Capítulo 2. O Amor complicado

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        Sempre fui daquelas meninas que não acreditava no amor e que não queria namorar. Pensava que era uma total dor de cabeça. Meu pensamento mudou depois que conheci o Leandro, antes da fase ruim ter começado.

No primeiro dia de aula, sempre falo com os novatos, então falei com o carinha que nunca tinha visto antes.

Eu: "Oiii! Tudo bom? Meu nome é Geovana e o seu?".

Ele estava bem tímido no início, mas era do tipo de pessoa que quanto mais você conhece, mais louco você percebe que ele é.

Leandro: "Leandro. Prazer!"

Eu: "Liga pra mim não, sou louca!" - ele sorriu e voltei pra meu lugar.

Fiquei com ele na minha mente todo o resto da aula. Ficava me perguntando " Geovana porque você não para de pensar nele? O que é isso que está acontecendo contigo mulher?"
Não imaginava que estaria sentindo algo por ele, aliás mal o conhecia.

Logo após a aula, fomos para casa. Leticia e eu estávamos ainda na rua da escola, apelidada como " a rua infinita", quanto mais a gente andava, parecia que a rua não acabava. Era meio dia, mais ou menos, antes de dobrar a esquina, vimos o novato ( Leandro) estava indo pelo mesmo caminho que percorro pra ir para casa. Olhei para Leticia e falei:

"Espera ! Onde será que ele mora? Indo pelo mesmo lugar que eu... vamos seguir ele!"

Leticia: " Então ! Vamos segui-lo!"

Começava então a perseguição. Já estava ficando louca, porém, depois descobri que ele morava perto da minha casa. Depois disso me aquietei.

Quando cheguei em casa naquele dia, entrei no Facebook, vi que tinha solicitação de amizade. Não esperava, porém fiquei feliz quando vi que era ele. Chamei ele para conversar, mas foi aquilo de " Oi. Oi. Tudo bom? Tudo e você? Tô bem. Legal." Depois de uns meses, aconteceu coisas que me deixaram mais curiosa. Ok ficava olhando para ele, mas tipo, normal. Porém, toda vez que olhava, ele estava olhando pra mim, e sou muito tímida, então ficava vermelha e soltava aquele leve sorriso de constrangimento.

Os meses se passaram e chegou então o mês de Junho, junto com ele, o aniversário da poderosa chefona da trupe, Milena. Como sempre, quando se trata de comida, fui a primeira a chegar. Porém, naquele dia, levei Leticia e Leandro, porque sou uma pessoa muito legal que dar carona aos amigos. Depois os outros convidados chegaram. Isso foi a tarde. 12 horas.

Como de costume, Milena sempre esquecia de comprar algo, então fomos ao mercado. No caminho, ela e eu, começávamos a falar sobre a situação que eu estava passando por conta do Leandro.

Milena: "Oh Geo! Ele gosta de você."

Eu: " Não. Ele não gosta! E outra, eu vejo ele como meu amigo."

Milena: " Começa assim, depois não diga que não avisei."

Voltamos para a festa. Naquele dia choveu. Tinha uma convidada que chamava-se Kautiane. Não tinha ido com a cara dela, até ela começar a encarar o Leandro, aí comecei a não gostar dela de fato. Milena tinha baixado um app no celular dela de verdade ou consequência. Começamos a jogar. Mas graças ao bom Deus não fizeram aquelas perguntas chatas " quem você pegaria daqui?", porque se tivesse caído essa pergunta pra Kautiane e ela respondesse Leandro, uma guerra mundial aconteceria. Mentira. Sou um amorzinho, não gosto de violência.

Depois daquele dia, fiquei pensando... no Leandro. Sério, fiquei me perguntando porque tinha ficado com ciumes. Nunca tinha gostado de alguém como acabei gostando dele. Alguns dias se passaram, e meu gato morreu. Não o Leandro. Meu gato se chamava Nino, bem tradicional. Ele foi envenenado, e fiquei muito mal. Qual a pessoa que fui recorrer ? Exato, Leandro. Estávamos bem amigos. Falei pra ele que meu gato tinha morrido e que estava muito mal. Mas mal sabia eu, que naquela noite bombas seriam soltas.

Sim, falamos um para o outro o que estávamos sentindo. Descobri que ele gostava de mim, e ele que eu gostava também. Isso foi em um sábado, na segunda indo para escola, foi bem vergonhoso. Nunca tinha falado para alguém o que sentia. Ele foi o primeiro. Então, ficamos naquilo " Tudo bom?". Não, a gente não estava namorando. Calma. Isso é apenas a primeira parte da trama que rendeu muitas dores de cabeça.

Foi engraçado quando falamos as coisas, nunca fui de romantismo e falei de gostar, sentimento sei lá... é bem confuso. Porém, foi bom ter falado, ou não...

Minha família é bem " não pode namorar agora" " homem não presta" e bla bla bla. E isso, naquela época, foi bem complicado. Ele queria, eu também, porém o medo de "desapontar" meus pais era maior. No final daquele ano, enfim falei para minha mãe que estava gostando do Leandro, bom, a reação dela não foi das melhores.

Eu: "meu Jesus.....não sei como falar, mas .... ( pausa porque tive um leve ataque de riso na hora) lembra que falei sobre meu amigo Leandro?" -(ela fez que sim com a cabeça )- "então... eu estou gostando dele!"

Mãe: "não estou acreditando nisso! Você muito nova. Começa a namorar e não vai mais pensar nos estudos. "

Eu: "mãe pelo amor de Deus! Calma ne? Sou doida de deixar meus estudos de lado não. E posso fazer nada, eu gosto dele"

E começaram as piadinhas. Mas deixei esse assunto com minha mãe, pra lá.

As coisas entre Leandro e eu ficavam cada vez mais complicadas, porque dói você não ficar com a pessoa que gosta, por conta de alguma barreira.
Então, depois de um tempo, decidimos nos afastar e isso, foi uma das piores coisas.

Nem todo conto é de fada.Onde histórias criam vida. Descubra agora