02. Qual Seu Nome?

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Alec continuou imóvel, anestesiado com o olhar daquele homem

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Alec continuou imóvel, anestesiado com o olhar daquele homem.

Tomou um novo gole de seu segundo copo de uísque, almejando que a bebida lhe desse alguma coragem de se dirigir até o cara e iniciar algum tipo de conversa, porém seu plano fracassou quando percebeu que aquela bebida não estava fazendo o efeito desejado.

Assim que virou seu rosto a procura do olhar de seu pretendente, percebeu que ele não estava mais no mesmo lugar de antes, causando-lhe uma frustração incontrolável.

— O uísque deste local não é algo que eu recomendo! — Exclamou uma voz grave atrás de Alec, que saltou de sua cadeira levando um tremendo susto.

Quando voltou sua atenção para a origem da voz, percebeu que se tratava do cara que alguns segundos atrás o admirava com um olhar feroz.

— HÃ!? O que? — Alec ainda tentava assimilar a presença daquela figura que, literalmente brilhava, a sua frente.

— Eu disse que o uísque daqui não é aconselhável — O homem repetiu novamente, de modo galante.

Com todas as suas forças Alec se recompôs tentando ao máximo não parecer um idiota, o que fazia muito quando estava nervoso.

— Então, o que você me recomenda? — Perguntou com um sorriso tímido.

O homem continuava a encará-lo, mas por alguns minutos desviou sua atenção para os lábios do rapaz pálido a sua frente.

Flerta não era e nunca seria o forte de Alec, mas as coisas estavam seguindo naturalmente de um modo que talvez, ele não acabasse falando alguma merda e estragasse tudo.

— Eu te recomendaria um Martini simples, mas acho que um Blue Lagoon combinaria mais com seus olhos — ele sorriu, fazendo o pedido ao garçom que atentamente foi preparar as bebidas.

— Eu não faço a menor ideia sobre o que você esta falando! — Balbuciou Alec confuso com o que o homem acabara de falar.

— Cocktails... — Ele começou, mas percebeu que sua explicação seria em vão — deixa pra lá, a maioria das pessoas não entende mesmo sobre bebidas, principalmente as que vêm aqui — ele fez uma pausa olhando ao redor — Eles estão mais interessados em... Bem você sabe.

Na verdade Alec não sabia, mas percebeu o que ele quis dizer quando olhou para um casal que se pegava em um canto não muito longe dali, rapidamente ele desviou o olhar.

— Suas bebidas senhores!

O garçom interrompeu, então o homem a frente de Alec pegou os copos lhe entregando um. Assim que o fez as pontas dos dedos dos dois se tocaram, fazendo-os instintivamente se arrepiarem com o choque.

Permaneceram ali conversando por mais alguns minutos, entre risos e flertes.

— Então... Você quer dança? — Propôs o homem com sua mão morena estendida.

Meio confuso, Alec aceitou sendo conduzindo a pista de dança, os dois atravessaram o amontoado de pessoas até conseguirem chegar ao centro.

O cara começou a dança, enquanto Alec continuava parado rindo de si mesmo pela sua total falta de talento com a dança. O homem o incentivou, segurando suas mãos o puxando de um lado a outro. Em um movimento rápido se pôs atrás de Alec, delicadamente segurou sua cintura fazendo a pele por baixo da camisa se arrepiar.

O que tinha começado com talvez uma conversa sem intenções, agora se tratava de algo a mais, algo que Alec queria muito e não era efeito da bebida isso ele tinha certeza.

Os corpos dos dois estavam colados e com cuidado o homem se aproximou da orelha do rapaz mordendo-a de leve, fazendo-o suspirar de desejo.

Ele já podia sentir a "protuberância" nas calcas do cara atrás de si, o que fazia ficar ainda mais louco de vontade de agarra-lo ali mesmo.

A batida da música ficava mais intensa de acordo com os movimentos dos dois, que já estavam levemente suados, tanto pela proximidade de seus corpos quanto pela quantidade de gente junta no mesmo local.

O moreno puxou Alec o fazendo fica cara a cara com ele, que ao fazer isso percebeu com satisfação que o rapaz estava tão excitado quanto ele. Os dois ficaram ali parados, ofegantes, seus lábios estavam tão próximos um do outro que podiam sentir os hálitos que cheiravam a álcool.

Quando finalmente iriam se beijar, o telefone de Alec tocou o fazendo saltar e cortando totalmente o clima.

Ele pegou o aparelho em seu bolso se afastando um pouco, quando viu a tela do aparelho estava escrito "Maryse", como sempre sua mãe havia ligado no pior momento, parecia até que ela tinha algum senso de vidência do qual só ligava em momentos cruciais. Ou talvez ele devesse para de ser burro e desligar seu telefone para que momentos como esse não acontecessem.

Ele olhou para o moreno, que o encarava confuso.

— Eu tenho que ir, desculpe! — Alec disse, saindo as presas se odiando por fazer aquilo.

— Espere! Pelo menos me diga seu nome, ou o seu número? — O homem tentou segui-lo, mas ele já havia saído da boate.

Já do lado de fora Alec atendeu ao telefone.

O que foi Maryse? — Ele perguntou seco.

— Seu pai disse que você saiu às presas da empresa, e seu carro continua aqui onde você esta? — Ela perguntou, em um tom que não podia se dizer que era preocupação.

— Sair com uns amigos, já vou para o meu apartamento — Ele disse, seguindo o caminho que havia pegando, voltando para a empresa em busca de seu carro — E não se preocupe eu estarei amanhã cedo na empresa.

Maryse falou algo, mas Alec desligou o telefone.

A parte de que ter um apartamento só para si lhe traria liberdade, estava começando a soar como mentira. Maryse sempre iria se meter na vida de Alec.

Ele bufou metade do caminho, em um misto de raiva e frustração, mais uma vez ele tinha se portado como a merda de um perfeito exemplo, colocando o mundo a frente de seus sentimentos. Ele se perguntou quando iria acabar com esse maldito hábito.

Nenhuma resposta veio em mente.

Ele queria voltar para a boate e agarrar aquele cara com toda sua vontade, mas provavelmente ele já estava com outro.

Provavelmente ele nem se importará com a saída de Alec.

Provavelmente ele nunca mais o veria.

Malec Vol.01 || War Of Hearts (Completo E Revisado Em Breve)Onde histórias criam vida. Descubra agora