Capitulo 1

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A famosa frase ate que a morte os separe, sinceramente nunca entendi ela, na minha mais pura visão ela e apenas mais uma das frases para a cerimônia de casamento ser mais longa

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A famosa frase ate que a morte os separe, sinceramente nunca entendi ela, na minha mais pura visão ela e apenas mais uma das frases para a cerimônia de casamento ser mais longa.

Mas minha mãe sentiu na pele o verdadeiro sentindo dessa frase, ela e meu pai sempre foram o casal mais apaixonado que já vi ganhando de muitos casais que vejo nas novelas, sempre trocando frases de amor, beijos, carinhos nunca vi eles brigarem às vezes uma discussão por causas bestas, mas que eles sabiam como resolver em um passe de mágicas, sempre estava inovando para o casamento não cair na rotina.
Papai era um apaixonado nato, aqueles que nunca chegavam do trabalho sem uma rosa para mamãe dando sempre um casto selinho em seus lábios mamãe por sua vez sempre o recebeu com um largo sorriso e um jantar maravilhoso.
Mas na noite de 22 setembro de 2010 isso não aconteceu, e lembro como se fosse ontem eu tinha apenas 11 anos mas as imagens ainda são claras em minha mente. A famosa frase finalmente fez sentido em minha mente.
Flashback on.
Olho mais uma vez para o relógio e para a porta na esperança de meu pai entrar antes de mamãe me por pra dormir e eu não poder da um beijo de boa noite dele, rabisco mais algumas vezes o desenho que tenho em minha frente, três bonequinhos de palito que em minha opinião estava lindo, não só por ter varias cores misturadas, mas sim pela felicidade em que os bonequinhos estão em cima de cada bonequinho esta o nome deles Cristal, James e Analu.
Vejo mamãe passar mais uma vez da cozinha para a sala o jantar estava cheirando muito bom e se bem conheço minha mãe ela esta preparando mais uma de suas delicias para recepcionar meu pai.
Ouço o telefone de casa tocar e minha mãe atender, mantive meus olhos no desenho porem minha atenção estava na conversa que minha mãe estava tendo ao telefone..
—alo..
A voz doce de minha mãe soa pelo ambiente, seu sorriso sempre aberto está em seu rosto.
—sim esta falando com ela.
Deixo meu lápis em cima da mesinha de centro e foco meu olhar no rosto dela que esta totalmente diferente, em seus lábios não tem mais o sorriso lindo de sempre, seus olhos estão brilhando mas não e de alegria e sim pelas lagrimas que estavam se acumulando.
—não pode ser, isso e mentira alguma brincadeira sem graça.
Sua voz sai trêmula e só então ela vê que estou prestando atenção em sua conversar, ela se levanta e vai para o escritório que meu pai usa para trabalhar.
Mesmo tendo apenas 11 anos eu sabia que alguma coisa não estava bem ,me levanto e vou ate a porta que estava entre aberta minha mãe continuava ao telefone chorando.
—eu..eu vou. Cuidar do funeral.
Funeral? Será que alguém morreu da nossa família? Talvez seja alguma tia distante.
—estou indo ai para tratar de tudo.
Minha mente estava tentando descobrir o porquê de minha mãe estar tão desesperada que nem vi quando ela desligou o telefone e saiu do escritório.
—analu o que esta fazendo?
—nada mamãe só queria saber o que aconteceu.
Seus olhos verdes estavam vermelhos assim como seu rosto.
—agora não e momento minha filha, a mamãe vai ter que sair por um momento.
Suas mãos passeiam por meus cabelos, enquanto eu seco as poucas lagrimas que estão sobre sua bochecha..
—quando o papai chega?
—ele não vai voltar.
Ela abaixa a cabeça e diz tão baixo que eu quase não entendo.
—por quê? Ele teve que viajar novamente?
—não meu amor, ele. Vem senta aqui.
Ela pega em minha mão e me guia ate o sofá.
—lembra quando a mamãe disse que o vovô tinha ido morar com o papai do céu?
Concordo me lembrando de quando perdi meu avô materno eu tinha nove anos e foi um choque.
—o seu pai ele..ele..ele também foi morar com o papai do céu.
Suas lagrimas voltaram a cair com força total, demorei um pouco para perceber que meu pai tinha morrido.
—meu papai morreu?
—sim, mas você tem que prometer pra mamãe que você vai ser forte e que vai ajudar a mamãe.
Ela diz passando a mão em meu rosto e me puxando para um abraço.

O enterro ocorreu no dia seguinte bem tardezinha, a dor de saber que eu nunca mais iria ver ele estava apartando meu coração, aos poucos o caixão foi abaixando na mesma hora uma fina chuva começa a cair fazendo com que quase todos os presentes corressem, mas eu fiquei ali até a última pá de terra cair sobre o caixão..
Flashback off..

E foi assim da pior maneira possível que eu soube o verdadeiro sentindo da frase: ate que a morte os separe.
Depois desse dia eu me fechei para o mundo, para mim a única cor que existia era preto.
A menina doce, meiga que adorava desenhar bonequinhos de palito foi enterrada junto com meu pai, dando lugar a uma jovem totalmente ao contrário já estou enjoada de tanto minha mãe falar que eu só estou dando dor de cabeça pra ela, e que qualquer dia desses ela vai abandonar a casa comigo dentro.
Bom essa sou eu Ana Luíza Mendez mais conhecida como Analu,essa será a minha historia.




Bom amores esse e o primeiro capitulo dessa nova obra e sinceramente estou amando escrever ela espero que vocês gostem de muitos votos bjs!!!

O Filho do Meu PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora