Onde estou?

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Acordo em um quarto totalmente diferente do que me era conhecido, fico olhando para o teto tentando me situar de tudo o que acontecera mas a única coisa que me vinha a cabeça era uma enorme dor de cabeça. Levanto-me, ficando meio tonta e seguro na parede, observando toda a pequena área; quatro paredes tão brancas que doíam os olhos se as olhassem demais, uma cama com lençóis cinzas e duas portas que levavam a algum lugar desconhecido. 'Mas que merda de lugar é esse?' era a única coisa que passava por minha cabeça.

Olho para a porta da que ficava do lado direito quarto, vou até ela devagar, sentindo o chão gélido em meus pés despidos. Era inevitável, estava com um enorme medo do que encontraria atrás da porta mas resolvo abri-la, encontrando apenas um banheiro comum; vaso sanitário, duas cortinas escondendo o chuveiro e uma pia que estava a minha frente com uma escova de dentes vermelha, aparentemente usada. 'Menos mau' penso em consideração que imagina algo assustador ali dentro.

- Alguém? -Uma voz alta porém calma e confusa vinha do outro lado da porta central.

'Finalmente alguém!' penso, aliviada e corro pra porta, a abrindo.

- Eu! -Falo, saindo do quarto

- Meu deus, finalmente uma pessoa!

Uma mulher loira com olhos verdes me lançava um olhar cansado e feliz ao mesmo tempo.

- Você sabe onde estamos? -Olho para os lados, vendo um corredor com várias portas sem maçanetas ou algo para abri-las por fora.

- Eu ia lhe fazer essa pergunta. - Ela segue meu olhar meio desesperada e coloco as mãos em seus ombros magros.

- Olha. -Sua atenção se volta a mim e fico com uma expressão séria. - Vai ficar tudo bem, certo? Encontraremos alguém que nos ajude de verdade, ok?

- Ok. - Vejo seus olhos se encherem de lágrimas e boto seu cabelo atrás de orelha esquerda.

- Ei, não chore, numa hora dessas precisamos ser fortes

Ela dá um sorriso forçado e retribuo-o.

- Oque consigo bolar agora é: bater em cada uma dessas portas para ver se ter alguém.

- Ok, vamos.

Ando até a porta seguinte, batendo três vezes na mesma, mas ninguém veio. Escuto as batidas constantes da menina e olho-a com uma cara confusa.

- Será que somos apenas nós aqui? -Mexo nos meus cabelos negros como a noite e mordo o labio, nervosa.

- Espero que não.

Vou para outras duas portas, batendo-as ao mesmo tempo e gritando.

- Alguém ai?! -Nenhuma resposta novamente então corro para outras portas, batendo nelas sem dó.

- Merd... -Sou interrompida por um zumbido vindo do outro lado do corredor. Via apenas uma sombra parecida com uma maquina de lavar e a encaro, perguntando-me oque seria aquilo. Me aproximo do barulho, com uma curiosidade que me corróia por dentro e a sombra começa a ficar menor e mais nítida, como se estivesse aproximando-se de mim. Dou um passo pra trás, arqueando uma sobrancelha e o zumbido começa a ficar maior, fazendo minha cabeça doer intensamente. Sinto uma mão masculina me puxar para dentro de um quarto e caio no chão, sentindo meus olhos pesarem e fechando-os bruscamente.

A próxima portaOnde histórias criam vida. Descubra agora