What's Your Name?

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Circo Zaorye, Ardatov - 9:00 P.M.

O coração de Olivia batia com força, totalmente descompassado em seu peito. Acabou se distraindo e baixou a guarda, sendo pega em flagrante pelo mesmo rapaz que a encontrou naquela manhã. Ela precisava pensar em algo e rápido, para conseguir escapar.

- Responde, garota! O que está fazendo aqui? – o loiro insistiu, com os olhos fixos nela.

- Me larga! – ela gritou, tentando se desvencilhar dele. Mas o rapaz era realmente forte, comparado à ela.

- Não mesmo! Você vai me falar agora o que estava fazendo aqui ou irei chamar a polícia. – ameaçou, com uma expressão séria.

"Maldição! Esse garoto sempre estraga tudo e justo agora!" – pensou Olivia, nervosa e irritada. Sem conseguir bolar uma desculpa convincente, apelou para a mais simples de todas.

- É que eu... Me perdi. – mentiu.

- O quê?! Você está de brincadeira. Acha mesmo que vou cair nessa?

- Mas é verdade! – retrucou – Eu saí para procurar um banheiro e acabei me perdendo ao voltar para a entrada do espetáculo.

- Isso ainda não explica o porquê de estar aqui. – argumentou o rapaz, extremamente desconfiado.

- Eu vi a luz acesa e pensei que pudesse ter alguém aqui dentro que me indicasse o caminho. Mas acabei me distraindo com as matérias antigas. – explicou ela, com uma voz um pouco mais amena. O loiro suspirou.

- É a segunda vez que encontro você bisbilhotando por aqui.

- Sou uma pessoa curiosa, desculpe. – ergueu as mãos em rendição. – "Boa Olívia! Ele está caindo direitinho!".

- Dessa vez, irei acreditar em você. Mas se te encontrar bisbilhotando por aqui de novo, não hesitarei em chamar a polícia, entendeu? – disse ele, autoritário.

- Ok, ok... Já entendi.

- Venha, o espetáculo já começou. – falou, puxando-a para fora do trailer.

Olivia tentou olhar uma última vez para a matéria do jornal fixado na parede, em busca de mais alguma pista, mas foi inútil. O rapaz empurrou-a de maneira apressada, impedindo que ela pudesse ver qualquer outra coisa dentro do veículo. Em resposta, ela bufou, completamente frustrada. Ele percebeu, mas pensou que havia sido pela forma rude que a levava. Decidiu então, soltar o braço da morena e deixá-la caminhar de maneira mais à vontade. Quase de imediato, Olivia esfregou o lugar em seu braço onde ele havia segurado com força.

- Não quis machucá-la, sinto muito. – disse ele, um pouco mais gentil – Pensei que estivesse tentando roubar alguma coisa.

- Ah, claro! Tenho cara de ladra agora, muito obrigada. – ela ironizou.

- Depois de hoje cedo, posso dizer que sim. – o loiro provocou, divertindo-se com a expressão de fúria dela.

- Olha aqui, seu... Seu... – tentou pensar em uma maneira de defini-lo, tamanha raiva que sentia.

- Dakota.

- O quê?!

- Dakota, esse é meu nome. Mas se preferir, pode me chamar de Dake.

- E quem disse que me importo em saber seu nome? – respondeu, ríspida.

- Você parecia estar procurando uma palavra para se referir a mim, então nada mais justo que saiba o meu nome.

- Deixa eu adivinhar, sua função aqui é ser palhaço? Porque está fazendo isso de um jeito excelente. – ela argumentou, sarcástica. Sua paciência à essa altura não era das melhores, mas o loiro estava realmente se divertindo com aquilo.

CoulrophobiaOnde histórias criam vida. Descubra agora