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   O mundo parecia um quarto escuro e o Sol, escondido por detrás das nuvens, era a luz que alguém se lembrou de ligar ou se esquecera de apagar. Eu gostava de acreditar que eram todas as pessoas que partiram, todas as estrelas no céu, o Sol, a Lua. Muitas pessoas pensavam que era superstição, outras pensavam que era uma forma de fugir à dor. Eu só pensava. Não sabia bem em quê, nem sabia bem se acreditava nos meus pensamentos. Só sabia que era assim que pensava.
  Mas e se fossem mesmo? E se os meus pensamentos, as minhas crenças, as minhas tão chamadas "superstições" fossem realidade? E se todos os que partiram estivessem mesmo no céu, como daquelas coisas que te dizem quando és pequena e um amigo ou familiar teu morre. E se essas coisas não fossem assim tão inventadas? A minha avó costumava dizer que eles estavam aqui, connosco. Quem realmente gostava de nós nunca nos deixava, e isso é que era o mais importante. 
  Mas estou-me a adiantar. Essa é a minha história para contar.

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