O nome Mary Flora Bell é uma espécie de sinônimo para crueldade infantil. É o caso mais famoso no mundo de criança com um "possível" Transtorno de Personalidade Antissocial. Tão famoso que uma Lei com o seu nome foi estabelecida na Inglaterra em 2003.Mary Bell tinha apenas 10 anos - na verdade, um dia antes de completar 11 anos de idade - quando ela matou a primeira vez. Voltou a assassinar com 11 anos. Suas vítimas foram dois menininhos, Martin Brown de 4 anos e Brian Howe de 3 anos. Houveram outras acusações de tentativas de estrangulamento dela contra quatro meninas. A natureza cruel de seus atos e a pouca idade da garota tornaram o seu caso muito expoente, havendo as mais variadas teorias sobre sua postura social e psicológica. Seria ela um monstro ou vítima das circunstâncias?
Mary Flora Bell nasceu em 26 de maio de 1967, em Newcastle Upon Tyne, Scotswood, Inglaterra. Nascida em um lar completamente desestruturado, era filha ilegítima de Beth Bell, uma prostituta de 17 anos de idade e mentalmente perturbada, além de ser ausente. Bell nunca chegou a conhecer seu pai. Mary e seus irmãos tratavam o padrasto Billy Bell, como tio, pois assim a mãe dela receberia auxílio do governo.
Durante a infância, Mary era constantemente humilhada pela mãe devido ao fato de urinar na cama. Betty esfregava o rosto da filha na urina e pendurava o colchão molhado no lado de fora da casa para todos verem. Beth também levou a filha para uma agência de adoção, mas não conseguiu que a filha fosse adotada.
Beth aplicava castigos severos; nas inúmeras tentativas de se livrar de Mary, entupiu a menina de remédios fazendo com que Mary fosse parar no hospital para fazer uma lavagem de estômago. O mais perturbador para Mary era quando Beth permitia - forneceu o consentimento - que ela fosse abusada sexualmente, sendo forçada a participar dos jogos sexuais da sua mãe com os clientes diversas vezes. Isso tudo antes dela completar 5 anos de idade!
Com isso, Mary desenvolveu seu passatempo favorito: maltratar animais. Além disso, ela adorava espancar suas bonequinhas e não chorava quando se machucava. Aos 4 anos tentou matar um coleguinha enforcado e aos 5 presenciou sem nenhum tipo de emoção o atropelamento de um outro amiguinho. Depois que aprendeu a ler ficou incontrolável. Pichava paredes, incendiou a casa onde morava e torturava animais com maior frequência.
NORMA BELL:Em 11 de maio de 1068, Mary Bell era amiga de Norma Joyce Bell de 13 anos (apesar do mesmo sobrenome, não havia parentesco entre elas); as duas brincavam com um primo de Mary de 3 anos, em um abrigo em desuso. A criança aparentemente caiu e machucou a cabeça. No dia seguinte, três meninas de 6 anos brincavam quando foram surpreendidas por Mary e Norma. Mary aproximou-se de uma delas e apertou seu pescoço com força, Norma fugiu deixando Mary sozinha e a polícia foi chamada. Em 15 de maio os policiais conversaram com Mary e Norma.
MARTIN GEORGE BROWN – A PRIMEIRA VÍTIMA FATAL: Em 25 de maio, dois meninos procuravam pedaços de madeira em uma casa em ruínas, quando se depararam com um cadáver de um menino louro; o menino era Martin George Brown de 4 anos. Ele estava deitado próximo a uma janela, com sangue e saliva escorrendo pelo rosto, eles alertaram os operários de uma construção perto dali; um dos operários tentou reanimar a criança, mas o menino já estava morto. Um dos rapazes percebeu quando Mary e Norma se dirigiram para o interior da casa; na verdade, a intenção de Mary era mostrar à amiga seu “trabalho”. Quando elas passaram por entre as tábuas que cercavam a porta, eles as fizeram ir embora.
As duas então decidiram comunicar a tia de Martin, elas disseram que uma criança havia sofrido um acidente fatal, e que acreditavam que Martin havia morrido.
A polícia chegou ao local, e viram que Martin havia sofrido várias lesões na cabeça e não havia sinais de violência. A polícia acreditou que a causa da morte fora acidente e o caso permaneceu em aberto. A população exigiu das autoridades que se tomassem medidas para o perigo representado pelos prédios abandonados.
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Inocentes Psicopatas
Non-Fiction"uma cara inocente, nem sempre é sinal de inocência ." -R. Ataliba crianças para mim sempre foram um sinal de esperança, alegria e vida. nunca pensei nelas como "assassinas cruéis", mas depois de ler essas histórias comecei a pensar a respeito. Não...