NO FIM DA NOITE.

15 4 3
                                    



Era próximo da meia noite, para muitos o fim do dia, hora de se repousar na cama para o merecido descanso, mas para outros, hora de sair, beber e se divertir. Como para Maysa, para ela era o inicio da noite, e hoje seria uma noite especial, pretendia se divertir muito. Estava de sentada de frente ao espelho penteando seus cabelos curtos quando Paula entra apenas de toalha no quarto. Paula era uma mulher bonita, loira, alta, com quadris e peitos volumosos. Suas curvas ficaram marcadas pela toalha.

"Talvez devêssemos ficar aqui, tenho certeza que podemos nos divertir" insinuou Maysa sem tirar os olhos o espelho.

"Não hoje amor" respondeu Paula tirando a tolha. "Depois de todo aquele pão de diversão a noite inteira agora vem com essa" complementou Paula enquanto colocava seu sutiã. "Vamos nos divertir, e alguém terá um noite ótima."

"Então alguém vai aproveitar tudo isso esta noite" Falou Maysa virando e apontando para ver a amiga ainda com a parte de baixo desnuda.

"Claro" riu, "Uma maquina desta não pode ficar encostada, se não enferruja" completou fazendo uma posse de modelo, uma posse que seu corpo foi feito para fazer. Maysa riu e concordou com a amiga.

"Mas você sabe que eu sei pilotar muito bem esta maquina" provocou voltando-se para o espelho.

"Existe pilotos e pilotos, e é melhor você parar de me provocar, você que me convenceu de saímos juntas hoje." Falou Paula já vestida. "Eu fiquei em choque quando você me ligou" Sentando ao lado de sua parceira na frente do espelho retangular. Pegou uma escova e começou a escovar o cabelo. "Nunca vi uma DJ não gostar de festa" completou.

"São coisas diferentes, estar embaixo e em cima do palco" explicou Maysa.

"Em cima, tem bebida grátis" retrucou Paula.

***

A boate era grande, mas ainda sim estava cheia. Maysa sábia que depois de algumas bebidas algumas danças com a amiga ela partiria para sua caçada, e só se encontrariam três horas depois na saída da festa. Paula rapidamente entrou no clima, tomou alguns drinks, conversou com alguns homens, escolheu um e sumiu no escuro da boate. Maysa era, mas cautelosa, tinha decidido se divertir, mas precisava escolher o parceiro certo. Pegou uma bebida e se alojou próximo a bar, entre um gole e outro observava e avaliava o local. Maysa era uma mulher bonita, não tinha o corpo de dançarina de programa de televisão como Paula, mas chamava a atenção por onde passasse, tinha o corpo magro o que fazia que seus seios não muito grandes se destacassem. Tinha a pele branca, o nariz fino e os lábios naturalmente vermelhos. Seu rosto era de menina, mas passava uma sensação de desafio, daqueles que não era fácil conquista-los, mas que valeria a pena. Usava uma camiseta onde era possível ver o lado de seu sutiã preto, cabelos curtos de um loiro tão claro que brilhava com a luz negra da boate.

Um homem alto pagou uma bebida para ela. "O que quer dizer está tatuagem?" perguntou o homem ao pé de seu ouvido. A tatuagem em seu braço esquerdo chamava atenção, uma caveira mexicana com um corvo saindo dos olhos, sempre era usada como ponto de entrada fácil para a abordagem de um pretendente. Ela sorriu sem dizer uma palavra, o avaliou de cima a baixo e decidiu que não valia a pena. Tomou a bebida de sua mão e se dirigiu para o meio da pista largando o homem estático na frente do bar. Dançando ela se destacava ainda mais, mexia-se ao ritmo pulsante da música, movia-se com leveza, tinha a certeza de que era a mais bela, essa certeza era passada em seus passos. Os olhares de todos estavam sobre ela. Sabia que todos a queria e era isso que ela queria, podia não ficar com ninguém naquela noite, mas era a sua dominação sobre o desejo dos outros, homens e mulheres, que a excitava.

InvulgaresOnde histórias criam vida. Descubra agora