Capítulo 4

28 4 0
                                    

Assim que a minha aula terminou eu fiquei esperando o Matt, obviamente sentado ainda dentro da sala que não sou obrigado a esperar de pé no lado de fora, minha aula tinha sido ótima, eram muitos alunos que pra ser sincero não faço a mínima ideia de quantos, mas a sala era em estilo auditório, as cadeiras ficam em fileiras e cada fileira desce um nível até chegar lá em baixo, onde fica a mesa do professor. Não conversei com ninguém, sou tímido demais pra isso e adorei que não tinha nem um tipo de apresentação do tipo ir na frente de todos e morrer de vergonha, a maioria dos alunos é de estadunidenses mesmo, e tem muita gente bonita e bem vestida, as aulas foram super conceituais mas eu tenho que confessar que eu amo estudar, nunca precisei que me mandassem estudar, pois, eu sempre fui espontâneamente.

Já tava pensando que o Matt tinha me esquecido, provavelmente deve ter feito vários amigos, e esquecido de mim aqui, tava divagando sobre isso quando eu o vejo botar a cabeça pra dentro da sala e me procurar, e foi inevitável o sorriso que dei ao ver a cara de alívio dele, será que ele tava me procurando do lado de fora?! De todo modo fui até ele.

Bê- Nossa achei que tinha me esquecido já tava quase voltando pro dormitorio.

Matt- Jamais te esqueceria, na verdade eu achei que você já tinha ido porque tô a um tempão te esperando la fora.

E sorriu mostrando os dentes brancos e perfeitos e fazendo com que seus olhos fiquem parecidos com os de um asiático, bem apertadinhos. Ai GOD esse menino me enlouquece, devia ser proibido alguém nascer tão lindo quanto ele 😁.

Bê- Bom e então aonde vamos almoçar? To cheio de fome.

Matt - Você tem que trabalhar daqui a pouco já?

Bê- Na verdade ainda tenho uma hora e meia até começar o trabalho, porquê?

Matt- Porque vou te levar pra almoçar no meu restaurante preferido de Boston, tem uma comidinha deliciosa, e o atendimento é rápido vai da tempo de nós almoçamos e você voltar a tempo do seu trabalho.

Bê - Bom vamos então.

Quando já estavamos na área do estacionamento, eu vi o carro que nos esperava era um carro preto podre de chique e tinha um igual atrás com três homens mau encarados dentro.

Matt- Espero que você não se importe de andar com os seguranças nos seguindo.
Ele me olhou e parecia apreensivo, mau sabe ele que já andei antes com um número maior que esse de seguranças.

Bê- Sem problemas .

Depois de estacionar na frente do restaurante lindo e visivelmente super caro, eu fiquei contrangido, porque eu não teria dinheiro pra pagar a conta e passaria uma vergonha, respirei fundo e ainda dentro do carro eu falei pro Matt.

Bê- Agente não podia ir num lugar menos luxuoso? É que eu não tenho dinheiro pra comer num lugar desses Matt.

Eu tava vermelho de vergonha mas fazer o que, eu não tinha dinheiro mesmo.

Matt- Eu costumo ser bastante moderno em muitos aspectos Bê mas só tem um que eu não sou e você precisa saber, eu sempre pago a conta, sei que pode parecer esnobe ou meio homem das cavernas mais isso de provedor, eu realmente tenho que pagar senão me sinto mal, e aliás mesmo que não eu tivesse esse comportamento fui eu quem te convidou nada mais justo que pagar.

O modo como ele falou me deixou timido, qual é eu não sou nenhuma garotinha e isso não é um encontro helloo, pelo jeito até esse deus grego tem defeitos, mesmo que seja esse que pra alguns pode não ser tão ruim.

Bê- OK OK senhor eu sou o machão provedor, vamos comer que to verde de fome.

Assim que eu desço do carro os seguranças nos seguem até dentro do restaurante, mas não me oponho afinal é o trabalho deles, escolhemos uma mesa mais ao canto, mais ainda assim visível a quem entra no restaurante. O Matt sentou de costas pra porta e eu de frente ja estavamos na sobremesa, conversando e rindo dos micos que ele pagou no intercâmbio que fez na França quando as portas do restaurante se abrem e adentram por elas minha mãezinha, meu padrasto e o Brian, e o pior nessa hora bernardo pegava na minha mão mostrando como sua namorada que também foi no intercâmbio apertava a sua numa situação em que ela estava com problemas intestinais no meio de um restaurante super gabaritado francês, eu tava rindo das caras que ele falou que ela fazia e ele tava imitando, mas assim que vi minha mãe e sua família eu fiquei sério e querendo me esconder debaixo da mesa e como se não bastasse eles me viram e minha mãe vinha direto em minha direção mirando o olhar na minha mão segurando a de Matt e seu olhar era de ódio e asco, o que me fez temer um barraco da parte dela, antes que eu pudesse reagir ela ja estava praticamente em cima de mim, o James e o Brian estavam igualmente vermelhos mas pelo que me parece motivos diferentes, visto que James parecia enojado e Brian aponto de partir pra cima do Matt.

