Bones - L.P.

New life

Heyhey! Este é para a ThatGirl_Panda enjoy ❤❤

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Mal saio do avião, sinto o ar mais húmido. Inglaterra sem dúvida.

No meio das vozes abafadas a meu redor consigo ouvir a de Niall.

O nosso reencontro foi bastante dramático, ficamos parados, agarrados um ao outro, cabelos colados ao rosto pelas lágrimas de saudade.

-Estás giro Ni - ri olhando para ele.

-Estás maior pequena. - ele retribuiu alisando os meus fios negros com os dedos.

Conversámos sobre tudo, indo pelo meio buscar as malas aos tapetes rolantes.

Saímos do aeroporto.
Niall caminhava alegre, falando-me do quanto ia gostar da Universidade e do quarto que ele próprio decorou para mim.
Percorremos calmamente o exterior, até que parámos em frente a um Porsche.

- Estás a brincar?! - cobri a boca com as mãos - desde quando é que tens um Porsche?!

Inspecionei o carro tingido por um bonito branco pérola, admirando-o.

-Desde que o comprei.

-Tão engraçado! - ri sacasticamente - Inglaterra deu-te um humor!!

-Sabes como é maninha- ele piscou o olho.

Entrei no veículo enquanto o meu irmão colocava as malas na bagagem, não tardando a juntar-se a mim.

-Não podemos demorar muito tempo, tenho algumas reuniões marcadas que não posso adiar. - ele soou preocupado.

Encostei a cabeça à janela de vidro, apreciando a paisagem tão diferente da que estou habituada. Inevitavelmente o meu estômago contorce-se com os nervos de uma nova rotina, de um novo país.

O carro de Niall pára em frente a um grande edifício que se ergue robustamente por entre algumas árvores.

-Por aqui Maria. - o loiro chamou, agarrando as minhas malas. Ao lado do establecimento universitário, encontravam-se os dormitórios.

Niall levou-me até lá parando em frente a uma porta com o número 97 escrito.

-É aqui - ele murmurou docemente empurrando a porta.

O novo quarto parecia uma explosão de azul, minha cor preferida por sinal.
Parece o fundo do oceano.

-Então?  Gostas ?- perguntou reticente

-Obrigada Niall - murmurei incrédula rodeando o seu pescoço com os meus braços.

-De nada pequena.

Inspecionei mais de perto o quarto, atirando-me para cima da cama sob o olhar divertido de Niall.

-Merda! - ele murmurou olhando para o relógio de pulso - tenho mesmo de ir.

-Tudo bem, eu levo-te ao carro- sorri.

Caminhei a lado de Niall tentando com dificuldade lembrar-me do caminho, que se apresenta confuso.

Despedi-me do meu irmão, combinando um encontro para o dia seguinte.

Retorno ao edifício e depois de pouco andar cheguei a uma magnífica conclusão: perdi-me.

Merda.

Tentei guiar-me pelo número das portas, mas nem assim.

Ao longe, ao fundo do corredor, avistei um rapaz. Estava encostado à parede, braços cruzados ao peito num tique autoritário, a sua pele encontrava-se coberta de tatuagens, a barba por fazer dáva-lhe um ar bastante rebelde.

Aproximei-me dele, vendo um sorriso perverso rasgar nos seus lábios assim que me exgergou.

Mentalmente revirei os olhos tentando não fazer manifestações físicas que possam ser mal interpretadas.

-Perdida? - a sua voz grave soou acompanhada por um franzir de sobrancelha.

-Por acaso, sim sabes dizer-me onde fica o quarto- comecei sendo cortada.

-Tenho cara de mapa, por acaso? - ele zombou.

-Não, mas...

- Se não, porque perguntas?

Já vi que com este tipo não vou a lado nenhum.

-Esquece - suspirei rispidamente, voltando costas.

-Espera aí linda, se te disser onde fica o teu quarto, o que me dás em troca? - ele elevou o seu tom devido ao meu afastamento.

-Se me disseres, podes ir... - comecei mordendo o lábio.

-Posso ir...- ele incentivou sorrindo.

-Pró caralho - respondi vendo o seu sorriso dissipar-se. Mostrei-lhe o dedo do meio e segui caminho.

Quem é que ele pensa que é?!

Caminhei olhando em redor buscando o número do meu quarto quando, subitamente me encontrava presa contra a parede.

As grandes mãos do moreno apertavam-se em redor dos meus pulsos ferozmente.

Os seus olhos transmitiam raiva e o meu interior estremeceu.

Sentia o meu sangue ser impedido de trespassar as veias que irrigavam as minhas mãos, fazendo largas nódoas negras alastrar lentamente.

Cabrão .

Respirei fundo, concentrei toda a minha energia no pé direito, lançando-o seguidamente para o meio das suas pernas, fazendo-o ganir.

Uma vez livre do seu aperto, corri para longe massajando ligeiramente os pulsos.

Como que por magia, a porta 97 apareceu à minha frente, rapidamente a destranquei entrando no quarto.
Encostei-me à porta suspirando de alívio. Tenho uma sorte desgraçada, lidar com este tipo de gente...

Sentei-me na cama dando por mim a pensar no que teria acontecido se não fugisse daquele brutamontes.
Deixei o meu corpo cansado cair para trás, sentindo-o afundar no colchão.
Espreguicei-me, sentindo o sono apoderar-se de mim.

***

Merda. O que é isto?!

Olho para o relógio digital que repousa na mesa de cabeceira ao lado da cama. São 6 da manhã!

Gritos?!

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Aqui está outro. Desculpem a demora nas isto de ter escola é uma merda.

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Love you always

XX Mars