capítulo um.

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Harry

OUTUBRO, 2015.

Desempacotar é definitivamente um grande trabalho duro. Harry descobriu isso quando se mudou para um apartamento e era apenas uma universitário de olhos arregalados no primeiro ano, mas ele percebeu rapidamente que esse processo dá muito mais trabalho quando você está se mudando para uma casa ao invés de um apartamento estudantil pequeno de dois quartos já com a maioria dos móveis essenciais fornecidos.

A casa que ele está se mudando é simples o suficiente, apenas um piso tipo bangalô com uma sala de estar espaçosa, um quarto principal e um para visitas, um banheiro médio e uma cozinha grande junto com a sala de jantar. Isso o lembra muito o bangalô de seus pais em Holmes Chapel, que é grande parte da razão pela qual ele decidiu comprá-la.

Levou a tarde inteira e maior parte da noite para ele tirar tudo das caixas e pelo menos arrumar a sala de estar, após isso ele rapidamente caiu na cama e desmaiou sem mesmo se incomodar em jantar adequadamente. Sua mãe se ofereceu para vir ajudá-lo a desempacotar as coisas mas ele recusou educadamente, disse-lhe que estaria bem por conta própria. Ele não realmente não se arrepende dessa decisão pois não queria incomodá-la desnecessariamente, mas agora ele deseja que poderia pelo menos ter pedido a alguém para dar-lhe uma mão.

Ele está muito, muito cansado.

De qualquer forma, ele ainda conseguiu groguemente se arrastar para fora da cama o mais cedo possível na manhã seguinte. Depois de tomar um banho (que consiste mais em ficar debaixo do jato de água quente com os olhos meio abertos e se inclinando na parede de azulejos, não o suficiente para cair) ele organizou seu quarto e levou todas as caixas vazias para o quintal para que elas não iria ficassem no caminho. E então pegou seu carro e dirigiu até um mercadinho, familiarizando com a vizinhança quieta porém acolhedora que se tornaria seu lar e comprou a metade de um carro de doces para a noite.

Afinal, só porque ele foi incapaz de planejar um traje ou até mesmo fazer alguma escultura com abóbora este ano devido ao movimento, não significa que ele não possa entrar no espírito de Halloween. É um feriado especial para ele, cheio de memórias brilhantes e felizes de sua infância e embriagado (mas apenas feliz) memórias de seus anos como um estudante universitário por isso parece errado não celebrá-lo de algum jeito.

Presentemente, ele está sentado em seu sofá velho de segunda mão, dentro de sua nova sala de estar com as luzes apagadas e as cortinas abertas dando-lhe a visão da rua lá fora. Ele acha que se ouvir o suficiente, conseguiria ouvir as crianças arrecadando doces e rindo brilhantemente enquanto contam histórias de fantasmas tentando assustar umas às outras. Isso o faz sorrir, pensando na primeira fez que foi autorizado a sair a noite como um pequeno garoto de mãos dadas com sua irmã, vestindo fantasias de vampiros combinando.

Ele se inclina ainda mais contra o sofá, embora esteja relutante em se sentir muito confortável. A noite está só começando, e ele tem certeza que vão bater na sua porta perguntando doces ou travessuras. Então ele teria que se levantar mais do que algumas vezes ao longo da noite. Ele se prepara para se inclinar casualmente contra o apoio de braço, mantendo seus olhos colados à tela de seu laptop que está na mesa de café mesmo que ele já tenha visto The Nightmare Before Christmas cerca de cem mil vezes.

Ele tem uma pequena tigela de doces na mesa de café para si mesmo, e pega ociosamente uma barra de chocolate enquanto vê Jack cair na porta que leva a Christmas Town. Ele está prestes a dar uma mordida quando ouve uma batida na porta, o primeiro doces-ou-travessuras da noite e ele fica animado. Coloca seu chocolate na mesa e pausa o filme antes de levantar e se apressar para fora da sala de estar.

Há uma tigela de doces maior na mesa de entrada e Harry a pega e então abrindo a porta. Ele vê duas pessoas em sua frente, pai e filha vestindo uma fantasia de piratas que combinam. Boa parentalidade, Harry pensa, mas antes que ele possa poupar o homem de um outro olhar, seus olhos se atraem para a menina que brandia uma espada de papelão para ele.

baby we could be enough (i'll make this feel like home)Onde histórias criam vida. Descubra agora