Audição

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Acordei com o meu despertador as 6:31 da manhã, finalmente o dia tão esperado chegara-, estava indo fazer um teste para um escola de Educação Artística. Este ano eu termino o Ensino Médio, e adoraria fazer um técnico de Artes antes de começar a faculdade. Meu café da manhã se resumiu basicamente a um pão com manteiga, e café sem açúcar. 

Tomei um banho com toda a calmaria do mundo, pensando e repensando da forma de como eu iria me apresentar-, arrepios tomava conta do meu corpo só pelo o fato de imaginar que estarei sozinho em um palco, sendo julgado a todo instante. Tenho apenas noções básicas de teatro, como espaço, e postura.  

Vesti uma camiseta branca de um tecido bem leve, coloquei uma jaqueta jeans aberta, escolhi uma calça um tanto apertada e também jeans, e como calçado coloquei um all star preto. Ajeitei o meu cabelo com aquele estilo bagunçado porém arrumado-, coloquei o meu brinco de pedra, mas na hora terei que tirar. Dizem que há preferências para quem tem não tem tatuagem, brinco e essas coisas. 

Passei a ultima vez  o roteiro que eu mesmo criei, mudei alguns fragmentos, rezei e fui em busca do meu sonho. 

Durante o caminho ficava pensando de como seria o teste, afinal este é o meu primeiro. Mas como distração ficava olhando o aplicativo de encontros, que baixei semana passada. Como sempre muita gente, mas nenhum desses me agradava. Já estou cansado de sexo casual, é sempre o mesmo roteiro; Primeiro vem o beijo, depois um pega no pau do outro, paga boquete, depois ele me come e goza. [Tão roterizado quanto uma peça teatral.]

Sempre gostei de algo mais além, adoro xingamento, tapas, cheiros, torturas e ser fudido com força. Embora de fato esse meu fetiche nunca tenha acontecido, estou a procura de um homem do jeito que eu goste; Sem dó e nem piedade. Eu gosto mesmo é de brutalidade. Acabei decidindo  colocar na descrição do meu perfil do aplicativo de encontro que eu gostava de brutalidade, pra acabar com esse sexo casual.

Já estava chegando na estação de metrô que iria descer; Consolação. Quando me chega uma mensagem no aplicativo de encontros de um tal dominador me perguntando se eu gostava de BDSM, desconhecia essas duas palavras; dominador e BDSM. Resolvi focar na minha audição e deixei a putaria para depois. Justamente para eu pesquisar o que seria BDSM. 

A audição aconteceria na Avenida Paulista, no teatro Gazeta as 10h, cheguei 9:45. 15 minutos de antecedência como foi pedido. Estava lotado, muita gente para pouca vaga, o que me deixou ainda mais nervoso. Pessoas com os seus roteiro em mãos, alguns se alongando, outros aquecendo a voz, e eu.. bem, estava mais perdido que cego em tiroteio. 

Fui falar com o organizador e confirmar a minha presença para o teste. Estava tudo certo, era só esperar. Sabia exatamente o que iria fazer, o que falar. Já estava pronto. 

Meu celular vibrou e era novamente o tal dominador dizendo; A cadela está online mas não quer o responder o macho. Já vi que de além de brutalidade a putinha curte enrolar também. Meu pau ficou duro na mesma hora que li aquela mensagem, e as palavras putinha e cadela se repetia na minha mente, o que me deixava mais excitado. Será que eu teria encontrado um macho fudedor do jeito que eu sempre sonhei?! Disse ao tal dominador que estava ocupado e que assim que eu pudesse eu o responderia. 

Obtive resposta na mesma hora; De certo deve estar dando essa bundinha pra outro. Se não quiser ser maltratada, e ser fudida como nunca te fuderam é só avisar, cadela. Porra, aquele mensagem me deixou com uma vontade de dar para aquele sujeito que eu deixaria esta minha audição só pra levar rola. Não podia perder a chance de finalmente realizar meu fetiche. Fiquei em dúvida do que valeria a pena; tomar rola até não aguentar mais, ou fazer essa audição que me preparei o ano todo. 

Não estava aguentando de tanto tesão, pensei em bater uma no banheiro do teatro. Faltavam 5 minutos para começar, tinha exatos 5 minutos para gozar. Entrei no banheiro, fui na última cabine, e lá comecei a bater uma bronha, a cabeça do meu pau já estava toda babada. Passei o dedo naquela baba e levei direto a minha boca, o que me deixou mais tarado, adoro gosto de porra na minha boca. Comecei a me masturbar, gozei em 3 minutos. Como jorrei bastante leite, não pude desperdiçar, limpei minha mão com a língua mesmo. Levantei a calça, fechei o ziper e fui lavar a mão. 

Fui para o Hall esperar a minha vez para aquela audição, e enquanto isso fiquei pensando na loucura que eu acabara de fazer. Sou completamente insano e um punheteiro de mão [e leite] cheia. 

Ouvir chamar o meu nome;

Bryan Zomme Rouve, se apresente no Tablado. 

Olá meus amores, e aí gostaram?! Muitas coisas estão por vir! Espero que tenham gostado e que voltem no próximo capitulo. Comentem e avalie por favor, é muito importante isso. Gratidão! [Desculpe pelo os erros de português]

Quatro Luas de Submissão. [Romance Gay]Onde histórias criam vida. Descubra agora