Fevereiro de Dois Mil e Oito, nove anos atrás...
Dia quatorze de fevereiro. Uma data especial e comemorativa na qual se celebra a união amorosa entre casais e namorados, conhecido como dia dos namorados ou dia de São Valentim, os costumes relacionados com este dia provavelmente vêm de um antigo festival romano chamado Lupercalia, que se realizava todo dia 14 de fevereiro.
A festa celebrava a fertilidade, homenageando Juno (deusa da mulher e casamento) e Pan (deus da natureza), também marcava o início oficial da primavera. Perseu já pesquisou em todos os sites e livros sobre o dia dos namorados, mas quanto mais lia sobre o assunto mais a vontade de viver esse dia, sentia. Já viu tudo sobre esse dia, mas tudo mudou no primeiro dia desse mesmo mês do ano passado quando esbarrou com ela.
Foi pensando nisso que Perseu, agora com quinze anos e no primeiro ano do ensino médio, errou mais uma bola na cesta ganhando mais um grito do professor de educação física, Gleeson Hedge. O professor Hedge dividiu a turma em seis times com cinco jogadores em cada um, quem jogava agora era o time de Perseu que tinha Jason Grace, Charles Beckendorf, Chris Rodriguez e Leonardo Valdez, jogavam contra outros garotos da sala, enquanto o resto estava nas arquibancadas observando, mas Perseu não conseguia tirar os olhos da loura, por isso nem prestava atenção no jogo.
- Presta atenção, Jackson, desse jeito vamos perder o jogo. – disse Chris irritado com a distração do garoto, ele não gostava de perder ainda mais tendo sua eterna rival, Clarisse La Rue, vendo a partida.
Perseu ficou constrangido e vermelho pela vergonha, olhou para as arquibancadas e viu que era o centro das atenções, Annabeth também o observava e isso só piorou a vermelhidão em seu rosto.
- Foca no jogo, nos ajude a tomar a bola deles agora e depois no lançamento, pode fazer isso? – pergunta Charles, ele assentiu. Olhou para todos do seu time e depois para o treinador que logo apitou e o jogo voltou.
Perseu se concentrou no jogo e internamente deu o seu melhor para impressionar uma certa loura de olhos cinzas. Fez passes certos e até algumas cestas, ajudou em outras e no final dos quinze minutos o seu time havia ganhado de trinta e seis a vinte e um. Ambos os times saíram de quadra e o time de Annabeth e Rachel Elizabeth Dare entraram, Perseu ficou encostado na porta de saída e ficou observando ela.
Além de linda e inteligente a loura é muito astuta, nas aulas de Educação Física sempre jogava para ganhar e suas estratégias eram as melhores, não tinha ninguém que a abatesse. Mas como ninguém é só qualidades, Perseu notou no último ano que se passou que a loura era muito orgulhosa e teimosa, seus amigos que o digam, pelo que notara de longe, Annabeth tinha um gênio forte, quando se irritava com algo e era muito difícil contesta-la sem ficar com medo de sua postura que ficava pronta para partir para cima.
Eram nesses e em outros momentos que Perseu gostaria de ver de perto seus belos olhos cinzas, tinha muita curiosidade sobre eles e a dona também o interessava, e muito. Respirou fundo e saiu da quadra. Ele pensou nisso as férias inteiras, e como não tinha coragem e sua timidez o impedia de fazer isso pessoalmente, Perseu criou outra coisa, outra pessoa. Foi para o seu armário, olhando toda hora para os lados, com o medo e a adrenalina de ser pego percorrendo seu corpo.
- Coragem. – murmurou pegando a rosa e o pequeno cartão branco, guardado com maior cuidado no armário do garoto.
Andou três armários a sua direita, olhou mais uma vez para os lados e tirou do bolsou dois adesivos de coração, um grande e um menor. Com as mãos tremendo colocou a rosa vermelha na altura dos olhos e colou com o adesivo grande, depois colocou o cartão junto das pétalas, olhou mais uma vez para os lados, olhou para o relógio e viu que tinha quinze minutos para o fim da aula de educação física.
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Romântico Anônimo
RomanceLembra daquele garoto que sentou do seu lado? Aquele rapaz que você nem dava bola? Aquele cara que te deu um guarda-chuva quando a tempestade te pegou na rua? Então, esse mesmo cara te ofereceu no recreio um sanduíche amassado, ele que vivia escrev...