Tu, só tu

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Quando falava contigo era como se o mundo parasse e tudo estivesse bem. Eu não sei explicar o porquê, mas tinhamos uma conexão, diferente, algo que eu nunca tive com ninguém. Foda-se, tu eras tão especial, trazias ao de cima o melhor de mim, fazias-me tão feliz. Eu juro que sim. Era tudo tão bom. Mas claro, claro que tinha de ter um fim. Foi mais uma ilusão para a minha coleção. Agora só sei que sinto a tua falta. Sinto a tua falta como nunca senti por mais nada. Aliás, o que eu senti, e ainda sinto, por ti foi algo que nunca antes senti. Apesar da maneira como me magoaste, me iludiste, não passando tudo de uma brincadeira para ti, eu sei que a culpa de tudo ter acabado foi maioritariamente minha. Devia ter ficado de boca calada, guardar os meus sentimentos para mim, talvez assim ainda estivesses comigo. Mas agora está tudo diferente. Estás na faculdade, conheceste pessoas novas, pessoas melhores, tens uma vida completamente diferente e já não precisas de mim. Tu nunca precisaste de mim. E eu preciso tanto de ti. É horrível sentir que algo é tão certo, tão forte, mas que nunca pode existir. Independentemente do que faças, nada pode voltar. A nossa amizade não pode voltar. Aquele friozinho na minha barriga de cada vez que te via na escola, de cada vez que tu sorrias para mim. De cada vez que tu cantavas para mim. Se calhar até estou a fazer um grande filme de tudo o que se passou entre nós(que foi nada) e na tua perspetiva é tudo diferente. Tu nunca sentiste nada. Nada foi mútuo. Era uma amiga qualquer para ti. Uma amizade descartável que não significava nada, uma amizade que não valia a pena o esforço de manter. Mas continuas a ser especial. Um rapaz sem igual. E, infelizmente para mim, nunca, mas nunca vais ser indiferente para mim, apesar de eu não ser ninguém para ti.

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