Quem Pode Segurar um Homem Bom?

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  Um aluno da Universidade do Uruguay indagou:"Professor McDowell, por que o senhor não pode refutar ocristianismo?" Respondi-lhe: "Por uma razão muitosimples. Existe um evento histórico para o qual não tenhoexplicação: a ressurreição de Cristo."Após mais de setecentas horas de estudo do assuntoe de investigação detalhada de seus fundamentos, chegueià conclusão de que a ressurreição de Jesus ou é uma dasmais terríveis, desapiedadas e horríveis fraudesimpingidas à humanidade, ou então é o mais importanteevento da História.A ressurreição tira do plano da filosofia a pergunta:"O cristianismo é válido?" e torna-a uma questão histórica.Será que o cristianismo tem bases historicamenteaceitáveis?Será que existem provas suficientes para garantir acrença na religião?Alguns dos fatos relativos à ressurreição são osseguintes: Jesus de Nazaré, o profeta judeu que sedeclarou ser o Cristo anunciado pelas Escrituras judaicas,foi preso, considerado criminoso político, e crucificado.Três dias após sua morte e sepultamento, algumasmulheres foram ao seu túmulo e descobriram que seucorpo havia desaparecido. Os discípulos declaravam que Deus o ressuscitara de entre os mortos, e que ele lhesaparecera várias vezes, antes de ascender aos céus.Partindo dessa base, o cristianismo espalhou-se portodo o Império Romano, e continuou a exercer grandeinfluência na humanidade no decorrer dos séculos.Essa ressurreição ocorreu mesmo?O SEPULTAMENTO DE JESUSO corpo de Jesus, de acordo com o costume dosjudeus, foi envolto em uma espécie de lençol de linho.Cerca de cinqüenta quilos de especiarias aromáticas,misturas para formar uma substância pastosa, foramaplicados no pano que envolvia seu corpo.1 Depois que elefoi depositado num túmulo escavado na rocha sólida,2uma pedra bem grande (pesando aproximadamente duastoneladas) foi rolada, por meio de alavancas, para a entradada cavidade.3Um destacamento romano, composto de homenstreinados numa rígida disciplina, ficou de guarda à portado sepulcro. O temor de uma possível punição "resultavanuma observação impecável das suas responsabilidades,principalmente em casos de vigilância noturna."4 Estaguarda fixou no túmulo o sinete romano, um selo queatestava o poder e a autoridade romanos.5 A finalidadedaquele lacre era evitar o vandalismo. Qualquer pessoaque tentasse remover a pedra do túmulo teria que quebraro selo, e incorreria na ira da lei romana.Mas o túmulo estava vazio.O TÚMULO VAZIOOs seguidores de Jesus afirmaram que eleressuscitara de entre os mortos. Relataram que ele lhesaparecera durante um período de quarenta dias,revelando-se a eles através de "muitas provas incontestáveis". (Algumas versões falam de "provasinfalíveis".)6 O apóstolo Paulo disse que Jesus aparecera amais de quinhentos de seus seguidores em certa ocasião, amaioria dos quais ainda estava viva e poderia confirmaraquilo que ele dizia.7A. M. Ramsay escreve: "Creio na ressurreição, emparte porque sem ela uma série de fatos não teriaexplicação."8 O túmulo vazio era "evidente demais, parapoder ser negado". Paul Althaus afirma que a ressurreição"não poderia, em Jerusalém, subsistir nem por um dia,nem por uma hora, se o fato de que o túmulo estava vazionão tivesse sido constatado e firmado, por todos osenvolvidos na questão."9Paul L. Maier concluiu: "Se todas as evidênciasforem ponderadas com justiça e cuidadosamente, serámuito justificável concluir, de acordo com os cânones dapesquisa histórica, que o túmulo em que Jesus foisepultado realmente estava vazio na manhã da Páscoa. Eainda não se descobriu o menor vestígio de evidência emfontes literárias, epígrafes, ou na arqueologia que venhacontrariar esta declaração."10Como então se explica o túmulo vazio? Será quepoderíamos atribuir ao fato uma causa natural?Baseando-se em fortíssimas evidências históricas, oscristãos acreditam que Jesus ressuscitou corporalmente, notempo e no espaço, pelo poder sobrenatural de Deus. Épossível que existam algumas barreiras a esta crença, masos problemas inerentes à crença em contrário apresentamdificuldades ainda maiores.Os fatos relativos ao túmulo, após a ressurreição,são muito significativos. O lacre romano fora rompido, eisto implicava automaticamente na crucificação, de cabeçapara baixo, daqueles que houvessem praticado tal ato. Agrande pedra fora removida até certa distância, e não apenas afastada da boca do sepulcro, mas de todo o blocotumular, parecendo ter sido apanhada e carregada paraaquele ponto.11 O destacamento da guarda fugira. Em seuDigest 49.16, Justino relaciona dezoito infrações pelasquais um destacamento