werecats!CasDean

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Notas da Autora: Culpem a EW! Eles são crianças, então se preparem para a fofura! BTW, é a minha primeira fic com crianças. Espero que gostem. Ainda não tem música, mas assim que achar alguma que combine, vou adicionar à mídia.

Dean e Castiel são amigos desde o nascimento. Como vizinhos, foram criados brincando juntos. Dean nunca havia perguntado a Castiel porque ele sempre usava uma touca, e Castiel nunca havia perguntado a Dean porque ele sempre usava calças longas e largas.

Agora aos oito anos, Castiel passava as tardes brincando com seu melhor amigo.

Tudo começou quando Dean ganhou um videogame e eles combinaram de aprender juntos. Dean em alguns dias já dominava vários jogos, e sempre ganhava de Castiel. Sempre.

Era mais uma tarde de quarta-feira quando Dean chamou Castiel novamente para jogar. O pequeno foi até o quarto do amigo, mas não pegou o joystick. Ficou sentado encarando seus próprios pés.

-Cass? O que há de errado?

Ele respirou fundo e engoliu as lágrimas que ardiam nos seus olhos. Ele era um garoto forte, seu pai sempre lhe lembrava. Não ia chorar.

-Eu não vou estragar seu jogo, Dee. Você pode jogar sozinho.

-Do que você está falando? Não tem graça jogar sem você.

-Mas Dee... Eu não sei jogar. Acho que até mesmo o Sammy conseguiria ser melhor do que eu. Eu entendo se você quiser outro amigo para jogar com você. Seria melhor pra você.

-Cass... Eu não quero outro amigo. Eu quero  brincar com você. Se não quiser jogar videogame, tudo bem. Ainda podemos brincar no parque ou no carro do papai. Eu não preciso de outro amigo quando eu tenho você.

-Mesmo?

-Mesmo. Eu quero ser seu amigo independente de qualquer coisa. Você é meu amigo de verdade.

-Você vai ser meu amigo mesmo se eu te decepcionar?

-Você não vai me decepcionar. Você quer continuar tentando aprender?

-Sim, Dee.

-Então pegue o joystick. Vamos tentar mais uma vez e então podemos brincar lá fora.

Eles começaram a jogar, mas Cass não conseguia tirar as palavras do amigo da cabeça. Ele sabia o que sua mãe havia dito. Ninguém iria gostar dele. Todos iriam se afastar se descobrissem. Ele era feio e as por conta disso as pessoas iriam achar que ele era mau. Mas Dean disse que ia ser amigo dele independente de qualquer coisa.

Então Castiel pela primeira vez sentiu vontade de tirar aquela touca preta que tanto o incomodava. Ele sabia que tinha que fazer aquilo agora, se não ele não teria coragem nunca mais. Então o garoto pausou o jogo.

-Cass! Você não pode fazer isso toda vez que estiver perdendo.

-Me desculpe, Dee. Eu só... preciso te mostrar uma coisa.

Castiel respirou fundo e tirou a touca, com os olhos fechados. Permaneceu assim por muito tempo, até perceber que Dean estava quieto por tempo demais. Ele não havia xingado Castiel de aberração como seu irmão mais velho Luci havia feito, mas o silêncio do amigo incomodava o pequeno. Será que ele sairia correndo? Que iria expulsar ele da sua casa? Talvez os Winchester se mudassem pra ficar longe dele. Pra correr daquela feiúra e maldade que sua mãe fazia questão de lembrar sempre.

Castiel tinha um par de orelhas de gato. Orelhas pretas e felpudas. A direita tinha uma pequena dobra na ponta feita pela touca, que logo se desfez.

Então ele tomou toda a coragem do mundo, abriu os olhos e perguntou:

-Dean... Você ainda quer ser meu amigo?

Castiel não entendeu quando Dean sorriu para ele.

-Cass... Eu tenho uma coisa pra te contar também.

Ele também não entendeu quando Dean começou a abrir suas calças.

-Dee... O que você está fazendo?

-Você não vai correr, vai?

-Dee, eu sou corajoso! -ele disse e suas orelhas retraíram por um instante. Por isso elas ficavam sempre sob uma touca apertada, Cass ainda não conseguia controla-las.

-Tudo bem. -Castiel jurou que conseguiu ver Dean, o mais bravo e corajoso dos irmãos Winchester,  com um rosto de medo quando suas calças vieram abaixo revelando uma longa cauda dourada enrolada nas pernas de Dean. Peludas como a de um gato. Um gato, assim como as orelhas de Cass.

-Dean, você... Você é um gatinho também?

-Gatinho?

-Só meu pai me chamava assim, na verdade. -Castiel abaixou a cabeça diante da lembrança de seu pai- É melhor do que... aberração.

-Aberração?

-Luci... Luci me chama assim. Mas só quando ele está bravo. Ele tem razão em estar bravo comigo. Uma vez eu saí do meu quarto sem a touca e fiz uma garota com quem ele estava rir dele. E eu sou tão desajeitado, e meu cabelo sempre cai, e eu ouço mais do que deveria, e...

-Cass, você não é uma aberração. Eu também não sou. Nem o Sammy, nem a mamãe.

-Sammy... Sammy e Tia Mary são gatinhos também?

Dean riu e se sentou ao lado do amigo.

-Cass, mamãe me explicou que somos híbridos. Somos raros, e por isso que temos que nos esconder pelo menos por enquanto. As pessoas podem querer fazer coisas ruins com a gente. Mas isso não nos torna pessoas ruins. Ela me explicou que nós que temos caudas somos Alfa, existem pessoas que tem somente a agilidade e inteligência dos gatos, além de muito pêlo, como Sam. Ele é um Beta. E pelo que ela me disse, vocês que tem orelha são Ômega.

-O que esses nomes significam?

-Ela não quis me dizer. Disse que quando eu fizer dezessete anos e meio, irei para um lugar onde vão me explicar todas essas coisas. Lá só tem pessoas como nós, que irão nos ajudar a aprender sobre o mundo.

-Existem mais como nós? -Cass perguntou espantado.

-Sim! Mamãe disse que era difícil a gente achar alguém, porque muitas pessoas tiram suas orelhas ou sua cauda.

-Eu não quero tirar minhas orelhas.

-Não precisa, se não quiser. Acho suas orelhas bonitas.

-Obrigado, Dee. Sua cauda também é bonita.

-Obrigado. -Dean pela primeira vez corou com um elogio do amigo. Os pequenos se abraçaram.- Tudo bem Cass. Mas não vamos nos preocupar com isso agora. Mamãe disse para aproveitar que sou uma criança. Vou aproveitar bem mais agora que sei que meu melhor amigo é igual a mim.

-Tudo bem, Dee. Vamos ser sempre melhores amigos, não é?

-Sim. Independente de qualquer coisa. Agora vamos. Vamos brincar no carro do papai.

Every Damn Way ♡ Destiel ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora