The first time.

3.7K 177 96
                                    

O barulhento bairro do Brooklyn parecia ter sido colocado no modo mudo do lado de fora.

O apartamento de Bane estava tomado por um completo silêncio enquanto o feiticeiro servia vinho em duas caras taças de cristal.

Alec Lightwood se encontrava inquieto, ainda parado próximo à porta enquanto assistia a Magnus, abrindo e fechando a boca diversas vezes, sem saber ao certo o que dizer, até que o mais velho finalmente acabou com o silêncio, para o alívio do Shadowhunter.

— Você pode se sentar no sofá, Alexander. – Magnus exclamou ainda de costas, abrindo um sorriso divertido para si mesmo antes de se virar, com as duas taças em mãos. – Não é como se ele fosse te fazer entrar em um portal ou algo assim.

O tom de Bane era divertido, na esperança de que ao ouvi-lo, Alec se sentisse mais à vontade.

O quase imperceptível sorriso que brotou nos lábios de Lightwood foi a prova de que a tentativa de Magnus havia dado certo.

O shadowhunter caminhou até o pequeno sofá ao canto da sala, sentando-se e arqueando uma sobrancelha na direção do feiticeiro, que veio até ele tão traiçoeiro quanto um gato negro camuflado nas sombras. Isso era uma das coisas que Alec mais gostava em Magnus: sua aura de perigo e mistério.

Bane entregou uma das taças ao mais novo, e sentou-se ao seu lado, tomando um longo gole do líquido escuro enquanto encarava os resplandecentes olhos azuis do jovem Lightwood, que corou de uma maneira estupidamente adorável. Magnus riu, levando sua mão livre cheia de anéis até o ombro do menor, fazendo um carinho longo ali.

— Você não tem a mínima noção do quão belo fica na minha presença, não é? – Magnus perguntou, em meio a um sorriso de canto que soava subliminarmente malicioso.

— Uh, o que quer dizer com isso? – Alec riu de um jeito tímido, mantendo seus lábios semi abertos, fazendo com que Bane quisesse beija-lo ali mesmo.

— O Alec Lightwood Shadowhunter, que vive no Instituto e caça demônios é um homem forte, destemido, que não se deixa abater nem quando o pior dos monstros o ataca. – Magnus gesticulava com a mão livre, dando ênfase nas palavras, enquanto o mais novo o ouvia, o encarando de um jeito curioso. – E esse Alec é o que sua família conhece. Izabelle, Jace... seus pais.

Alec franziu o cenho, abrindo a boca como se fosse argumentar em algo, porém, o feiticeiro foi mais rápido, e o calou com um dedo sobre seus lábios.

— Porém, quando você está comigo, em momentos em que ninguém mais pode vê-lo, exceto eu, você se torna o meu Alexander... – a voz de Bane foi se tornando mais baixa, até que suas palavras começaram a soar como sussurros ronronados. – ... um garoto irresistivelmente belo, que não sabe reagir a elogios e cora quando é pego olhando para mim, como se estivesse cometendo algum pecado.

Instintivamente, o shadowhunter fechou os olhos, como se a voz suave do mais velho o conduzisse a uma espécie de transe.

Magnus se aproveitou da oportunidade para pegar a taça do menor e colocá-la na mesa de centro, juntamente com a sua.

— Você se torna infinitamente mais belo quando está comigo, porque nesses momentos você é quem você é. Sem a máscara de Shadowhunter. Sem a capa de filho perfeito... é apenas Alexander, um garoto que faz careta quando bebe cerveja e que é puramente inocente, porém, é valente o suficiente pra desistir do próprio casamento apenas para dar uma chance a um mero submundano.

Ao pronunciar as últimas palavras, Magnus já se encontrava próximo o bastante para que seus sussurros atingissem o pescoço de Alec, que foi tomado por um arrepio que se alastrou por sua pele alva.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Feb 15, 2017 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Magnus & Alec: As histórias que ninguém contou.Onde histórias criam vida. Descubra agora