Acordo com um barulho estridente na porta do chalé, depois que deixei Eliza na noite anterior junto com Amélia, Will mandou eu vim para casa, só que desviei o caminho e montado em Trovão fui para o bar mais longe, lembro-me de ter entrado em uma briga qualquer, só para descontar a raiva que estou sentindo de Eliza, por achar que eu seria capaz de beija-la achando que ela é qualquer uma.
Estou com raiva de minha mãe por sempre tratar Eliza tão mal e com raiva de mim por beija-la, ela tem razão, eu não quero compromisso. Ela merece alguém que a ame, e eu nunca serei capaz de dar isso. Eu nem sei por que a beijei, muito menos por que corri quando a ouvi gritando socorro. Levanto-me da cama, não me lembro direito da noite anterior quando briguei, mas não estou machucado, apenas minha roupa está rasgada, não lembro como cheguei em casa... Ah, Trovão deve me ter trago, eu o treinei para isso.
Mas onde ele deve ter ficado? Espero que Trovão não tenha roubado comida de ninguém, e espero que ele esteja se comportando. Estou sem paciência para procura-lo agora. Ouço um relinchar na sala, nem precisarei o trabalho de ir atrás de Trovão, ele está lá em baixo. Tiro minha blusa, ficando apenas de calça, não contratei nenhuma criada, não tem ninguém em casa. Se tivesse possivelmente não deixariam entrar um cavalo. Se bem que Trovão é bem difícil de se comportar.
Desço as escadas, e pulo para trás quando vejo Eliza deitada em cima do cavalo, desmaiada.
Meu corpo corre para onde ela, esquecendo toda a raiva e vergonha que estou sentindo. Pego Eliza no meu colo subo as escadas e devagar a coloco na minha cama, Trovão sai da casa e quando a coloco na cama seu vestido abre alguém rasgou o vestido dela. Uma parte de mim fica com raiva, por terem destruído uma peça tão importante, e outra parte, fica com ciúmes imaginando alguém a vendo com suas peças intimas. Reprimo esse pensamento e olho pra ela.
– Por favor, esteja bem. –Elizabeth está com um ferimento na cabeça e seu estado é péssimo, em casa eu não tenho nada que possa ajuda-la então vou à rua, e prometo a um senhor, que pelas suas vestes mostra ser pobre. Prometo a ele que darei um emprego se trazer um médico o mais rápido o possível, ele concorda com a cabeça e sai correndo. Volto para cima, com um pano molhado e limpo o sangue da testa de Eliza, a respiração dela está fraca, o que me desespera. Seguro sua mão, não sabendo o que fazer. Em pouco tempo, o senhor aparece na porta com um médico, ambos estão ofegantes. Ficamos todos em pé envolta dela. O médico que aparenta não saber fazer admite que nunca houvesse visto um corte tão profundo, e que não sabe como tratar da cabeça.
Eu fico com raiva, e ela se mistura com meu medo. Eu sem pensar pego o médico pela roupa e o pressiono contra a parede.
– Se ela morrer, você vai junto. Salve-a agora. – grito.
– Senhor. – ele responde calmamente. – se acalme.
– Eu. – digo, suspirando. – lhe dou qualquer coisa, ouro, animais, casas. Caso-me até com a sua filha ou irmã. Só não a deixe morrer.
Solto o doutor, ele concorda com a cabeça e começa a costurar o ferimento de Eliza. Viro-me de costas e decido sair, minha presença só atrapalharia.
– Venha comigo. – digo para o senhor que chamou o doutor.
Saio com ele, olho nos seus olhos e vejo esperança, ele deve estar com dificuldades, e agora tem esperança das coisas melhorarem depois de chamar o médico tão rápido.
– Tem família? – pergunto.
– Sim, senhor. – responde. – uma mulher e duas crianças.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Diário de Elizabeth
RomanceApós a morte de sua mãe, os maltrato do pai com Elizabeth se tornaram incessantes, e pioraram quando ele se casa novamente com Meredith, que se muda para a casa com seus quatros filhos (Amélia, Nate, Luisa, Ana) fazendo o inferno de Elizabeth. Ano...