they are going through the unimaginable.

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— Hey garota! - um homem chamou a atenção de Rosie, que olhava para todos os lados da Scotland Yard, perdida — Isso aqui é um ambiente policial, você não deveria estar aqui.

— Desculpe, eu estou procurando por... Lestrade? - a menina disse o nome que leu no blog de seu pai, esperando que o homem ainda trabalhasse por ali.

— Greg! Tem uma menina querendo falar com você aqui fora.

— Desculpa, nós não cobrimos desaparecimento de cachorros ou gatos, eu sugiro que você pendure uns cartazes pela cidade. - o homem, que Rosie reconheceu como sendo o mesmo de sua fita de aniversário, apareceu dizendo.

— Meu nome é Rosamund... Watson?

— Rosie? - ele sorriu, incrédulo — Meu Deus, como você cresceu! Vamos, entre.

— Eu vim aqui porque preciso que você dê um caso pro Sherlock.

— Sherlock, huh? Da última vez que eu te vi, você tinha 6 anos e chamava ele de papai.

— Eu sei, é complicado. Eu preciso de um caso pra ele.

— Eu sinto muito, Rosie, mas há meses não recebemos um dos grandes. Parece que as pessoas nessa cidade enfim se acalmaram.

— Você não entende, eu preciso juntar meu pai e Sherlock de novo e a única maneira disso acontecer é se ele magicamente receber um caso muito grande que atraia o meu pai também e...

— Chefe... - uma mulher que aparentava ter seus 40 anos entrou na sala de supetão — Acharam mais um corpo no Tâmisa. Tem alguém matando mulheres e jogando lá. Assassino em série, huh? Há muito tempo não tínhamos um desses.

— Obrigada, Sally - Greg agradeceu, se virando para a adolescente em seguida — Olha só, parece que temos um dia de sorte pra alguém. Hora de ligar para Sherlock Holmes.

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Sherlock não esperava ouvir de Greg Lestrade em algum tempo próximo. Já havia se conformado com a falta de trabalho, apesar do fato lhe corroer por dentro. Ao receber o telefonema, o detetive consultor confirmou presença no mesmo instante, e, ao se levantar, recebeu uma mensagem de Rosie em seu celular.

"Você sabe que precisa dele. E tenho certeza que também sabe o endereço (;"

O cacheado sorriu. Claro que era obra da garota.

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John Watson também não esperava certa visita nessa noite, ou em qualquer outra. Ao abrir a porta e se deparar com o homem que certa vez havia sido seu melhor amigo, o médico se encontrou vacilando nas palavras, mas conseguiu dizer, com dificuldade, que ia chamar a filha em um segundo.

— Eu não estou aqui por Rosie, John.

— Desculpe...?

— Tem um assassino em série.

Tantas palavras foram trocadas em apenas olhares nos segundos seguintes.

Somos estranhos novamente.

Você sabe que não.

Preciso de você.

Faz tanto tempo.

Apenas nós dois contra o resto do mundo.

— Estou indo. - John afirmou, gritando algo para Rosie ouvir do andar de cima e fechando a porta atrás de si.

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— Fim da linha, Peter. Nós sabemos que você vem matando todas as mulheres com quem a sua ex-mulher se relaciona. Que decadência, não é mesmo? Um homem rico como você, elegante e importante, que não aceita algo como o fato da ex-esposa ser lésbica.

— Você não entende, Sherlock Holmes. Se isso vem ao público, eu perco metade de meus eleitores.

— Uma pena que agora todos vão saber que além de ser um homofóbico nojento, você também é um assassino. A Scotland Yard está a caminho.

— Sabe, Sr. Holmes, eu deveria matar você também. Eu sempre soube que você era desse tipinho repugnante. Você também, John Watson. Vocês dois me enojam.

— Olha aqui, seu merda. - John disse, com fúria em seu tom de voz — Você nunca mais vai dirigir uma palavra a Sherlock novamente, sabe por que? Porque você é um criminoso que vai apodrecer na cadeia pagando pelo o que fez, e ele — nós — não fizemos nada de errado. Você é o fodido dessa história, entendeu bem?

— Scotland Yard, você está preso! - Greg Lestrade e sua equipe adentraram o local, correndo para cima do suspeito e algemando-o — Obrigada rapazes, é bom ver Sherlock Holmes e John Watson juntos novamente.

— É sempre um prazer, Greg - John respondeu, sorrindo.

— John, mande um beijo pra Rosie. Garota adotável.

— Como você...?

— Sua filha nos conseguiu esse caso - Sherlock explicou, sorrindo.

— Aquela menina não tem jeito mesmo — John riu, saindo da cena do crime e sendo seguido por Sherlock, indo em direção ao número 221B da Baker Street.

— Então, Baker Street...

— Aqui estamos.

— Eu provavelmente devia...

Enquanto John terminava sua fala, Sherlock sentiu seu celular vibrar no bolso do casaco, com o nome da filha diversas vezes no visor.

"Convide ele pra entrar." 10:50pm
"Ele quer se casar com a Chloe" 10:56pm
"Devia ser com você." 10:58pm
"Conversem!" 11 pm
"!!!!!!!!!!!!" 11:20pm

— Você quer... entrar? - Sherlock perguntou instintivamente, assistindo a feição de John suavizar.

— Eu adoraria.

E, assim, os dois garotos da Baker Street adentraram a câmara romântica do coração, estado nostálgico da mente, onde sempre estiveram destinados a ficarem juntos.

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Não tenho muito o que dizer, queria só agradecer a vocês por estarem lendo e comentando 🤗💓

i loved him first (he's the only one) // johnlockOnde histórias criam vida. Descubra agora