Psycho

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olha quem chegou no role.
aka mais uma att, dessa vez com um pouco mais de 'descobertas' pra bichinha que igual eu em aula de álgebra, nao entendendo nada.

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Permaneci pensativa em relação aos acontecimentos do dia anterior, a dubiedade em mim aumentava a cada segundo em que eu permanecia trancafiada naquele quarto, meu ócio momentâneo fazia com que cada osso do meu corpo estalasse com facilidade a cada vez que eu me movia na cama.

Eu já não sentia tanto frio como quando acordei, aquela mulher que veio me entregar comida provavelmente havia solucionado este problema. O local não estava aquecido, mas era no mínimo um ambiente com temperatura agradável. Meus olhos não se encontravam mais afetados pela luz intensa do quarto, talvez eu apenas estivesse me adaptando aos poucos a o que comecei a chamar de quarto melancólico.

Estar naquele local sem janelas que facilitassem a entrada de luz solar me fez perder a noção do tempo. Não poderia dizer se lá fora era manhã, tarde ou noite e essa questão me deixava angustiada.

Eu não conseguia parar de refletir sobre onde eu estava e os motivos que me trouxeram a este local. Havia um espaço maior fora deste quarto e através dos brancos e melancólicos corredores? Quem era a mulher que me deu comida e remédios? Por que ela não tinha permissão para responder meus questionamentos?

Balancei a cabeça rapidamente em negação, tentando afastar aqueles pensamentos, deveria parar de pensar tanto sobre as questões das quais eu não teria respostas por enquanto. Ligeiramente lembrei do caderno que achei em uma daquelas gavetas.

Empunhei o caderno azul, suas páginas estavam um pouco desgastadas, folheei-as mas estavam em branco. Permaneci folheando as páginas e em uma delas bem no fim do caderno havia algo escrito, mas pareciam códigos que variavam entre sinais ortográficos, sinais matemáticos e desenhos como estrelas e corações, tudo aquilo era um tanto infantil. Já as letras eram semelhantes aos garranchos feitos por uma criança começando a escrever, "CC" foram as siglas que consegui identificar.

A luz da porta tornou-se verde e aquele som ressoante de sirene adentrou por aquele quarto, e eu novamente precisei ser ágil em esconder aquele caderno, o objeto era um dos segredos que eu gostaria de desvendar, e com certeza o faria.

A porta estava entreaberta, pressionei os lábios mantendo a postura ereta, forcei o corpo tentando espiar entre aquele pequeno feixe, logo vi o que estava do lado de fora. Percebi o corpo se movimentando e em seguida empurrando a porta de metal, estreitei os olhos, me perguntei o motivo de ter demorado tanto pra adentrar o quarto.

Uma mulher, que não era a mesma de ontem, invadira o quarto melancólico. Seu corpo era magro e a postura em cima dos saltos brancos era impecável, ainda assim ela não era tão alta eu conseguia ficar do seu tamanho sem precisar me esforçar muito.

Fixava um olhar confiante e frio contra mim, como se eu fosse culpada por algo, mas eu sequer consegui desviar os olhos, tampouco demonstrei intimidação, mantive meu olhar firme contra o seu.

- Eu sou a Dr. Karla Cabello, psiquiatra local, e serei sua médica pelo tempo que estiver aqui. - suas palavras pareciam decoradas, a forma que as desferiu foi tão fria e direta quanto o seu olhar.

- Psiquiatra? Onde diabos eu estou e por qual motivo? Eu não recordo meu nome, como vim parar aqui, nem o motivo, nem quando, e eu não consigo nem ver minha própria aparência, não há espelhos nesse quarto, e ele é melancólico, gelado, tediante, e eu peço que por favor, me tire daqui. - me desesperei pela primeira vez naquele local, cuspi as palavras ligeiramente e nem parei para pensar sobre o que eu estava realmente falando. Ela apenas lançou um olhar compreensivo, pela primeira vez, por poucos segundos, algo pareceu amolecer dentro dela.

- Você sairá desse quarto em alguns dias. Imagino que queira respostas e eu estou aqui para lhe dar as informações necessárias. Então, uma pergunta de cada vez.

- Onde eu estou?

- Você está em Ohio, na instrução mental Athens Lunatic Asylum.

- Certo, por quê?

- Seu caso é complicado. - suspirou. - Você tem o que chamamos de Transtorno Mental de Personalidade.

- Que porra é... - não sabia o que aquilo significava, mas antes de tentar perguntar fui interrompida.

- Você é psicopata, 27.

- 27? Por quê me chamam assim? Eu não recordo meu nome...

- Alguns pacientes são chamados por números, esses números são os números de seus respectivos quartos. A informação do seu nome é confidencial, por motivos também confidenciais.

- Que piada, estou sendo privada de saber o meu nome. - ri com escárnio.

- Há mais alguma pergunta?

- Eu sou psicopata... - balbuciei baixo, afirmando para mim mesma, tentando assimilar a informação que recebi. A Dr. Karla me olhava com as sobrancelhas erguidas, tentando entender o que eu havia falado.

- O que você disse?

- E-eu, ahn, nada. Eu não disse nada. Quando eu saírei daqui? Digo, quando poderei ver algo além dessas paredes brancas?

- Eu já disse, você sairá do quarto em alguns dias, nem eu sei quando. Pode ser amanhã, depois de amanhã, daqui há uma semana... Não há uma resposta exata.

- Certo. - Me conformei em um suspiro, nada mais além disso adiantaria. - Eu sinto fome. Existe alguma comida aqui além daquela coisa nojenta que me trouxeram ontem? Como ousam chamar aquilo de canja? - seus lábios se curvaram em um breve e pequeno sorriso.

- Verei o que posso fazer por você. - Virou as costas, indo em direção a porta. Abrindo-a com um cartão e saindo. Vermelho.

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eu sei que eu demorei, não tenho desculpa pra isso, mas tenho motivos, meu celular quebrou e eu tenho provas todas as sextas, me perdoem.

obrigada por lerem, eu peço pelo voto e comentários de vocês, é extremamente importante saber que alguém gosta do meu trabalho.

divulguem pros amiguinhos que shippam camren, ou que gostam de histórias do tipo, isso tbm é importante.

se quiserem trocar uma ideia meu Twitter é @camzsuckz

qualquer erro, me avisem que depois eu arrumo.

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⏰ Última atualização: Mar 18, 2017 ⏰

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