bagunça

Pessoas boas também cometem erros

Kelly tinha chamado todos os meninos para irem no Marombar com ela, tudo estava tão calmo que nem parecia o Marombar que eles tinham costume de frequentar de vez em quando, Kelly se senta no balcão e pede um copo do melhor whiskey, Guilherme havia pedido uma vodka com limão, Rafael havia pedido uma cerveja e Daniel pediu um copo de conhaque com mel. Assim que chegou as bebidas, Kelly tira um cigarro de seu bolso e acende, a cada baforada que dava no cigarro, depois vinha um gole da sua bebida, compartilhou seu cigarro com os meninos, que também fumaram

- Por que você é junkie? - Rafael pergunta

Kelly apaga o cigarro no balcão, o encara seriamente e dá um leve sorriso

- Foi minha única opção, eu trafico drogas, eu uso drogas, faço de tudo, só não me prostituo

- Seus pais não ligaram para saber onde você está? - Guilherme pergunta curioso

- Acho que foi melhor assim

- Quando eu vim pra Itália, minha mãe me ligava pelo menos toda a semana - Daniel comenta

- Meus pais são diferentes

- Já pensou em voltar a estudar? - Rafael pergunta tomando sua bebida de uma vez

- Estudo não é para mim, nunca fui uma excelente aluna, nem a pior aluna, somente fui uma aluna, não ia fazer diferença na minha vida - Kelly fala tomando todo o seu whiskey

- Já pensou em fazer faculdade? - Guilherme pergunta com o cigarro na boca

- Eu queria ser uma atriz, mas isso nunca ia rolar, se bem que drogada eu já sou - Kelly fala rindo

- Seus pais teriam orgulho de você - Daniel fala enchendo o copo de Guilherme

- Acho que eles nem lembram da minha existência. Vocês sentem falta das drogas?

- De vez em quando

- Tenho heroína e seringa na minha bolsa, corram para o banheiro e depois eu encontro vocês lá

Enquanto os três se levantam para usar o banheiro, Kelly acende outro cigarro e começa a fumar despreocupada, eles entram no banheiro, que realmente era bem sujo, ainda mais que era o banheiro masculino

Depois de 5 minutos Kelly se levanta e caminha até o banheiro masculino, abre sua bolsa em cima da pia e tira uma seringa e 4 doses de heroína, Rafael começa a preparar a droga, eles vão passando de um em um, assim que todos usam, se sentam no chão e começam a respirar profundamente, Kelly começa a rir, ela se levanta meio tonta daquele chão sujo

- Como as pessoas dizem, a noite é uma criança

Ela sai do banheiro, eles sabiam que Kelly era cheia de usar metáforas, eles vão atrás dela, assim que saem do banheiro eles veem que ela estava saindo do Marombar, começam a correr atrás dela antes que a perdessem, ela andava rapidamente, olhando para as lojas e cafeterias que tinham por ali, pelo que parecia, queria uma que estivesse fechada

- Para onde estamos indo? - Guilherme pergunta colocando a mão em seu ombro

- Nos divertir

Assim que Kelly vira um beco super escuro, para em frente á uma loja, tira o martelo de seu bolso e quebra o vidro, assim que ela entra, vai até o caixa, consegue abri-lo dando uma pancada e tira todo o dinheiro lá de dentro, depois que ela sai começa a correr muito rápido, os meninos começam a acompanhá-la, eles tentam alcançá-la, mas Kelly é muito rápida, ela corre até uma ponte e pula dela, conseguindo sair viva e se esconde embaixo da ponte, os meninos fazem o mesmo, eles vêem Kelly encostada na parede, sua respiração estava bastante alta, assim que vê os meninos começa a rir

- É assim que você consegue sobreviver também? - Daniel pergunta colocando a mão sobre seu peito

- Não, isso é para pagar minha dívida

- Você nos assustou - Rafael fala brigando com Kelly

- Calma, outro dia a gente continua