Wildest Dreams | Haylor Fanfiction

Two

Assim que nos separamos eu segui rumo a minha casa. Como não tinha disposição para apanhar um táxi ou qualquer outro transporte público, decidir fazer o caminho por mim mesma.
Apesar de nublado o céu, bem como o horizonte que a esta hora se tornava rosado, estavam lindos.

Respiro o ar puro do final da tarde. É tão bom andar assim, sem ter que pensar em nada sem ser a beleza da paisagem.

Começou a chover repentinamente e as gotas de água eram cada vez mais intensas, mas sabem que mais? Estava a ser ótimo observar as pessoas a correr desesperadamente ou a procurar um guarda chuva que os impedisse de apanhar uma grande molha, e eu estava ali, no meio daquilo tudo, não como A Taylor Swift, mas sim como uma pessoa a deixar a chuva molhar o cabelo só por diversão.
Isto até é um pouco nostálgico pois quando era pequena eu adorava apanhar com as gotas de água no rosto e sentir a frescura do dia.

Caminhava ainda sem rumo quando um carro preto pára perto de mim e dele sai o famoso Harry Styles, que corre até mim, puxando me pelo braço em direção ao carro, oferecendo me boleia.

-Harry, deixa me estar, eu vou a caminhar sozinha.-digo eu enquanto tento soltar me.

-Não, custa muito aceitares? É só uma simples boleia!

-Já disse para me deixares sozinha!- digo num tom, se calhar, alto de mais, fazendo ele me soltar de vez

-Ok, então eu vou contigo até tua casa, a pé.

-Awwwn, adoro, shippo, virou minha nova religião - fala o loiro que tinha a janela do carro aberta e estava a apreciar a cena. Reparo agora que não lá está só ele, mas sim 4 ao todo, com o Harry, 5.

-Cala-te, Niall. Eles não tinham dado conta que a janela estava aberta. - diz um outro enquanto se estica para fechar a janela. E eu rio-me da situação.

-Então, vamos?-diz, ansioso, Harry, como se ir a pé para casa fosse uma grande aventura.

Ao início, um silêncio contrangedor tomou conta do ambiente que a cada passo se tornava mais pesado. Eu já estava a desesperar.

Com certeza que aquele havia sido o meu recorde de silêncio.

Felizmente ele decidiu tomar a palavra e cortar aquele tremendo silêncio.

-Espero que a tua casa não seja longe... Não sou muito adepto do desporto à chuva.- dizendo isto o Harry deixou escapar um riso tímido que fez com que, involuntariamente, também eu soltasse um.

À medida que a fraca luz do sol desaparecia ente gotas e nuvens a temperatura gelava cada vez mais os meus ossos.

Vá lá Taylor! Estamos em novembro! Acho que uns agasalhos não seriam uma má ideia! Nem um casaco me lembrei de trazer, sou mesmo despistada. Pelo menos não estavamos muito molhados pois as varandas dos prédios cobriam-nos, mas eu sabia que havia uma parte do caminho em que nada nos iria abrigar.

O Harry deve ter, de alguma forma, invadido o meu cérebro e lido os meus pensamentos dominados pelo frio.

-Deves estar gelada Taylor, toma.- tirou o casaco preto dele e rapidamente mo pôs sobre os ombros e logo senti o cheiro do perfume dele. Era maravilhoso, suave mas forte, era realmente muito bom.

Mas quando olhei para ele vi que, debaixo do casaco que se encontrava agora sobre os meus ombros, só havia uma camisola e comecei logo a protestar.

-Obrigado Harry, a sério, mas é tu!? Vais gelar só com essa camisola.

Tentei tirar o casaco mas ele impediu-me dizendo que não era friorento.

Para o nosso azar o asfalto já estava cheio de poças de água então, quando um carro que decidia ir rápido demais passou eu pensei que ia ficar toda encharcada. Mas eu estava enganada pois sinto as mãos de Harry a agarrarem os meus braços e a rodarem-me para o outro lado do passeio ficando ele de costas para a estrada.

Tudo aconteceu muito rápido mas no fim, quando o carro ia já longe, vi que o Harry havia apanhado com toda a água.

-Oh meu Deus Harry! Estás bem!?- a minha vontade era rir mas não queria que ele me achasse rude. Felizmente ele tomou a iniciativa e soltou um riso tão alto que me contagiou e então ficamos os dois ali, a rir feitos tolinhos, no meio da rua.

Tempo depois, chegamos a minha casa, agora mais molhados do que nunca pois passamos cerca de cinco minutos sem um prédio como fonte de abrigo.

-E prontos, é a minha casa.- digo, enquanto abro o portão e ele segue-me em silêncio -Ahm, desculpa como falei contigo na reunião. Foi mal da minha parte, Harry. Então desculpa.

-Não faz mal. Dei conta que não gostas nada disto. -diz ele, referindo se aos contratos

-Não gosto mesmo - rio-me - Não faz sentido eles nos porem a namorar com uma pessoa ao calhas só para melhorar as estúpidas vendas, não achas?

-Não sei, na verdade é o meu primeiro contrato "a sério".

-Então ainda vais ter que passar por muito.- e dou uma risada - Não queres entrar? Está um bocado de frio cá fora.

-Não, obrigado. Vou andando.

-Fica, a sério. - e pego na mão dele com a intenção de o convencer a entrar.

E ao insistir que ele entrasse dou um passo demasiado à frente e fiquei extremamente perto dele.

Ele afasta-se mas rapidamente muda de ideias e coloca uma mão na minha cara e a outra pela minha cintura e num movimento firme ele puxa-a para perto da dele não deixando nem um milímetro de distância entre nós. Ele olha fixamente para os meus lábios e a minha atenção prende-se nos dele também. O seu polegar passa nos meus lábios e logo depois sorri. Aprecio os seus dentes brancos e perfeitamente alinhados. Vejo-o a aproximar-se. Fecho os meus olhos e avanço.

Não sei quanto tempo durou mas sei que foi mágico...

Quando nos afastámos ele permanecia com o mesmo sorriso lindo. Abraçamos-nos ainda sem falar nada e fico encostada à sua t-shirt branca que devido à chuva notavam se os seus músculos.

Num gesto rápido ele puxa o seu cabelo para trás e como estava muito molhado ele permaneceu no mesmo sítio. Ele estava muito fofo assim e a minha vontade era beijá-lo de novo mas o pressuposto não é eu apaixonar-me, muito menos aproveitar-me dele.

-Então... até amanhã! -digo com esperança que ele entendesse a indireta e fosse embora.

-Até qualquer dia, Taylor. Qualquer coisa, manda DM no twitter.-diz ele, sem comentar o que se passou à minutos.

Cumprimentamos-nos com um beijo na face e observo-o a andar em direção à beira da estrada, onde ele se senta pacificamente até ser engolido por uma multidão de fãs e fotógrafos.

E com esta eu fecho a porta de casa e quando entro reparo que ainda estou com o casaco do Harry que, ainda que molhado cheirava ao seu perfume magnífico. Não sei bem porquê, mas fiquei um bocado de tempo ali, na minha sala, de pé e de olhos fechados a pensar em tudo o que havia acontecido.