de guarda poderia ser executado.Entre elas, citava-se dormir no posto, ou abandoná-lo.As mulheres que foram ao túmulo encontraram-novazio; entraram em pânico, e voltaram para relatar o fatoaos discípulos. Pedro e João correram ao local. João chegouprimeiro, mas não entrou. Espiou para dentro do sepulcroe viu as roupas tumulares, usadas, mas sem o usuário. Ocorpo de Cristo atravessara-as entrando numa novadimensão de existência. Encaremos a realidade, isto fazqualquer um de nós crer, mesmo que seja por um brevemomento.As teorias formuladas para explicar a ressurreiçãopor causas naturais são fracas; na verdade, elas favorecemainda mais a crença na veracidade da ressurreição.SERIA OUTRO O TÚMULO?Uma hipótese levantada por Kirsopp Lake sugereque as mulheres que relataram o desaparecimento docorpo teriam ido a outro túmulo. Se assim foi, osdiscípulos que foram averiguar a afirmação das mulheres,também devem ter ido ao túmulo errado. Contudo,podemos estar certos de um fato: as autoridades judaicas,que haviam solicitado uma guarda romana para vigiar otúmulo, a fim de evitar que o corpo fosse roubado, não seenganariam quanto à localização dele. Nem o teria aguarda romana, pois havia estado lá.Se tivesse se tratado realmente de um erro deidentificação do túmulo, as autoridades judaicas nãoteriam perdido tempo; logo iriam mostrar o corpo, notúmulo certo, e deste modo conseguiriam abafar totalmente e para sempre quaisquer rumores de uma possívelressurreição.Outra tentativa de explicação contrária alega que asaparições de Jesus, após a ressurreição, foram ilusões oualucinações. Sem o apoio dos princípios psicológicos queregem as aparições provocadas por alucinações, esta teoriatambém destoa da situação histórica, e do estado mentaldos apóstolos.Se era alucinação, então, onde se encontrava ocorpo, e por que não foi apresentado?A TEORIA DO DESMAIODifundida por Venturini há vários séculos atrás, efreqüentemente citada hoje em dia, a teoria do desmaioafirma que Jesus realmente não morreu, mas simplesmentedesmaiou de exaustão, devido à perda de sangue. Todospensaram que ele estivesse morto. No entanto, mais tardeele voltou a si, e os discípulos acreditaram tratar-se deuma ressurreição.O cético David Friedrich Strauss — que também nãoacredita na ressurreição de Jesus — foi a pessoa quedesferiu o golpe mortal a qualquer idéia de que Jesuspossa ter simplesmente revivido de um desmaio. "Éimpossível que um homem que fugira de um túmulo,semi-morto, e que vagueara de um lado para outro fraco edoente, necessitado de cuidados médicos e da aplicação debandagens às suas feridas, precisando de encorajamento eoutros cuidados, pudesse dar aos discípulos a impressãode que era um vitorioso sobre a morte e sobre o túmulo, deque era o príncipe da vida, uma impressão que iriaconstituir as bases para o futuro ministério deles.Recobrando-se de um desmaio somente, ele teriaenfraquecido a impressão que deixara neles em vida e nasua morte, e, quando muito, teria emprestado à sua imagem um tom de lirismo, mas absolutamente nãopoderia haver transformado seu sofrimento ementusiasmo, nem elevado sua reverência, tornando-aadoração."12O CORPO ROUBADOOutra teoria afirma que o corpo foi roubado pelosdiscípulos enquanto a guarda dormia.13 A depressão e odesânimo dos discípulos fornecem um argumentofortíssimo contra a possibilidade de haverem eles se tornado,subitamente, tão corajosos e atrevidos, a ponto deenfrentar um destacamento de soldados postados à beirado túmulo, para roubar o corpo. Não se achavam comdisposição para fazer nada disso.J. N. D. Anderson é deão da Faculdade de Direito daUniversidade de Londres, titular da cadeira de LeiOriental, na Escola de Estudos Africanos e Orientais, ediretor do Instituto de Estudos de Direito Avançado daUniversidade de Londres. Comentando acerca da hipótesede que os discípulos houvessem roubado o corpo deCristo, ele diz: "Isto seria totalmente contrário a tudo quesabemos deles: sua formação ética, e qualidade de vida, aperseverança em face do sofrimento e perseguição. Etambém não seria uma base para a transformação quedemonstraram de derrotados e desalentados escapistas,em testemunhas vibrantes, que nenhum tipo de oposiçãoconseguia calar."14A teoria de que as autoridades judaicas ou romanashouvessem removido o corpo deCristo não é mais razoável que do provável rouboefetuado pelos discípulos. Se as autoridades mantinham ocorpo em seu poder, ou sabiam onde se encontrava, então,quando os discípulos começaram a pregar em Jerusalémsobre a ressurreição dele, por que elas não explicaram que o haviam removido? E por que não pegaram o cadáver,puseram-no numa carroça e fizeram-no