Mãe - O que você pensa que está fazendo Bernardo, eu falei que te deserdaria entao como pode estar almoçando num dos restaurantes mais caros da cidade e ainda por cima protagonizando uma cena dessas de viados, eu não adimito que jogue meu nome na lama.

Eu nunca pensei que minha mãe teria coragem de um dia me falar uma coisa dessas e o pior eu tava morto de vergonha em Matt ter que presenciar algo desse tipo. Ele me olhava confuso e tentando entender a situação.

Matt- Senhora peço que se retire pois não é de bom tom chegar a uma mesa já desacatando quem está nela.

Ele foi super educado com ela e ela parecia que voaria no pescoço dele.

Mãe - Você sabe com quem está falando seu viadinho? Eu sou ou melhor eu era a mãe dessa bicha ai na sua frente e além disso eu sou Sônia Marshall você não pode falar comigo como se eu fosse uma qualquer.

Nessa hora lágrimas estavam a ponto de transbordar de meus olhos como uma pessoa pode mudar tanto só por não aceitar a vida que seu filho leva eu simplesmente não conseguia rebate-la, mas Matt parecia não estar nem ai pra ela. Quando ele me olhou e viu que estava prestes a chorar fez uma cara de raiva pra ela e ficou vermelho.
Matt - Uma mãe de verdade respeitaria seu filho e o amaria independente de quem ele escolha amar homem ou mulher, e não não me importo de quem seja você pois desde que chegou se comporta como uma desclassificada e que não merece nem um pouco de minha educação.
A cara dela tava no chão e meu padrasto parecia que ia voar no Matt a qualquer momento, resolvi interfirir antes que algo de mais grave aconteça.
Bê- Já chega dona Sônia a senhora ja deu seu showzinho agora queira se retirar senão chamarei os seguranças para te tira daqui.
Falei sério a olhando firme, vi que Brian e seu pai me olhavam de olhos arregalados talves impressionados com minha fala, nunca em toda a minha vida havia falado assim com ninguem muito menos minha própria mãe.

Sônia - Faz me rir garoto o dono do restaurante é meu amigo e de meu marido se alguém vai sair sera vocês, imundos sem moral.

Bê- Seguranças tirem essa desequilibrada daqui agora.

Os seguranças de Matt prontamente me obedeceram dando a impressão de que eram meus.

Sônia - Não encostem em mim vou mandar chamar Enrico o dono.

Matt- Enrico é dono de 45 °/• das ações do restaurante, somente o administra o restante é da família Rockefeller.

Ele falou calmamente e eu já tinha entendido tudo o restaurante era da família dele, minha mãe pareceu não se abalar e James até então calado resolveu se pronunciar.

James- Os Rockefeller jamais admitiriam dois viados no restaurante portanto saiam já antes que eu chame meus seguranças.

Minha mãe soltou um risinho debochado como se disesse , toma sou podre de rica, Brian fez o mesmo e me decepcionou, mais a fala do Matt em seguida e a cara com que os três ficaram foi impagável.

Matt- Na verdade já sei como resolver isso ENRICO VENHA ATÉ AQUI SIM!

Enrico- Pois não senhor Mattew?

Matt- Você poderia falar a esses senhores a quem pertencem as maiorias das ações desse restaurante?

Enrico- Mas é claro senhor ela pertencem a Mattew Rockefeller senhor.

James- Enrico eu quero que tire esses viados daqui e que eles nunca mais pisem os pés aqui, tenho certeza que os Rockefeller ficariam bravos se soubessem que recebem a esse tipo de gentinha aqui.

O Enrico até então arrregalou os olhos e falou.

Enrico - Mas senhor Marshall, o senhor Mattew Rockefeller é esse que o senhor denomina gentinha ele é o dono do restaurante.

A cara de tacho dos três foi hilária e eu não aguentei e comecei a rir.

Matt- Seguranças tirem essa GENTINHA do MEU restaurante sim.

Os seguranças que nos acompanhavam pegaram e levaram eles, não sem antes minha mãe destilar o seu veneno.

Mãe - Você irá se arrepender disso Bernardo, e ter esse viado rico como namorado não te salva - ra de arder no fogo do inferno.

Loucuras Nos EUAOnde histórias criam vida. Descubra agora