Dizem que faz bem colocar tudo para fora, seja falando, chorando, gritando. Eu prefiro escrever... Não que as outras opções não sejam atraentes, mas no momento, as lágrimas secaram e não tem um alguém pra me ouvir exatamente. Por isso estou recorrendo a você, enquanto ouço uma música que me trazem à tona sentimentos e emoções. Talvez ninguém leia isso, até porque, são coisas da minha cabeça. Coisas que ninguém entenda. Na verdade, nem eu entendo na maioria das vezes...
Vou tentar explicar: é como se um buraco negro fosse se criando dentro do peito. Ele vai sugando tudo, você não tem força pra puxar pra fora, ou pra fugir. E aí, tudo é puxado pra dentro, tudo misturado lá dentro, desse buraco. E quando tudo se mistura, nem você mesma consegue separar mais. Torna-se tudo um sentimento só: CAOS, BAGUNÇA, CONFUSÃO... Um sentimento só, mas com várias nuances. Nuances essas que te desestabilizam de tal maneira, que você mesmo passa a achar que o seu lugar é ali. No caos. Na desordem.
E aí vem as indagações:
- Vão me aceitar assim?
- Eu me aceito assim?
- Um dia alguém vai conseguir me amar e ficar nessa bagunça que eu chamo de EU?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Diário de uma ansiosa em declínio
Short StoryQuerido diário, é assim que se começa né?! Enfim, vamos direto ao ponto: ninguém sabe o que eu passo. Na verdade, por diversas vezes nem eu mesma sei o que estou passando... Só sei que tem horas que parece que vou explodir, ou melhor dizendo, implo...