GUESS WHO'S BACK

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Pov. Zayn

Acontecia assim, de repente e drasticamente, às vezes no meio da noite ou até mesmo no período do dia onde eu me pegava sonhando acordado. Era quase sempre a mesma lembrança; público, hate e até mesmo a privacidade que tanto pedi aos céus, como se um deus fosse bonzinho e concedesse meu pedido. Isso nunca aconteceu, e se essa vida fosse de outra pessoa eu iria rir de toda essa desgraça, mas era a minha vida então eu sentia raiva.

Sempre que acordava ou saía desse maldito transe, tudo o que podia sentir era raiva.

Raiva por ter vivido uma mentira, e raiva por terem seguido em frente tão de repente, deixando meu nome se apagar na mídia como se fosse insignificante.

E acho que era por isso que eu bebia tanto, pra poder esquecer isso pelo menos até o dia seguinte. E era o que sempre me acalmava, até uma pequena garota surgir na minha vida e me bagunçar completamente me privando de beber e me privando de qualquer método que eu tinha para poder esquecer.

Eu só queria esquecer.

Esses ataques eram constantes, mas quando aconteciam Perrie surgia de repente assim como surgiu em minha vida, então me acalmava e me beijava, agradava meu cabelo e me fazia sentir menos impotente e mais amado.

Perrie foi o que chamei pino de segurança.

Mas hoje ela não estava aqui.

Hoje eu estava dormindo e estava no meio de uma crise e ela não estava aqui.

Abracei forte meu travesseiro chegando a morder ele, esperando pelo toque das suas mãos pequenas, sua voz doce e sonolenta e até mesmo seus beijos.

Eles nunca aconteceram porque ela simplesmente não estava aqui, ela estava na droga da sua cidade natal presa pelo seu próprio pai que achava que podia explorar a própria filha e privar ela de uma vida livre.

Ela não estava fazendo as próprias escolhas, e sem ela aqui e com meus primeiros sintomas de crise de ansiedade, eu me sentia atônito e sem ter ideia do que fazer.

Eram pensamentos cruéis que realmente me machucavam, eram lembranças de fãs que se mataram por eu nunca ter agido como deveria, era a horripilante ideia de ter estragado tudo onde eu simplesmente perdi meu brilho e aquilo que me mantinha em pé para enfrentar os dias.

Eram pensamentos e inseguranças dolorosas, então não foi culpa minha quando acabei procurando pela minha forma de escape que eram todas aquelas bebidas aglomeradas na geladeira.

E não foi culpa minha quando me rendi à elas, de modo que nunca fiz mesmo estando bêbado todo o verão.

safety pin » zjm&pleOnde histórias criam vida. Descubra agora