"Por que você não me contou?"
Revirei os olhos em frustração para as perguntas persistentes de Perrie que só serviam para me envergonhar mais. Eu sei lá, estava esperando uma reação brava ou decepcionada, mas isso aqui era totalmente o oposto. Ela estava sendo compreensível e extremamente carinhosa comigo, eu não estava preparado pra isso, então não sabia como agir cada vez que ela acariciava meu cabelo ou me olhava docemente, alguém por favor fure os meus olhos!
"Deus, porque isso é envergonhante. Eu me sinto um maldito bêbado e também achei que ficaria brava comigo", minha resposta fez ela sorrir mais e voltar a acariciar meu cabelo, fechei os olhos, mesmo puto mas apreciando do seu toque.
Eu nem sabia porque estava tão nervoso, não era do sentido bravo ou algo assim, eu apenas estava... sei lá, tímido?
Senti um beijo molhado no meu rosto e então nos meus lábios. Quando é que eu iria superar o seu toque? Parecia uma nova explosão de sentimentos cada vez que ela me tocava ou me beijava, era sempre um choque pra mim, mas eu amava isso.
Só não amava nossa situação atual, onde já passava da 1am e Perrie ainda não tinha ido pra casa.
Esse era apenas o segundo dia em que eu tinha voltado e a segunda noite que Perrie trabalhava até tarde, então posso garantir que não é precipitado quando digo que seu pai é um explorador.
E falando nisso... eu realmente tinha uma ideia louca em mente.
"Quantas vezes mais vou ter que pedir pra você fugir comigo? Isso aqui não é vida Perrie" ela soltou uma risada baixa e negou enquanto se debruçava no balcão encostando os cotovelos ali e se aproximando mais um pouco de mim. Apenas esse balcão nos separava, mas nada que me impedisse de beijá-la.
"Isso é maluquice, eu não posso simplesmente fugir. Pode não ser uma vida pra você, mas é a minha vida e eu já me acostumei com isso. Minha vida está aqui. Meus amigos estão aqui... tudo que eu tenho está aqui e eu não posso simplesmente... deixar isso tudo pra trás no momento em que mais preciso ajudar o meu pai"
Senti minha expressão se desmanchar no momento que ela afastou a grande franja do rosto, como se palavras não fossem suficientes para demonstrar o que ela estava sentindo.
Era um saco ter tudo a oferecer quando ela não queria nada. Eu sabia que essa negação toda não era relacionada ao orgulho ou coisa parecida, ela apenas sentia a necessidade de ficar aqui e vivendo essa rotina que chama de vida. Isso era tão frustrante quando eu podia dar a ela uma vida nova.
"Não quero ficar parado vendo seu pai te explorar e te dar uma vida limitada quando eu posso te dar tudo."
Perrie sorriu triste e olhou para a entrada do bar quando um barulho nos chamou a atenção. Provavelmente era seu pai bêbado voltando pra cá. Voltei a olhar pra ela, tendo certeza que meu olhar dizia "você quer mesmo viver isso pra sempre?" e ela suspirou baixo.
"Eu não quero esse 'tudo' Za, já tenho tudo o que eu preciso aqui. Por favor, amanhã a gente conversa." Ela empurrou levemente meu peito e beijou o canto da minha boca antes de correr para ajudar o pai cambaleando. Mas ao contrário de fazer o que ela disse, eu apenas fiquei parado e assistindo uma cena que realmente me trazia certa angústia.
Então seria sempre assim? A solução era me esconder do seu pai e fingir que não estava num relacionamento?
E ela iria mesmo deixar ele explorando-a mais do que já estava?
Antes dela sair para ir ajudar o pai, virou pra mim e seus ombros caíram em desânimo quando viu que eu continuava parado, talvez em choque.
"Qual é o seu problema? Vai embora por favor, ele está bêbado mas mesmo assim não podemos arriscar tudo agora. Amanhã a gente conversa."
O problema aqui não era meu!
Ela tinha o que achava que precisava, e não se importava em querer as coisas.
E era exatamente esse o problema!
Eu poderia começar algo realmente demorado e cansativo, mas porra, valia realmente a pena brigar por isso? Foi por isso que encolhi os ombros como resposta e usei outra saída para ir embora, porque o idiota do seu pai ainda estava preso em outro século onde não aguentava ver a filha com o namorado.
Então fui pra casa realmente frustrado e indeciso, sobre voltar lá e mudar essa rotina sucessiva que é a vida da minha garota, ou simplesmente ir e deixar as coisas como estavam.
Eu não queria fazer besteira, muito menos forçá-la a se impôr. Ela tinha que fazer isso sozinha quando se sentisse a vontade, mas porra isso iria realmente demorar já que no momento o nosso assunto era o MEU problema.
O MEU problema é que ela viveu por tempo demais uma vida limitada e por conta disso não consegue mais enxergar outros horizontes e perdeu a ambição sobre mudar sua realidade. É mesmo um maldito problema que eu queira mudar isso?
n/a: desculpa o cap chato, eu to vivendo uma loucura e as crises ainda não pararam então esse é o meu melhor, conversem comigo eu to bastante carente
eu só queria avisar que patience não vai demorar muito pra sair do hiatus e eu to escrevendo uma nova fic baseada no relacionamento de outro otp, talvez é a minha ultima fic zerrie durante um tempo então é isso aí, vamos aproveitar essa reta final de safety pin.
xoxo
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safety pin » zjm&ple
Fanficzayn fica constantemente bêbado e perrie é a única que consegue fazê-lo encontrar seu rumo broken boy meets broken girl [...] we'll safety pin, the pieces of our broken hearts back together