Fazia 3 meses, 4 dias, 3 horas e 16 minutos que Alexander Lightwood havia assumido a empresa de sua família. E ele não poderia estar mais perdido naquela empresa do que estava em sua própria vida.
Mas uma noite depois de um dia cansativo ele decide...
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Assim que a reunião terminou, Alec foi o primeiro a sair sendo seguindo por uma figura furiosa que desfilava elegantemente em cima de um par de saltos.
— Alexander Lightwood! — Exclamou sua mãe exasperada.
Ele parou a alguns passos do elevador.
— O que houve? — Alec perguntou tentando bancar o desentendido.
— Espero que a explicação seja boa para sua total falta de profissionalismo ao chegar à empresa quase meia hora atrasado!
Ele tentou busca uma desculpa em sua mente para acalmar a mulher a sua frente, mas fracassou.
— Provavelmente você foi a um desses locais em que as bebidas são de origem duvidosa — Ela olhou ao redor certificando-se que ninguém os ouvia — Não importa o que fez ou aonde foi, eu só espero que isso não se repita, seu pai quer muito impressionar esse tal novo sócio do qual, aliás, eu não gostei nem um pouco! — Maryse voltou sua atenção para o homem de terno cinza que conversava com Robert — Então principalmente você tem que causa uma boa impressão.
Alec suspirou.
Tarde demais...
🔹🔹🔹
Alguns minutos se passaram e Alec já estava devidamente posto em sua sala, quando alguém entrou como um furacão pela porta. Era Izzy, que parecia esta correndo uma maratona para poder chegar até ali.
— Será que você pode me dizer que clima estranho foi aquele na reunião de hoje? — Disse ela batendo a porta atrás de si com força.
De início ele não percebeu a presença da mulher a sua frente. Estava focado demais criando um plano para sair de sua atual situação com o novo sócio.
— ALEC!? — Gritou Izzy.
O jovem olhou para ela finalmente notando sua presença ali. Por um minuto ele pensou em esquecer de tudo e fingir que estava bem que a noite anterior não havia acontecido, mas Izzy o conhecia bem. Uma hora ou outra ela iria descobrir algo.
— Eu meio que já conheço o novo sócio. — Disse ele por fim.
— Como assim você meio que o conhece? — Perguntou Izzy confusa.
— Nos encontramos na Pandemonium, dançamos e quase nos beijamos. — Alec falou as presas.
— Pandemonium? — Ela parecia confusa — Você foi para a Pandemonium, eu pensei que você odiasse boates, principalmente as gays.
— Eu não odeio, só prefiro não frequentar — Ele fez uma pausa, procurando algum doce que ele sempre guardava em sua mesa.
— Não foi isso que você disse quando tentei ter levar para a Blue Velvet mês passado — Ela se aproximou de Alec sentando-se na cadeira a frente de sua mesa — Lembra-se do Caleb? Ele queria muito ficar com você, mas você saiu praticamente correndo do lugar.
— Você queria o que? Aquele lugar é bizarro, e ele estava todo vestido de couro com um chicote na mão! — Alec falou exasperado.
Izzy sorriu, ela sabia muito bem que seu irmão não gostava dessas coisas, às vezes fazia aquilo só para irrita-lo.
— Tudo bem eu só não entendo o porquê de você esta fazendo esse drama todo, vocês dançaram, beberam e quase se beijaram. Qual o problema?
Alec admitiu a si mesmo que Izzy era muito melhor nesse quesito do que ele. Ela podia ser apenas um ano mais nova que ele, mas já tinha uma vasta experiência com vários parceiros diferentes, já Alec era uma tragédia quando se tratava de romance.
Ele sempre fora confuso em relação a sua sexualidade, havia namorado uma antiga amiga da família que não deu muito certo, e havia tido um caso secreto com um cara no colegial. Sem mencionar sua paixão platônica pelo seu irmão de criação Jace Herondale, que lhe rendeu uma tremenda dor de cabeça.
Talvez o fato de toda essa paranóia seja por esta com medo de acabar gostando desse cara de verdade, e se isso acontecer o que ele faria? Além de não poder se envolver com um membro de sua empresa, seus pais iriam ficar malucos quando soubessem.
— Eu não sei! — Ele falou por fim.
— Viu, não tem nenhum problema, você se preocupa demais - Ela se levantou e caminhou até a porta — Afinal, vocês não fizeram nada de mais, haja como o homem maduro e sexy que você é!
Ela deu-lhe uma piscadela e saiu da sala sorrindo.
🔹🔹🔹
Fazia horas que Alec estava enfurnado em seu escritório, que graças as grandes janelas de vidro faziam o sol de duas da tarde refletirem por toda a sala.
Ele decidiu que deveria sair antes que as pessoas começarem a comentar sobre seu comportamento. Dirigiu-se até a máquina de café que ficava não muito longe de sua sala, passando por alguns funcionários no caminho.
Assim que chegou na máquina pegou um pequeno copo descartável respirando fundo sentindo o doce aroma de café invadir suas narinas, com cuidado tomou um gole que parecia um remédio naquele momento.
— Você sabia que o café ajuda na ressaca! — Alguém falou atrás de Alec.
Que quase se engasgou com o líquido quente, assim que se virou pra seu azar — ou sorte — era Magnus.
— Que merda! — Ele tentou se limpa, pois havia derramado um pouco de café em sua camisa — Será que da pra você para de chegar assim de fininho.
— Pelas suas reações acho que vou tornar isso um hábito! — Magnus disse com um sorriso malicioso.
Ele voltou sua atenção para a roupa de Alec que se encontrava manchada com o café.
— Droga! Acho melhor você trocar de roupa — Ele se aproximou do rapaz a sua frente que instintivamente se afastou — Calma eu só quero ajudar.
O problema era que essa "ajuda" envolvia o toque de Magnus, e Alec sabia que o toque dele poderia lhe causar reações não desejadas.
— Não preciso eu posso me virar.
— Me diga logo aonde é o banheiro antes que isso seque, nem pensar que vou deixar você estragar um Armani. — Insistiu Magnus.
— O que? — Alec disse confuso.
— Armani? A marca da camisa que esta usando?
Assim como na noite anterior Alec fez uma cara de quem não estava entendendo nada.
— Não, não sei o que é, assim como não sei nada sobre bebidas.
Magnus sorriu, ele gostava da doçura daquele rapaz e a sua total falta de jeito.
— Tudo bem, você pode não saber sobre bebidas ou marcas de roupas mais não me perdoaria se permitisse que você fizesse algo com esta camisa, não na minha presença.
Alec pensou por alguns minutos, até decidir que aquilo não seria perigoso, afinal Magnus só queria ajudar a limpar sua camisa.
