Acredito que já não sou mais um sol brilhante que irradeia por onde passa, e acredito ter aceitado isso, aceitei viver no escuro, sozinho e melodramático... Cheio de sentimentos acumulados, que se esvaziam pelos meus olhos na madrugada ou na hora do banho sem avisar. Tenho medo de não voltar a brilhar, temo porque me permiti ir longe demais, e me esqueci o caminho para voltar, já não vejo mais a luz no fim do tunio e isso é assustador. Quando olho para trás não é possível ver nada, o que restou foram sons agonizantes de choros e gritos. Eu queria poder ter feito mais, amado mais quem eu deveria amar ter cuidado de todos um pouquinho mais, mas me desleixei e agora não posso voltar.
Não me lembro em que momento da vida eu me tornei isso, mas me lembro que antes de tudo se tornar sem vida ou sem sentido nenhum, que as coisas eram bem mais simples e mais fáceis de lidar. Minha mãe me disse que as coisas sempre foram assim a única diferença é que naquela época eu não entendia nada. Gostaria de ainda não entender, mas estaria fugindo novamente dos problemas que eu deveria enfrentar. Gostaria também de ser mais forte e corajosa coisa que nunca fui, peço desculpas a aqueles que eu poderia ter protegido e cuidado, mas deixei para lá, talvez eu nunca tenha sido boa nisso, em ter que cuidar de alguém... na verdade eu sempre quis que alguém cuidasse de mim e me ajudasse a sair desse buraco no qual me enfiei.
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Quando o Brilho se apaga.
Non-FictionEste fala sobre passar por fases difíceis, por não saber ao certo quando tudo começou a dar errado e perder total sentido. Fala sobre o que muitos já passaram ou ainda estão passando. No fim espero que cada um encontre uma saída, que consiga se reer...
