Wildest Dreams | Haylor Fanfiction

One

Taylor pov (point of view):

Pela milésima vez em pouco tempo, estou novamente a fazer o mesmo caminho, em direção ao mesmo gabinete para fazer o mesmo fucking contrato.

Eu era nova, sem noção. A única coisa que eu queria era reconhecimento. Nem sequer pensei que essas pessoas do mundo da fama, como hei de explicar, só nos querem enganar para seu próprio proveito. E eu assinei sem pensar. E sem ler uma das passagens mais importantes do contrato que era "Autorizo a tratarem da minha imagem pública da maneira mais proveitosa, consequentemente relações de amizade e de amor falsas em vantagem das mesmas".

E essa frase destrói a minha vida. Da maneira que as pessoas acham que sou, porque estão constantemente a fazerem me entrar e sair em relacionamentos.

E esta é outra dessas vezes.

Ligaram me que tinha surgido um contrato novo para um relacionamento e que tinha de estar presente hoje numa reunião sem falta, pois era o único espaço em branco na agenda desse meu "futuro namorado" e que ele amanhã tinha de ir para outra cidade em compromissos importantes.

Eu conduzo o carro pois este tipo de contratos é uma coisa que eu prefiro fazer sozinha.

Chego rapidamente ao edifício e corro até à entrada tentando passar meio que despercebida no meio daquela multidão que se reunia à volta da porta. Entro sem falar com ninguém, recebendo também alguns empurrões. Vou em direção ao elevador e paro só no 6º andar.

Entro na pequena sala do fundo do corredor e todas as pessoas que lá estavam dentro olham para mim.

-Desculpe o atraso, foi um pouco difícil passar lá em baixo - digo enquanto fecho a porta

-Ah, a culpa é minha – prenunciou-se um rapaz de cabelo cacheado sentado na cadeira do fundo – Viram-me a entrar e devem estar à espera que saía para que fale com eles, dar autógrafos e essas coisas. Tu compreendes.

Sentei me da cadeira que uma pessoa me indicou e assinei o papel que me colocaram à frente, pois queria sair dali o mais rápido possível.

- 3 meses apenas?

- Sim Mrs. Swift. É para ser um caso rápido mas bastante divulgado pela mídia. Temos que aproveitar o fato que o Mr. Styles anda debaixo do olhar das câmaras.

E com isso, toda a comitiva que estava na sala saiu, deixando me apenas com o Harry. Sim, eu sei quem ele é. Dificil nos dias de hoje descobrir alguém que não saiba quem ele é, afinal, em cada canto existe pelo menos uma pessoa a berrar a 'What Makes You Beautiful'. Os One Direction estão a fazer cada vez mais sucesso. Eu não sabia que iria ser com ele o contrato até entrar na sala. Não posso mentir, estou um pouco admirada pois ele é um pouco 'novo demais' para mim, apesar de eu não me interessar pela idade, afinal, vai ser tudo falso e rápido.

-Olá, Taylor, eu sou o...

-Eu sei. – interrompi rapidamente- Não sei quanto a ti, mas eu tenho mais que fazer e aposto que tens de ir lá ter com aquela multidão toda. Eu não gasto o teu tempo e tu não gastas o meu.- digo de uma forma fria enquanto ando até à porta.

-Sabes que é suposto sairmos deste prédio juntos, certo?

-Quem disse isso?

-Eles. À dois minutos atrás.

Reviro os olhos.

-Calma. São só três meses, passa num instante.

-"só" – digo imitando o tom de voz dele.

-Sim. Só precisamos de nos ver nuns prémios quaisquer, no final do concerto da minha banda no Madison Square Garden e mais umas poucas vezes.

-Quem disse isso?

-Eles. Estou a ver que não ouviste nada.

-Pois não, é que estes assuntos, como hei de dizer de uma forma educada... eu não quero saber nem prestaria atenção nem que estivesse sobre ameaça de morte. Não faz sentido e eu odeio estas coisas. Por isso anda, vamos fazer isto rápido.

-Ok.

Ele sem dizer nada, pega-me a mão direita e puxa-me pelos corredores e entramos no elevador. Há um bocado, quando subia por este elevador, ele parecia maior. Mas agora parece cada vez mais pequeno à medida que ele se aproxima. Eu fico ali imóvel até porque sei o que se segue. Ele vai me beijar. É sempre assim. São todos assim... E tudo para que a imprensa que está à nossa espera (ou melhor, à espera dele) se impressione com o que está perante os seus olhos e é aí que começam os flashes das câmaras que cegam qualquer um que não tenha uns óculos de sol.

Quando ouço o som do elevador que indica que chegámos e que as portas se vão abrir suspiro e aguardo o toque dos seus lábios cujas milhares de fãs matariam para ter. Mas fico surpreendida quando não sinto os seus lábios e sim o seu braço que me envolve num abraço protetor. É tão reconfortante estar aqui mas é tudo uma ilusão.

Ainda assim os flashes insistem em aparecer e ele deve ter entendido que eles me estavam a incomodar pois o seu abraço ficou mais forte, mais protetor. Sem dar por mim já estamos a andar, em direção à saída sempre com os seus braços a envolverem-me.

Passamos por uma multidão de fãs misturados com paparazzis e avançamos rápido, sem dizer nada, sem parar para fazer o que quer que fosse. Sem nos prenunciarmos sobre o namoro. São assim os contratos, somos vistos juntos, tomados por namorados mas não podemos admitir de forma direta.
É sempre assim e sempre assim será.

Continuamos a caminhar até chegarmos a um lugar sem pessoas, onde cada um de nós segue o seu caminho para diferentes direções.