Uma sereia sonhadora - Cap.1

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Marinette -on-

Tive um sonho hoje, um em que eu viajava, era uma descobridora, podia andar livre sem precisar de água. Era um sonho lindo, mas rápido, quando acordei ainda estava no mar, sempre estou no mar. Mas hoje era um dia diferente, hoje eu faço 16 anos, e posso finalmente me afastar pelo menos um pouco da água e ver como é a terra. 

-Hoje é o dia filha- Disse minha mãe entrando no quarto

-16 anos e pode ver o mundo dos humanos- meu pai entra atrás com algo na mão- Tome, minha filha é para você.

Ele me entregou um enfeite de estrela do mar vermelha, assim como minha cauda, para colocar no cabelo.

-Que linda pai - respondi pegando meu presente.

-Uma estrela no mar para nossa estrela no mar - minha mãe disse sorrindo-Mas não é só isso, abrindo o enfeite tem uma foto nossa...Eu abri e realmente tinha a foto da mamãe e do papai abraçados e sorrindo.

-...Nos sabemos da sua vontade de explorar a terra e utilizamos a nossa magia para que você possa, com essa estrela do mar ficar uma semana sem contato com o mar-meu pai continuou. 

Dei um sorriso que parecia rasgar minhas bochechas de tão largo, e em um pulo dei um abraço forte nos dois.

-Eu tenho a sorte de ter pais maravilhosos

-E nos a sorte de ter uma filha maravilhosa - disse minha mãe - Agora vá ver como é o mundo fora deste mar.

-Mas minha filha tome cuidado com os humanos eles podem te capturar, e fazer coisas que eu nem posso imaginar - Meu pai disse com o olhar de preocupação.

-Como o que?- Perguntei sempre curiosa.

Meus pais de entre olharam e disserem com a voz triste.

-Ouvimos coisas como a venda de nossas escamas como remédio e aprisionamento para que os humanos realizem desejos, provocarmos catástrofes naturais, e coisas parecidas.

Espantada respondi que iria tomar cuidado, e nadai rapidamente para a superfície, e na para praia fui para lugar mais isolado que já conhecia, pois sempre estava lá admirando como era o mundo fora do mar desde os 5 anos.

-Olá Ladybug!- Era Tikki um pássaro fêmea, era uma Tié-Sangue, ela me chamava de Ladybug pois a minha causa era vermelha com pontinhas pretas, igual a uma joaninha.

-Olá Ladybug!- Era Tikki um pássaro fêmea, era uma Tié-Sangue, ela me chamava de Ladybug pois a minha causa era vermelha com pontinhas pretas, igual a uma joaninha

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Nota da Autora: Isso é um Tié-Sangue macho, mas tomei a liberdade de transforma-lo em fêmea 

-Olá Tikki!-Respondo. Tikki era minha amiga, minha única amiga, conheço ela desde a primeira vez que vim a esse lugar, e como já sabia falar com animais nos tornamos amigas próximas

-Então é hoje o dia que poderá andar?

-SIM!- Respondo animada. Ao sair da água, com certa dificuldade, fico na areia, esperando ansiosamente para a transformação das minhas nadadeiras em pernas, sabia que iria demorar, mas não tanto. 

O sol já estava em seu ápice e foi quando minhas pernas começaram a surgir

-Tikki, está acontecendo, olhe, olhe- quando a transformação estava completa me levantei e comecei a andar, a princípio foi difícil, mas depois de treinar, estava andando cada vez mais rápido e com facilidade.

-É agora Tikki vou ver, as coisas, os lugares, os animais, as plantas...- Falava animada lembrando do sonho que tive.

-Espere Ladybug, você se esqueceu, antes de tudo terá que encontrar roupas, você está nua.

-Qual o problema?

-Querida, agora você está na forma humana, e os humanos usam roupas, sem falar que, mais adentro da terra há um vilarejo, acho que por enquanto vai ter que se contentar em andar na praia, e amanha vejo se consigo roupas pra você, com a ajuda de outros amigos.

-Ok Tikki- disse com um tom de voz deprimido.

Mas tinha um tempo até escurecer e eu finalmente voltar para o mar, então fiquei ali, conversando com Tikki, falei sobre o enfeite de estrela do mar. E ela me contou tudo que eu poderia fazer com pernas e pés, uma das coisas que ela disse foi sobre dança, o que eu achei maravilhoso, e fiz alguns passos, desajeitados, mas fiz. E quando vi já era noite, e eu nunca tinha visto o céu tão estrelado.

Me despedi de Tikki e nadei até minha casa, distraída olhando para as estrelas não vi, a rede que me segurou, e quanto mais me debatia mais me enroscava na rede, até que senti sendo puxada, gritei com todas as forças mas quando vi já estava fora do mar presa por uma rede. Olhei ao redor e me deparei com um humano me encarando, espantado a princípio e depois com um sorriso malicioso, me arrepiei tanto que até minhas escamas estavam arrepiadas, "Estou ferrada, o que acontecerá comigo?"

Continua...

A sereia e o pirataOnde histórias criam vida. Descubra agora