Toriel P.O.V
Já se passaram dois meses, dois meses depois que perdi a minha garotinha, em momento algum imaginei que isso poderia acontecer comigo, sinto um enorme peso em minhas costas até hoje, me sinto totalmente impotente como mãe, eu sinto que nunca mais poderei ter outro bebê de novo. Agora estou lavando a louça, com a mente cheia de pensamentos tensos. Há dias eu vou em minha psicóloga, mas sinto que ela não pode me ajudar quanto a esse sentimento horrível que me atormenta. Como será que ela ia ser, será que seria parecida comigo? Eu nunca vou saber.
Fechei os olhos e apertei fortemente o prato em minhas mãos, essa imagem em minha mente me abalou muito, começei a chorar, apertei mais o prato e ele se quebrou fazendo um corte em minha mão. Caí de joelhos segurando a mão ferida cuja sangrava muito e chorei mais. Asgore correu para a cozinha e veio me amparar.
-Tori, o quê houve com você??? - ele ma segura e eu me atiro em seu abraço, choro em seu ombro. -Toriel, você está bem? Ah minha nossa, olhe sua mão.
Asgore tentou me acalmar, eu não conseguia parar as lágrimas, me soltei dele e olhei para a minha mão ferida, estava coberta com meu sangue, no momento me veio a terrível lembrança do dia e que eu estava no hospital e eu comecei a sangrar, então passei a mão na área e me assustei ao ver quanto sangue saía de mim. Quando a lembrança passou eu chorei mais, Asgore me levou para a cadeira da mesa e tentou me acalmar novamente.
-Tori, me diga o quê está acontedendo. - ele estava muito aflito.
-Eu não aguento mais, Asgore..... eu não consigo tirar da minha cabeça que o meu bebê está morto, isso fica me atormentando sem parar..... eu me sinto tão culpada. - desabafei aos prantos.
-Você não teve culpa de nada, Tori, só infelizmente aconteceu.
-Mas não tinha que acontecer, eu queria trazer a minha filha para nossa casa, em meus braços, eu queria dar uma irmã para o Asriel, e eu a perdi. - estava tão abalada quanto nunca fiquei.
Asgora ficou me olhando tritemente, mas então sorriu para mim, eu não entendi por que, até que ele falou:
-Bem, Tori, eu tive uma ideia que pode fazer você se sentir melhor, mas me diga se concorda ou não pois é algo que realmente precisa ser conversado e pensado. - ele começou.
-O quê? - eu pergunto.
Ele apenas tira de seu bolso um papel, ela me deu eu o li, dizia:
"Orfanato Santa Christina para monstros e crianças"
Eu arregalo os olhos e olho para ele, ele estava sugerindo que adotemos?! Não era uma má ideia, na verdade, era uma ótima ideia! Mas não sei se estou pronta para abrir o meu coração depois do que passei.
-Eu quero muito preencher o vazio que ficou em nossa família, mas, não sei se estou pronta para acolher uma nova criança. - digo com incerteza.
-Não percisamos fazer isso agora, vamos falar com o Asriel e ver se ele concorda, com a sua terapeuta e se estiver tudo certo poderemos ir escolher uma meniniha. - ele põe a mão no meu ombro e me passa muito apoio.
Eu penso um pouco, e vejo que ele tem razão, precisamos seguir em frente, e seria maravilhoso dar um lar para uma criança que não tem um. Eu estou dentro!
-Sim, eu quero adotar uma criança! - eu digo sentindo que o peso finalmente sumiu de mim, acho que agora eu poderei viver tranquila de novo.
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A Criança Psicopata
Mystery / ThrillerApós uma terrível tragêdia na família Dreemurr, eles decidem adotar uma nova criança, e acabam se encantando com a pequena Chara, uma menina doce e inocente de 8 anos, e a adotam em seguida. Mas, após receberem Chara em sua casa, coisas estranhas co...