circular pelas ruasda cidade? Essa medida certamente teria destruído ocristianismo.O Dr. John Warwick Montgomery comenta: "A idéiade que os cristãos primitivos pudessem ter criado talhistória e depois a houvessem divulgado perante aquelesque poderiam tê-los refutado simplesmente mostrando ocorpo de Jesus, supera os limites da credibilidade."15EVIDÊNCIAS A FAVOR DA RESSURREIÇÃOO Prof. Thomas Arnold, que durante quatorze anosfoi diretor da Escola Rugby, autor da famosa História deRoma, em três volumes, e indicado para ocupar a cátedrade História moderna em Oxford, estava bem informadoacerca do valor da evidência na determinação de fatoshistóricos. Ele disse: "Tenho estado, há muitos anos, aestudar as histórias de outras épocas e a examinar o pesoda evidência apresentada por aqueles que têm escrito arespeito delas, e desconheço qualquer outro fato históricoque seja provado por evidências melhores e mais amplas,por evidências de toda a sorte, para o entendimento dopesquisador sincero, do que o grande sinal que Deus nosconcedeu, de que Cristo morreu e ressuscitou, de entre osmortos."16O grande escritor inglês Brooke Foss Westcott disse:"Reunindo-se todas as evidências, não é exagero dizer quenão existe outro incidente histórico mais bem apoiado,nem mais variadamente fundamentado, que a ressurreiçãode Cristo. Basta apenas a primeira suposição de que elepoderia ser falso para introduzir-se a idéia da deficiênciade provas no caso."17O Dr. Simon Greenleaf foi uma das maioresinteligências em questões de direito, nos Estados Unidos. Ele foi um dos mais famosos mestres do direito, daUniversidade de Harvard, e sucedeu ao juiz Joseph Storyno curso de Código Danes, na mesma universidade. H. W.H. Knotts diz o seguinte a seu respeito no DicionárioBiográfico Americano: "Aos esforços de Story e Greenleafdeve-se a proeminência atingida pela Faculdade de Direitode Harvard, e sua elevada posição entre as melhoresescolas de direito dos Estados Unidos." Quando aindalecionava em Harvard, Greenleaf escreveu uma obra naqual examina o aspecto legal do testemunho dos discí-pulos quanto à ressurreição de Cristo. Ele observa que eraimpossível que os apóstolos "houvessem persistido naafirmação das verdades que narravam, se lesus nãohouvesse realmente ressuscitado dentre os mortos, e elestivessem conhecimento desse fato, com a mesma certezaque tinham de qualquer outro fato!'18 Greenleaf concluiuque a ressurreição de Cristo é um dos eventos históricosmais bem apoiados por evidências, de acordo com asregras da evidência legal ministradas nas cortes de justiça.Outro advogado, Frank Morrisson, dispôs-se arefutar as evidências favoráveis à ressurreição. Elepensava que a vida de Jesus era uma das mais belasexistências, mas com relação à ressurreição, acreditava quealguém anexara um mito à história de Jesus. Sua intençãoera escrever um relato dos últimos dias da vida de Cristo,mas iria, naturalmente, desconsiderar a ressurreição.Acreditava que um exame inteligente e racional de Jesusteria que ignorar sua ressurreição. Entretanto, ao examinaros fatos com sua visão e formação de homem de leis, teveque mudar de idéia. Eventualmente, ele veio a produziruma obra que se tornaria um best-seller: Who Moved theStone? (Quem removeu a pedra?) O primeiro capítulo daobra intitula-se: "O livro que se recusava a ser escrito", e os capítulos restantes apresentavam decisivamenteevidências da ressurreição de Cristo.19George Eldon Ladd chegou à seguinte conclusão: "Aúnica explicação racional para estes fatos históricos é queDeus ressuscitou a Cristo em forma corpórea."20 O crenteem Jesus, hoje em dia, pode ter confiança plena, comofizeram os primeiros cristãos, que sua fé é baseada não emum mito ou lenda, mas num sólido fato histórico, o doCristo ressurreto e do túmulo vazio.E o que é mais importante, cada crente podeexperimentar o poder do Cristo ressurreto em sua vidahoje. Antes de tudo, ele pode saber que seus pecadosforam perdoados.21 Em segundo lugar, pode ter a certezada vida eterna e de sua ressurreição do túmulo.22 Terceiro,ele pode ficar livre de uma vida vazia e sem sentido, e sertransformado em nova criatura, em Jesus Cristo.23Qual é a sua conclusão? E sua decisão? O que vocêpensa do túmulo vazio? Após examinar as evidências deum ponto de vista judicial, Lord Darling, antigo Presidenteda Suprema Corte da Inglaterra, concluiu que: "Existemevidências tão fortes, positivas e negativas, de fatos e decircunstâncias, que nenhum tribunal inteligente, nomundo todo, poderia deixar de chegar ao veredito final deque a história da ressurreição é verdadeira."24  

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