SETE DIAS SOBRE O CASTIGO DO ASTRO REI
A mais de três meses fortes chuvas vêm assolando o mundo. Alguns países asiáticos sucumbiram perante ao poder de enormes tsunamis que encobriram varias cidades portuárias e não portuárias as transformando em cemitérios submersos. Alguns místicos e religiosos afirmavam que eram as lagrimas de Deus que escorriam por sua face ao ver o rumo que sua criação seguiu.
E o mundo começou a chamar as fortes chuvas que não cessavam de o novo dilúvio. Aqui no Brasil a chuva não estava causando tanta destruição como o que ocorria com outros países, mas era visível a falta de paciência da população em geral quando tinham que enfrentar pontos de alagamentos por toda a cidade. Mas em uma manha de domingo, as chuvas simplesmente desapareceram, o sol brilhava radiante céu acima. O mundo festejava o fim das chuvas que ceifaram um numero incontável de vidas mundo a fora.
“Primeiro dia”
O domingo estava fantástico, o astro rei brilhava céu acima, as pessoas andavam alegremente pelas ruas de São Paulo, Um grande relógio digital próximo a estação de trem Barueri marcava a temperatura de 30 graus, o sol estava mesmo de rachar. Mas se comparado aos quase quatro meses de chuvas que caíram destruindo tudo esse forte calor era até bom. A noite não demorou a chegar. Já era por volta da 10h da noite quando resolvi ligar o televisor para relaxar um pouco. Não estava conseguindo dormir devido ao forte calor. Um repórter apareceu anunciando casos estranhos que estavam deixando cientista de cabelos em pé. O jornalista prosseguiu em estado frenético.
“As fortes chuvas que castigavam o mundo desapareceram misteriosamente, mas com este desaparecimento súbito, veio uma forte onda de calor inexplicável, que ate o exato momento só tem aumentado. Eventos como pessoas entrando em combustão tem amedrontado a população europeia onde os primeiros causos foram noticiados. No Brasil não houve nenhum caso deste gênero, mas vários idosos de um asilo localizado na vila Formosa morreram devido á forte temperatura. Em uma maternidade em Campo Limpo no interior de São Paulo sete recém nascidos também faleceram, e os indícios são as fortes temperaturas. A agencia de saudade brasileira pede a todos que procurem ao máximo se protegem das fortes temperaturas com protetores solares e que consumam muito liquido para manterem o corpo bem hidratado.”
Mau o jornalista terminou de dar as noticias e eu já havia adormecido.
“Segundo dia”
Acordei sobre o barulho irritante de meu velho despertador. Eram oito horas da manhã, estava derretendo de tanto calor, suava como um porco velho, pelo jeito hoje será outro dia calorento. Tomei um banho gelado e vesti uma roupa leve, tomei um pouco de café requentado e comi um resto de pizza que estava na geladeira do dia anterior. Do lado de fora de meu edifício o calor estava de matar, passei como de costume na banca de jornal do senhor Manuel Domingues um velho amigo de minha mãe. Comprei um “Diário popular” as noticias que estampavam a matéria principal do jornal, falava sobre a forte onda de calor que não parava de aumentar. E sobre um grande encontro de cientistas vindo de vários cantos do mundo que estava ocorrendo em Paris.
Não demorei muito a chegar ao meu local de trabalho. A empresa onde eu trabalhava fica apenas a meia hora de caminhada de onde eu morava. Ao chegar encontrei Marília, a bela recepcionista que acenava para mim. Olhei para o relógio da recepção, observei o termômetro logo abaixo do relógio digital na parede que marcava 37 graus. Meu deus! Esse calor não para de aumentar! Pensei.