Capítulo 08 - Idiota é aquele que come uma comida idiota?

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Passo pela pequena porta branca com detalhes cinza claro. Com uma assinalada dele, fecho a porta. Me sento ao seu lado, na cama, e começamos a conversar. "Gui, o que vou falar aqui é algo muito sério. É algo muito importante. Prepare-se para o que você vai escutar!". Com essas palavras, imagino do que se trata. Ao terminar de falar, meu semblante fica pasmo. Será que isso realmente vai acontecer?

Christian estava muito diferente. Fazia muito tempo que eu não o via daquela forma. Seu olhar estava sério. Suas mãos estavam fechadas. O que será que ele está pronto para me dizer? Não sei ao certo. Como fiquei no hospital, quero escutá-lo. Quero ajudá-lo.

- Gui, não sei o que está acontecendo comigo, mas acredito que estou com algum tipo de problema sério. E você precisa me ajudar! – exclamou Chris de forma direta.

O Chris é uma pessoa um pouco carente. Lembro-me das vezes que eu o ajudei de várias formas possíveis. Acredito que ele não iria brincar em um momento como esse, pois ele acabou de sofrer um acidente. Mesmo que tenha sido por vacilo dele.

- Então me diga no que posso lhe ajudar! – falei de forma séria.

- Estou passando por uns problemas psicológicos. Não sei se é depressão. Ou se é algum tipo de fase que vem para todos nós quando estamos nessa mesma idade. Pode ser algo sério.

- E o que seria isso, Chrrs? – falei pasmo.

Chris não estava normal. Ele realmente estava estranho. Seu olhar estava procurando saídas pelo chão do corredor do quarto daquele hospital. No encontro das cerâmicas que harmonizavam aquele local, Chris caminhava em cada linha do encontro dessas cerâmicas das paredes rumo a uma resposta. Pelo que ele estava passando? Por que será que ele não me falou disso antes?

- Chris, você está me assustando... – falei tocando em seu braço. – Me fale: o que está acontecendo contigo? Como posso te ajudar? Fale, homem! – exclamei chegando perto dele.

- Só tem uma coisa que você pode fazer para me ajudar! – exclamou Chris fechando seus olhos e torcendo seus lábios.

- Então me diga! – exclamei me levantando.

Independendo do que for, preciso ajudar meu amigo.

- Quero que você consiga o número do telefone da amiga de sua amiga: Jessica!

Nesse momento, eu caí no chão. Como é que esse ser, que acabou de "sofrer" um acidente, me faz vir da Festa da Sociedade de Luxo para fazer todo esse circo em busca de um número de celular? Não dá para acreditar.

- Chris, você me perdoe, mas eu preciso ir embora. – falei me levantando do chão. – Preciso levar a Luana de volta à festa.

Miserável! Eu bastante pensativo pensando que era algo de extrema urgência e você me vem com cachorrada! Ninguém merece!

- Mas Gui, é só um número. Não vai matar ninguém! E ela é super gata! Fiquei completamente apaixonado por ela.

O Christian sempre gostou de dar em cima das pessoas. Teve uma vez em que ele anotou seu número de celular e o nome do seu perfil nas redes sociais para dar em cima das meninas e colocar esse papel na mão delas. Não sabia o que elas realmente faziam com esse papel. A lixeira era uma boa opção.

- Gui! – disse Luana abrindo a porta do quarto do hospital. – Não posso mais ficar por aqui. A minha mãe está dando um show na entrada da Festa por ela não ter recebido o convite de entrada. Vou dar uma força para ela.

- Como é que ela não recebeu o convite para essa importante festa? – pensei rapidamente. – Está certo, Luana. Eu irei contigo. – disse indo em direção a porta.

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⏰ Última atualização: Jan 05, 2018 ⏰

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