"Guilherme, preciso marcar um encontro com você", disse Luana do outro lado da linha. Ao terminar essas palavras, o semblante de Guilherme mudou. Seu coração acelerou. Como seriam, Guilherme e Luana, frente a frente? O que será que iria acontecer nesse encontro?
Com uma voz tremula, Guilherme responde o que sempre quis falar nos ouvidos de Luana.
– Acredito que possa rolar de nos encontrarmos para que eu possa entregar seu celular... – falei pausadamente.
– Você não faz a ideia de como eu sofri pensando que eu tinha perdido meu celular... – disse Luana emocionada.
– Você é desastrada? Não sabia disso... – falei sarcasticamente.
Eu a chamando de desastrada? Cara, você não tinha nada melhor para falar não?
– Sou um pouco desastrada. Isso é de mim. Não tente me mudar.
– Não está mais aqui quem falou. – falei saindo pela tangente. – Então, me diga menina desastrada, onde poderemos nos encontrar?
– Em minha casa hoje à tarde. Pode ser?
Não sei se vocês também perceberam, mas acredito que as coisas estão andando um pouco depressa. Antes eu nem a conhecia direito. Agora, já irei conhecer a casa dela? Parafraseando Peter Pan: "Pense nas coisas mais felizes. É o mesmo que ter asas".
– Pode ser... – falei pensativo. – Onde você mora?
– Moro ao lado do Prédio em que você mora. – respondeu rapidamente. – Moro no Prédio Jardim Olímpio.
Agora está explicado sobre o porquê de ela querer que eu vá a casa dela. Eu tinha pensado em um cineminha. Ou ir tomar Açaí.
– Eu não sabia que você morava no Prédio ao lado do meu...
– Mas eu sabia que você morava no Jardim Castello, lugar esse que eu sempre frequentava.
– Moro aqui há uns anos e nunca te vi por aqui... – falei tentando lembrar–se de algumas situações de convívio social. – Você é prima do Gasparzinho, o Fantasminha Camarada?
– Pior do que essa piada é tentar lembrar quando fui aí ao prédio. Desastre total. Essa é uma longa conversa. Não quero falar sobre. – disse Luana mitando em sua resposta. – Você poderá vir aqui em meu apartamento hoje à tarde?
– Posso sim. Irei aí entregar seu celular.
– Obrigada! – exclamou Luana desligando em seguida.
Ao apagar a tela do meu celular, fico pensativo sobre tudo o que eu tinha falado com a Luana. Algumas coisas foram proveitosas. Outras nem tanto. Mas o que importa é que eu irei ver aqueles lindos olhos em minha frente. Como sempre digo: o olhar é a ponte para que possamos nos aprofundar em momentos que determinadas pessoas querem nos falar naquele momento, mas não o fazem com facilidade.
Imediatamente, pego meu celular e tento ligar para o Carlos e o Bruno, mas seus celulares estavam dando fora de área ou desligado. Deve estar se preocupando com a Luxury Society Party ou Festa da Sociedade de Luxo. Essa festa irá acontecer em meu Prédio. Não estou com vontade de ir. Mas se a Luana for eu terei que ir.
Deito em minha cama, coloco meus fones de ouvido e vou escutar um pouco de "Eduardo e Mônica" da Legião Urbana. Com um sorriso bobo em meus lábios, fecho meus olhos e fico pensando na Luana. "Quem um dia irá dizer/ Que existe razão/ Nas coisas feitas pelo coração?/ E quem irá dizer/ Que não existe razão?".
~#~
Do outro lado da cidade, Carlos tentava, mais uma vez dar umas cantadas em algumas meninas. Na verdade, ele queria conseguir alguém para não aparecer na Festa da Sociedade de Luxo sozinho. Ele olha para todos os seus contatos e sai mandando mensagens dando cantadas em todas as meninas que ele consegue.
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Uma Rosa para um Idiota
Teen Fiction"Uma Rosa para um Idiota" conta a história de Guilherme e Luana, que se conhecem há bastante tempo e mantém uma amizade doce e carinhosa. Até que ele toma a iniciativa e a pede em namoro. Mas, em uma sexta feira, algo acontece de errado e Luana trai...