Capítulo 5 - Pedrinho, o matador.

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Pedro Rodrigues Filho, nasceu em uma fazenda em Santa Rita do Sapucaí, sul de Minas Gerais, com o crânio ferido após o pai ter deferidos chutes na barriga de sua mãe. Matou pela primeira vez aos 13 anos. Em uma briga com seu primo mais velho, empurrou-o para uma prensa de moer cana, por pouco não morreu.
Aos 14 anos, matou o vice-prefeito de Santa Rita de Sapucaí Minas Gerais, com um tiro de espingarda em frente à prefeitura da cidade por ter demitido seu pai, que na época foi acusado de roubar merenda escolar, depois matou outro vigia que supunha ser o verdadeiro ladrão. Foi para Mogi Das Cruzes, em SP, onde começou a roubar bocas-de-fumo e a matar traficantes. Conheceu Botinha, a viúva de um ex líder do tráfico e foram viver juntos. Assumiu as tarefas do falecido e teve de matar rivais. Morou ali até que Botinha foi executada pela polícia.
Pedrinho jurou vingança.
Matou e torturou várias pessoas em busca do assassino de sua ex-mulher, um homem que ela havia deletado anos antes. Quando o encontrou, em um casamento, cumpriu sua vingança e matou 7 pessoas e feriu 16. Pedro ainda não tinha nem 18 anos.

Teve sua primeira prisão em 24 de Maio de 1973 após ter assassinado o próprio pai com 22 facadas e depois de ter arrancado o coração do mesmo, mastigado e cuspido, por conta de seu pai ter assassinado com 21 golpes de faca sua mãe.

Na prisão, onde viveu toda sua fase adulta, matou muitos homens com a justificativa de que eram "maus".
Corre uma história de que uma vez, quando foi transportado pela PM, algemado junto com outro prisioneiro, ao abrir o camburão, encontraram o homem morto. Pedrinho assumiu a autoria do crime e justificou "ele era estuprador".

Em 2003, apesar de já condenado a 126 anos de prisão, esteve para ser solto, porque a lei brasileira proíbe que alguém passe mais de 30 anos atrás das grades - embora um decreto de 1934, assinado pelo então presidente Getúlio Vargas, permita que psicopatas possam ser mantidos indefinidamente em estabelecimentos psiquiátricos para tratamento. Também por causa de crimes cometidos dentro dos presídios, que aumentaram suas penas para quase 400 anos, sua permanência na prisão foi prorrogada pela Justiça até 2017. Pedrinho contava com a liberdade para refazer sua vida ao lado da namorada, uma ex-presidiária cujo nome ele não revela. Eles se conheceram trocando cartas. Depois de cumprir pena de 12 anos por furto, ela foi solta e visitou Pedrinho no presídio de Taubaté.

Certa vez, atacado por cinco presidiários, matou três e afugentou os outros dois. Matou um colega de cela porque "roncava demais" e outro porque "não ia com a cara dele". Para não deixar dúvidas sobre sua disposição de matar, tatuou no braço esquerdo: "Mato por prazer", coberta recentemente por outra tatuagem.

Pedrinho poderia ser descrito, segundo a psiquiatria como psicopata - alguém sem nenhum remorso e nenhuma compaixão pelo semelhante. Psicopatas não desenvolvem afeto; há hipóteses de que Pedrinho desenvolvia por sua mãe, e sua ex-namorada, o que melhor categoriza-o como sociopata, por querer vingar a causa delas. 

Após permanecer 34 anos na prisão, foi solto no dia 24 de Abril de 2007. Informações da inteligência da Força Nacional de Segurança indicavam que ele havia se deslocado para o Nordeste, mais precisamente para Fortaleza no Ceará. No dia 15 de setembro de 2011 a mídia local catarinense publicou que Pedrinho Matador foi preso em sua casa na zona rural, onde trabalhava como caseiro, em Balneário Camboriú, litoral catarinense. Segundo o telejornal RBS notícias, ele terá que cumprir pena de 8 anos por acusações como motim e cárcere privado, cometidos ainda quando estava detido em São Paulo.
Pedrinho foi solto em 2018, com 64 anos e criou uma conta no YouTube para falar sobre seus crimes.

Pedrinho foi solto em 2018, com 64 anos e criou uma conta no YouTube para falar sobre seus crimes

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