No caso de alguém perguntar a ele qual superpoder iria querer, Peter Parker sabia exatamente o que ele responderia: invisibilidade. A capacidade de desaparecer da vista em um piscar de olhos e reaparecer sempre que quisesse. Como Violeta de Os Incríveis. Peter tinha certeza disso, porque para a maioria das pessoas, ele já era invisível.
Ele era pequeno para sua idade, magro, quieto e um pouco tímido. Seu cabelo era marrom; não chocolate ou café - apenas marrom, de alguma forma sempre desarrumado e seus óculos eram uma característica sempre presente, elevados desajeitadamente na ponte de seu nariz. Mesmo vinte anos após o primeiro livro de Harry Potter, as meninas, obviamente, não estavam realmente interessadas nesse tipo de coisa. Não que ele realmente se importasse, mas ele não podia deixar de notar.
Peter sabia que toda a sua aparência era normal, e mesmo que seus pais, sua tia e seu tio o amassem com todas as forças, mesmo para eles, ele era apenas uma criança normal de quatorze anos. Como isso não significava que eles se importavam menos com ele e não havia nada de errado em ser comum na opinião de Peter, ele estava de bem com isso.
Além disso, com as pessoas não se importando com ele, foi-lhe oferecida a oportunidade de passear pelo bairro sem ser perturbado; Ele podia observar as árvores altas nos quintais, e os pássaros e esquilos escondidos nos arbustos ao longo de seu caminho para casa ou sentado em cercas. E gostava de observar as pessoas. Ele adorava tirar fotos, e quando ninguém lhe prestava atenção, ninguém fazia poses ou caretas para suas fotos, e os resultados sinceros eram seus favoritos comparados com algumas das fotos posadas que ele tinha tirado. Seu telefone estava cheio delas, então, eventualmente, Peter começou a imprimir as que ele mais gostava na loja sempre que sua tia o acompanhava, gastando o troco que ele achava entre as almofadas do sofá e nos bolsos no dia da lavanderia. Geralmente era sua tia que o levava, já que seus pais não estavam na cidade, ou mesmo no país, frequentemente. O pai de Peter era um entomologista e trabalhava em florestas e bosques por todo o mundo, e sua mãe era jornalista freelance, então ela trabalhava em todos os lugares para que ela pudesse acompanhar seu pai em seus passeios. Peter não negaria a falta que sentia deles, mas sua tia e seu tio tornaram-se tão pais como os verdadeiros, e sua mãe e seu pai ligavam sempre que podiam para que ele nunca carecesse de afeto.
A tia May às vezes dizia que Peter tinha a inteligência e curiosidade deles; Ela provavelmente estava certa.
Ok, então ele não era completamente comum... Talvez ele fosse um pouco mais esperto do que outras crianças de sua idade, nada demais ou impressionante, mas ele era rápido ao compreender as ideias por trás de conceitos e fórmulas e rápido para transferir seu conhecimento para diferentes problemas. Sua família sabia disso e seus professores também, então Peter não viu nenhum sentido em reclamar sobre isso. Além disso, ser um nerd da ciência contribuiu somente para a sua invisibilidade e não arriscaria gabar-se sobre isso. Em sua escola, os alunos, na sua maioria, apenas passavam por ele nos corredores sem prestar atenção, seus olhos passando levemente sobre ele. Peter gostava das coisas dessa maneira e tinha durado até que ele deixou sua velha escola.
Agora, duas semanas depois, numa nova escola, tudo era diferente.
Ele tinha tido a ideia à noite, como coisas desse tipo tendiam a ser, quando ele estava meio dormindo, aninhado entre os seus travesseiros enormes. Sua mente já estava ocupada com a criação de redemoinhos de imagens e o pensamento tinha disparado através dele como eletricidade, afiado e súbito. Depois de horas acordado, considerando a ideia e finalmente decidindo que sim, Peter notou a falta de assuntos exigentes em sua escola atual e sim, ele ansiava um desafio maior, o pensamento se tornou um desejo.
Ele não queria perguntar, mas depois de semanas circulando o tema na ponta dos pés, ele finalmente deixou escapar no jantar. Nem sua tia nem seu tio ficaram surpresos com o pedido. Finalmente, depois de passar por todo o processo de encontrar uma escola que ainda estava perto o suficiente e que entrava nas expectativas de Peter, eles tinham decidido em Second Street High, aceitando uma viagem diária mais longa pelas aulas de ciências avançadas e equipamentos de laboratório mais modernos; aceitando a troca já que a sua velha escola não poderia sequer pagar novos computadores.

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(TRADUÇÃO) Counting the stars at our fingertips
FanfictionPeter tem 14 anos e é vítima em sua nova escola. Wade, 16 anos e o mais conhecido bully do colégio, se apaixona pelo belo menino com o olho roxo. (SPIDEYPOOL) Autora original: schierlingsbecher (http://archiveofourown.org/users/schierlingsbecher) No...