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Lorenzzo

Assim que eu soube do acidente que eu entendi o que eu havia feito eu tirei a mãe de Gerody dele e deixei uma criança órfã
-E a minha irmã? - Gerody perguntou se aproximando mais do homem que havia chegado para nos dar a notícia
-Ela está bem - O homem se abaixou para ficar na altura de Gerody - Parece que a irmã de Lucinda estava tomando conta dela porém não se sabe o que será feito da criança ainda dependendo ela será mandada para um abrigo
-Minha irmã não - Gerody disse com a voz embarganhada pelas lágrimas que caiam sen parar
-Fique tranquilo - Eu abaixei para ficar do tamanho do meu menino - No que depender de mim Agnes não irá para um abrigo
-Obrigado papai - Ele me abraçou aperado
-Bom só vim dar a notícia agora devo ir - O sujeito anuiu com a cabeça e saiu pela porta
De repente um flash atingiu minha cabeça me fazendo ficar tonto e por pouco não caí
-Menino imprestável tem razão da sua mãe não te querer - Aquela mulher horrorosa falava pra mim em quanto eu chorava numa parede num canto sebtado e com a cabeça entre os joelhos 
-Sua mãe nunca vai voltar - Ela gargalou alto - Porque você é um fraco
-Hora pare de atormentar o menino - Aquela mulher doce se ajoelhou em minha frente e legantou meu queixo para encará-la nos olhos - Tudo vai ficar bem você está com fome?
Eu assenti com a cabeça e ela me ajudou a levantar me encaminhando até a mesa para que eu sentasse a outra mulher saiu da cozinha bufando
-Obrigado - Eu disse assim que a mulher colocou leite em um copo e me entregou o pão já passado manteiga
-Não precisa agradecer - Ela sorriu - Amanhã faça o bem para outra pessoa e assim já estará me agradecendo e não ligue para Gisela ela não faz por mal esse é o jeito dela
Eu suspirei fundo
-E quanto a sua mãe eu tenho certeza que ela te abandonou por causa de algum motivo - Ela segurou apertado uma de minhas mãozinhas - Talvez ela não tivesse condições de cuidar de você não pense nisso agora alguma coisa me diz que você ainda ganhará o mundo
Eu sorri porque aquela idéia parecia tola
Desde minha estada no orfanato aquela mulher havia sido a única que me tratara como gente e eu havia chegado com dois anos de idade aquele lugar desprezível e já estava com onze anos de idade
-Papai? - Fui tirado dos meus devaneios com Gerody me encarando - Você está bem?
-Estou sim meu filho - Eu o peguei no colo e fui saindo pela porta
-Aonde vamos? - Gerody perguntou confuso
-Vou te deixar na casa dos seus avós pois eu tenho uma coisa para resolver - Eu disse o colocando na cadeirinha no banco de trás

(...)

-Você quer ficar com a criança? - Meu advogado perguntou perplexo com a minha revelação - Mas porque essa agora?
-Porque eu vi a mim mesmo no que a criança está passando - Eu confessei - Além do mais ela é irmã do Gerody e ele nunca me perdoaria se eu a deixasse ir para um abrigo
-Isso é verdade - Meu advogado suspirou - Considere feito porém não será fácil Cármen também quer a guarda da criança
-Então mostre a ela quem tem as melhores influências - Eu sorri maléfico
-Pode deixar senhor - Ele sorriu de canto
Eu ganharia a guarda daquela criança custe o que custasse...

Era uma vez nós dois? | CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora