certeza.
-Será que ela vai estragar tudo? Uh odeio aquela invejosa.
-Temos que tomar cuidado com ela agora.
-Sim
Fui para casa e, quando cheguei lá, fiquei pensando no que a Sophie iria fazer. Eu estava com medo de ela arruinar tudo.
02 de outubro de 2016
Chegando na escola, a primeira pessoa que eu vejo é a Taylor e, logo depois, a Sophie. Acho que ela está nos perseguindo. Fui falar com a Taylor e fomos para a sala mesmo antes de bater o sinal, lá não tinha ninguém então podíamos conversar que ninguém ia ouvir, mas não foi bem assim:
-Taylor, o que você acha que ela vai fazer?
-Acho que ela vai tentar convencer ele de que ela é melhor do que eu.
-Hum, é pode ser.
-É pode ser – disse Sophie, ouvindo toda a nossa conversa- vocês vão ver o que eu vou fazer, esperem mais um pouco e vão saber, tchauzinho.
Olhei pra Taylor e ficamos com medo do que iria acontecer. Bateu o sinal, pegamos o caderno e o livro e quando abrimos o livro tinha uma carta da Sophie, olhamos uma para a outra e depois para Sophie, que estava com um leve sorriso no rosto.
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Everybody Lies
Novela JuvenilA história de duas amigas, em que uma delas tem um crush em um menino da sala, mas outra menina tem crush no mesmo e ela vai fazer de tudo para conseguir o amor desse menino para ela.