VIII

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Martinus Gunnarsen⚽️
Entrei na ambulância e confesso que bateu um desespero ao ver meu irmão naquele estado. Os paramédicos fizeram um curativo em seu arranhão na testa e estavam cuidando do corte. Eles pareciam estar bem preocupados com essa ultima parte. Um deles veio com uma prancheta e sentou do meu lado.

-Perguntar se vocês são irmãos é idiotice, vocês são univitelinos. Então vamos ao que interessa. Vocês têm quantos anos?

-14.

-Qual o tipo sanguíneo de vocês e qual o nome todo dele.

-A gente é B- e o nome do meu irmão é Marcus Gunnarsen.

-Marcus o que? Desculpa eu não compreendi direito.

-G-U-N-N-R-S-E-N.

-Ah sim.

O médico se afastou e eu voltei a encarar meu irmão. Se a gente trocasse de lugar eu aposto que ele saberia o que fazer se estivesse aqui.

Depois de alguns minutos a ambulância parou e encaminharam meu irmão para o hospital. Meus olhos começaram a lacrimejar instantaneamente por isso a tia Meredith me deu um forte abraço, eu a abracei de volta e entramos no hospital.

Esperamos uma meia hora e eu já estava agoniado. Meia hora era muito tempo para um simples corte.

-Está demorando muito.

-Calma Martinus. Essas coisas demoram mesmo. Mas o que aconteceu enquanto eu estava fora?

Pensei seriamente no que eu iria dizer. Aquele podia ser o momento perfeito para me vingar de Max, porém também era um ótimo pretexto para pararmos de vez com a briga.

-Foi um acidente tia, a gente queria cortar um saco que estava no colo do Marcus com um canivete, só que o Max errou a mira e acertou o abdômen do meu irmão.

-Então foi só um acidente mesmo.

-É.

Um médico veio em nossa direção, ele tinha os cabelos pretos porém um pouco grisalhos, usava óculos e provavelmente estava na faixa dos 50 anos.

-É o senh...Jovem Martinus?

Ele arregalou os olhos, provavelmente não sabia que éramos gêmeos. Logo em seguida ele deu um leve sorriso.

-É...Quer dizer sim, como está o meu irmão? Ele está bem?

-Acalme-se cavalheiro, seu irmão se cortou feio mas nós ja resolvemos. Demos á ele uma vacina antitetânica caso o instrumento estivesse enferrujado. Ele levou alguns pontos mas nada demais. Se demorasse mais um pouco ia ser necessário dar a ele sangue.

-Eu posso ver o meu irmão agora?

-Como desejar, enquanto isso eu falo com a senhora. O quarto dele é o 302.

Saí correndo até achar a porta. Depois de uns 20 minutos procurando eu a encontrei. Bati na porta e entrei.

-Marcus!

-Martinus!

Ele estendeu o braço e eu saí correndo para o abraçar. Seu abdômen inteiro estava enfaixado e ele tinha um curativo na testa.

-Não abraça tão forte que dói. -Ele falou se contraindo um pouco.

-Desculpa, mas eu não tenho culpa se estava preocupado com o meu irmão. Se acontecesse alguma coisa com você eu nunca ia me perdoar.

-O Max tá aí?

-Não né, são 2 da manhã ele deve estar dormindo. Por que a pergunta?

-É que eu vou pedir desculpas pra ele.

-Hã? Tá maluco? Ele quase me matou depois ele quase te matou e agora você vai pedir desculpa como se a culpa fosse sua também?

-Eu sei que ele se arrependeu. Eu ouvi ele falando.

Ok...Eu não sabia que ele ainda estava acordado mas isso não vem ao caso, eu acho que também devia dar uma chance ao Max.

Tinus...

-Fala Marcus.

-Você se importa se eu dormir agora? É que eu estou morrendo de sono.

-Tudo bem, mas só pra deixar claro, eu vou te acordar toda hora pra ver se você ainda esta respirando.

-Credo Martinus. Eu hein, mas você pode deitar aqui do meu lado.

Ele bateu na maca com a mão para que eu me deitasse ao seu lado. Eu fiz. Ela era bem macia na verdade então não demorou muito tempo para que eu adormecesse.
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O que dizer desse capítulo? Ahhhhh sim, MARCUS TU ÉS UM EXEMPLO PARA A SOCIEDADE. Mas voltando....Espero que tenham gostado!

All love e se escreve G-U-N-N-R-S-E-N!

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