3. vais ter que mo permitir

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KIM NAMJOON

Estava desmaiado concentrado no meu trabalho para dar conta da tua presença. Mas, no momento em que o teu perfume invade as minhas narinas, olho automaticamente para cima.

— Hey, Namjoon — a tua voz angelical soa nos meus ouvidos e o meu coração bate apressadamente.

— Hey — profiro num tom baixo, gesticulando para que te sentes a meu lado.

Estou nervoso, não estamos próximos desta maneira desde o dia que nos conhecemos.

— Eu tenho aqui umas ideias que eu, o Jimin e o Jungkook tivemos e queríamos a tua opinião, uma vez que tu é que tens que desenhar.

Não consegui desviar o meu olhar de ti enquanto falavas. Tu és tão bonito, Taehyung. Não posso sequer crer que a vida me deu a oportunidade de conhecer alguém extraordinário como tu - e mais, apaixonar-me por ela e ainda ser correspondido.

Mas ambos sabemos que temos um amor quase impossível. E a culpa é minha.

— Namjoon hyung?

Acordo do meu transe. Merda, estava a apreciar-te demais.

— Sim, desculpa — abano a cabeça, tentando me livrar de certos pensamentos e, esperançosamente, de Yoongi. — Estou a ouvir.

— Então... — voltaste a pegar na folha que outrora tinhas na mão. — Queríamos que as analisasses e visses quais achas possíveis para realizar.

Peguei nela quando a pousaste - sei que ainda estás sentido depois da minha rudeza para contigo - e analisei cada ideia. Sentia o teu olhar em mim enquanto lia cada palavra e não podia evitar o bater forte do meu coração e a cor avermelhada das minhas bochechas.

— Podes parar de olhar, Taehyung?

Sim, eu estava demasiado simpático, Yoongi estava demasiado sossegado.

— Oh, desculpa, hyung.

Ficaste envergonhado depois das minhas palavras. Ah, que porra!

— De qualquer maneira, — suspirei. — algumas delas são, sim, possíveis e até fáceis. Então, eu posso tentar, tudo bem?

— Sim — assentiste e levantaste-te no mesmo instante. — Pronto, era só isto, hyung. Obrigado pelo teu tempo, bom trabalho.

Levantas-te lentamente e eu baixo a cabeça para não te ver ir embora. Eu quero-te aqui, Taehyung.

Mas tu fazes a ação tão devagar que não me posso impedir de te observar enquanto, praticamente, me imploras, com a folha apertada nas tuas mãozinhas contra o teu peito, para que chame o teu nome.

E eu faço-o.

E não vai ser o Yoongi a impedir me que tal aconteça. Não vai.

— Taehyung.

A tua cabeça vira-se na minha direção instantaneamente e eu suspiro. Eu sabia que tu querias que eu o fizesse, vi um sorriso discreto crescer nos teus lábios.

— Sim?

— Vem aqui.

Nós tínhamos que falar e ambos sabíamos e queríamos isso. Eu queria explicar-te o porquê do meu comportamento estúpido, mesmo que seja muito difícil para mim porque, na verdade, nem eu entendo.

Tu vieste até mim rapidamente, tu querias mesmo estar ali e isso deixava-me feliz.

— Olha... — tu começaste a sussurrar e eu sobrepus a minha mão sobre a tua.

no control ⁂ nam.tae.giOnde histórias criam vida. Descubra agora