One-shot

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~Zuko pov’s

Meu nome é Zuko, eu trabalho na cafeteria da minha irmã, quando não estou fazendo isso estou cuidando de casa ou estudando.
Tenho 19 anos e faço faculdade de jornalismo. Atualmente estou de férias do conteúdo didático, então foco no trabalho e a noite estudo um pouco antes de dormir, gosto de estar preparado.

Não sou alguém muito social, eu diria, mas ainda assim tenho alguns amigos na classe, porém a um garoto que… bem, ele mexe comigo, seu nome é Aang, só de pensar nele meu coração dispara, ele realmente tem um efeito grande sobre mim e eu posso dizer que o amo.

Por que dizer isso com tamanha convicção? Bem, nós estudamos juntos desde o ensino fundamental, algo no Aang me incomodava, mas ele estava sempre sorridente com o seu grupo pessoal, Suki, Katara, Sokka e Toph, Toph acabou indo pra outra faculdade já que tinha uma doença visual, precisou de uma faculdade especializada. Eu ficava com meu grupo: Minha Mai e Ty Lee, minha irmã Azula é mais velha, então se formou primeiro, mas ela sempre  se metia nesse bando.

Aang sempre foi sorridente e aquilo mexia comigo, acabamos nos tornando rivais por minha petulância, só no final do ensino médio eu parei de arrumar confusão, eu percebi que aquilo era só pra chamar atenção dele a mim, não era birra, eu tava apaixonado por Aang .

Não imaginei que ele também fosse fazer jornalismo, ou melhor, que cairiamos na mesma sala. Sokka e Suki partiram pro lado filosófico enquanto Katara, Mai e Lee fazem letras.

Nessas férias Aang tem frequentado muito essa cafeteria com seus amigos.

Mai as vezes vem também com Ty Lee, diz que vem pra me ver, uma vez namoramos, mas não deu certo, não me senti à vontade com esse relacionamento, eu estava com uma garota pensando em um outro alguém, por fim terminamos.

Hoje é um dia chuvoso, dias assim a cafeteria não é muito movimentada, o que me dá vantagem para cair nos livros, não só os didático, sou um amante da literatura romancista.

A chuva caia intensa do lado de fora, Azula havia saído e mandou que eu fechasse a cafeteria cedo se ninguém aparecesse. Foi o que fiz, Fechei as janelas, apaguei as luzes e estava prestes a trancar a porta, mas ao virar a placa de “close” vi alguém do lado de fora com a mão na maçaneta, deixou de tocá-la ao ler a placa, deu as costas e alguns passos para ir embora, de súbito meu corpo abriu a pequena porta fazendo o sino soar.

— Aang?!— Chamei e ele me olhou de lado com um semblante abatido.— Tá tudo bem?— Ele concordou com a cabeça mantendo uma expressão neutra.— Tá chovendo muito, porque você não entra e espera a chuva passar? — Sorri amigável ao fazer o convite, sem dizer nada ele entrou e procurou qualquer mesa para ficar, escolheu uma perto da parede e encostou a cabeça na mesma. Tranquei a porta e corri para trás do balcão, Fiz dois cappuccinos em canecas rápido  , levei para ele e fiquei com o outro sentando ao seu lado, ele sorriu fraco e forçado para agradecer e se desculpou por estar sendo um estorvo, apenas suspirei, não era bem dessa forma que eu estava o vendo.

— Hey, aconteceu alguma coisa?

— Zuko… você é meu amigo? eu posso confiar em você?

— Mas é claro Aang!

—Bem...— Ele deu um gole na caneca.— Eu gosto de uma pessoa a muito tempo. — Meu corpo gelou.—  No início não nos dávamos bem, era como água e óleo, mas o tempo foi passando e eu percebi quais eram meus reais sentimentos por essa pessoa.

— Sim… e?— Meu coração estava a procura da saída mais próxima.

—Eu quero pedir essa pessoa em namoro, eu não aguento mais ficar assim.— Olhou em meus olhos com suas grandes orbes brilhosas.— Eu a amo mais que tudo, mas eu não sei se deveria… o que eu faço?!

— Aang eu… na verdade sinto a mesma coisa, mas nunca tive coragem de dizer, eu fui um covarde correndo o risco de perder a pessoa que amo por não ter tido coragem de me confessar, ao mesmo tempo corria risco de dizer a ela e essa pessoa me abominar, mas vendo você agora, aqui comigo...— Segurei suas mãos na altura de meu peito.— eu vejo que pode ser tarde demais, a vida é feita de riscos e ouvir você falar isso me animou , saber que ainda há esperanças. — Ele abriu seu largo sorriso — Diga de uma vez Aang, você é uma pessoa excepcional e já adianto lhe dizendo que a resposta com toda certeza do mundo será positiva. — Sorri inclinando um pouco a cabeça. Eu não estava dizendo nada, minha boca se mexia e as palavras saiam sem eu planejá-las antes, mas estava aliviado por desabafar com ele e nervoso com suas palavras.

— Você tem razão… — Lambeu os lábios soltando minhas mãos e olhando no fundo dos meus olhos perfurando minha alma .— Zuko ...— Meu coração doía de nervosismo. ELE IRIA DECLARAR PRA MIM? QUER DIZER, EU ACABEI DE ME DECLARAR PRA ELE E TUDO MAIS, MAS… AAAH! EU VOU SURTAR.

—Sim?

— Eu… concordo com você, eu tenho que arriscar. — Se levantou indo para perto da porta muito rápido a destrancando.

— Onde você vai nessa chuva?!

— Não importa a chuva, eu preciso dizer pra Katara de uma vez que eu a amo! Obrigado Zuko, se não fosse por você, talvez eu seja rejeitado.— Abriu mais seu sorriso.— Mas não custa tentar.

— Sim! isso mesmo.— Abri a porta pra ele.— Ela certamente vai te aceitar, vocês dois ficam muito bem juntos. — Sorri da forma mais meiga que pude.

— Obrigado Zuko, você é incrível.— Ele me abraçou e correu pra fora .

— Sim, eu sou.— Sussurrei após fechar a porta e me sentei de frente a mesa que antes estava em companhia. Peguei a caneca dando um gole em meu cappuccino quente , engoli e suspirei sentindo aquele calor agradável, todavia uma gota gelada tocou meu rosto escorrendo aos meus lábios .— Estamos com goteiras?— Olhei pra cima, mas não havia concentração de água no teto de gesso.— Ah… não é a chuva. — Sorri para mim mesmo entendo o que se passava. Eu estava chorando

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