Hoje e sempre ontem.

Alcoólatras

Em um bar de esquina se encontrava dois estranhos bebendo um copo de whisky,eles estavam ali todo dia não eram mais considerados frequentadores daquele local já faziam parte da decoração de tão constantes eram suas imagens ali. Tinham rosto pálidos e melancólicos é um ar de nostalgia que deixava o cenário mais compadecido. Muitos que passavam ali imaginavam uma história diferente para aquele bebum e seu companheiro andarilho,mas todas eram imaginárias. Aqueles velhos eram dois viciados que se aposentaram do álcool.

-Meu caro esse whisky e divino mas acho ele muito caro. Não concorda?

-Certamente. Deveríamos chamar o garçom e reclamar dese preço absurdo.

-Concordo plenamente meu caro.

O garçom que passava por ali  anotando pedidos,fora enterompido por um dos homens que o chamava.

-Moço esse Bourbon e divino mas é um ultraje cobrarem tão caro por um simples copo.

-Senhor o preço e o mesmo do que das últimas vezes que estivera aqui. E o senhor está bebendo água.

O bebum que apenas observava o desenrolar da conversa resolveu se intrometer.

-Moço devo lhe informar que das últimas vezes o preço era mais razoável.

-Senhor todos os dias você se senta no balcão e me pergunta o preço do whisky depois  pede um copo de água e reclama do preço das nossas bebidas enquanto conversa com um andarilho que acha que Bourbon e água.

Após essa declaração uma moça jovem de cabelos compridos entra naquele velho bar de esquina.

-Harry ele está dando muito trabalho? Pergunta a moça.

-O de sempre! Respondeu o garçom

-Crises de abstinência sabe como é ele insiste em vir aqui todos os dias a partir das 11:40 e me diz para buscalo somente as 19h, faço isso porque e meu pai. Então forão embora os dois a moça e velho que sofria de abstinência.

-E você meu velho a que horas vai? Perguntou o garçom ao andarilho.

-Não sei se devo ir estou lutando por uma causa digna. Respondeu o velho com um sorriso amarelo.

-Está lutando por uma causa sem fins caro amigo.

Levantado-se da banqueta e despedindo-se do garçom lá se fora aquele vagabundo de meia idade  que sempre se sentava todos os dias as 11:20 na mesma banqueta de um velho bar de esquina.