2• hug me?

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Abro os olhos para vê-la. Ela estava com os olhos fechados e respirava profundamente a cada minuto, como se estivesse aproveitando o momento assim como eu.

— Você estava dormindo? — Faço a pergunta besta em um sussurro. Ela abre os olhos, que se encontram com os meus, e demora algum instante para responder.

— Não estava conseguindo... — Ela diz, mas procurava uma resposta com o olhar.

— Essa blusa é minha, sabia? — Lhe pergunto, abrindo um sorriso enquanto ela abaixa o olhar.

Não sabia porque ainda estávamos desse jeito, mas eu não queria me separar. Eu estava em paz ali, com ela.

— Eu sei... — Ela se rende, fechando rapidamente os olhos e sorrindo, como se desistisse de encontrar uma justificativa.

— E por quê está com ela? — Pergunto, abaixando uma mão e pousando na cintura da mesma, a puxando pra mim. Demi prende a respiração, mas não me impede. Afasto-nos um pouco, mas ainda em contato um com o outro. A encaro, esperando uma resposta.

— Seu cheiro... Ele me dá paz. Era como se você estivesse aqui. — Ela responde, olhando para baixo, sem ter coragem para me encarar. A felicidade que eu sentia não cabia dentro de mim e eu estava a ponto de beija-lá. Mas não sei se podia.

— Mas agora eu estou aqui, Demi. E se quiser tirá-la... — Digo, com um tom malicioso, o que faz com que ela dê uma leve risada, enquanto afunda o rosto em meu pescoço. Ali ela respira fundo. — Demi? — A chamo e ela apenas solta um murmúrio em resposta. — Você ainda me ama?

Ouço-a respirar fundo mais uma vez, e em seguida voltar o seu olhar para mim, e posso ver a confusão em seu olhar.

— Eu estou confusa. — Ela responde. — Eu... Você pode me ajudar, Wil? — Ela pergunta, me encarando de uma maneira que eu não consigo desviar o olhar, me perguntando o que ela queria.

— Como? — Pergunto, e mecho minha mão em seu rosto, acariciando levemente.

— Me abrace — Ela responde. Eu a encaro, querendo saber tudo que ela sentia naquele momento. Então, após não descobrir, eu a abraço, tentando transmitir todo meu amor. Todo o amor ainda existente dentro de mim por ela.

Pensei se realmente Demi sentira minha falta. Como ela ficou assim, tão sensível e tão diferente da Demi Lovato da nova era, Confiante? Ela parecia que precisava de alguém para que cantasse para a mesma até ela dormir, alguém que precisasse de um abraço todas as noites e de ouvir palavras para conforta-lá e deixá-la tranquila. Eu podia jurar que estava ouvindo Nightingale tocar. Como uma música de fundo de uma cena de filme. Há poucos instantes eu estava em um bar, sofrendo e me lamentando por estar sem ela. Mas agora, parecia que tudo que eu precisava fazer era ir atrás da mesma, de tentar de novo.
Eu sabia que tínhamos muita coisa para conversar, mas, nesse instante, nenhum dos dois quer isso e eu posso sentir.

— Wilmer? — Sou tirado de meus pensamentos pela voz da mesma, ainda nos meus braços. Eu murmuro em resposta. — Você ainda me ama? — Foi um replay de alguns minutos atrás. A voz dela estava carregada de insegurança e parecia que ela estava prestes a chorar.

Busco seu olhar, procuro não pensar em nada e apenas lhe beijo. Um beijo calmo, mas foi se tornando como uma necessidade de ambos. Cheio de saudade e ainda, ali, tinha amor. De ambos os lados.
A puxo mais para mim pela cintura, enquanto ela sobe os braços para o meu pescoço. Sinto a mão da mesma me puxando, como se fosse possível nos encaixarmos mais. O beijo que antes era calmo e tranquilo, agora estava cheio de fervor e paixão. Como se esperássemos por aquilo há muito tempo. Há um mês, para ser mais exato.
Sorrio quando ela nos direciona para dentro de sua casa, sem cessar o beijo. Nós andamos por toda sua casa aos tropeços e beijos. Chegando na escada, ela se separa e segura em minha mão, me direcionando pela escada e indo em seguida até o nosso antigo quarto.
O encontro totalmente arrumado, o que me faz pensar que ela não estava dormindo ali, e sim em outro. Aquele quarto era cheio de lembranças maravilhosas, e com certeza Demi não gostaria de dormir em meio aquilo tudo.
Ela vira e me empurra para a cama, eu me endireito na cabeceira enquanto a vejo subindo sobre mim devagar e sentando no meu quadril.

hug me, love me.Onde histórias criam vida. Descubra agora