"Mesmo que doa, a verdade é a única que pode te dar justiça" – Autor desconhecido
August acordou com dor de cabeça. Ele estava em um lugar escuro, as paredes de vidro, uma luz sobre sua cabeça e mais nada, ao olhar para o lado, viu Clary que estava desacordada em um cubo de vidro igual ao dele ao seu lado, parecia uma jaula. Ele gritava e batia no vidro, mas ela não acordava, por fim, homens com máscaras apareceram e ao ver que ele tinha acordado, apertaram um botão que estava próximo ao vidro do lado de fora, o que liberou um gás que fez August desmaiar enquanto batia no vidro incessantemente.
***
Eles corriam, corriam como se suas vidas dependessem disso, olhando para trás aquele "gigante" de 40 anos, Anne pensara "Como ele consegue correr tanto de sobretudo? " Enquanto era levada pelas mãos por Timmy. Anne corria com dificuldades visto que era sedentária.
– Crianças, esperem, não farei mal a vocês. – Disse Hudson, com um tom desconfiável e um sorriso sádico.
Eles entraram em um beco onde não tinha saída.
– E agora? – Disse Anne assustada.
– Preciso que confie em mim – Disse Timmy confiante.
Ela acenou com a cabeça e Timmy a instruiu a pular o muro e correr, disse que a ajudaria e que ela não precisava se preocupar com ele. Ela hesitou, mas ao ver Hudson se aproximando, ela aceitou e pulou, se escondendo atrás de uma lata de lixo.
– O que houve? Por que corriam de mim? – Perguntou Hudson, com um olhar de maldade.
– Eu sei quem você é.
– Se sabe quem eu sou, sabe que não adianta correr.
– O que fez com ele? – Perguntou Timmy já impaciente. Hudson se aproximava cada vez mais e Timmy analisava o local visto que não tinha para onde correr.
– Não sei do que está falando.
– Você não me engana Reitor, sei que acobertava Claryce.
Num gesto de fúria, Hudson atacou Timmy que se esquivou e o derrubou empurrando-o de cabeça contra o muro. Hudson se virou socando o rosto de Timmy que cambaleou para trás e caiu em cima do lixo que ali havia. Hudson foi para cima para o imobilizar, mas Timmy chutou seu peito com a sola de seu sapato, o que fez o Reitor ir para trás e cair sem ar. Timmy aproveitou a deixa e fugiu correndo e Hudson se levantou limpando suas roupas e recuperando o fôlego. Ele era careca, alto, charmoso, sempre se vestia com estilo e se irritava fácil, mas sem perder a classe. Até onde se sabia, ele era Britânico.
Ele retirou o celular do bolso e ligou para alguém, já falando sem se anunciar:
– Me parece que existem mais deles por aqui, e eles são bons. – Ele ouviu em silêncio – Certo, certifique-se que a garota não vai nos atrapalhar, aguardo orientações.
Ele deu uma olhada em direção a Anne e foi-se embora. "será que ele me viu?" ele pensou, mais concluiu que se ele a visse não a deixaria escapar. Ela estava assustada e começou a chorar e depois de um tempo, percebeu que não sabia aonde estava e começou a vagar sem rumo, até que sentiu uma mão a puxar e tampar sua boca, ela se assustou, mas achou familiar a pessoa que a puxara, era Eve, outra aluna da Universidade. Ela aparentava cansaço e estava olhando para todos os lados desconfiada.
– Você é a Anne certo? – Anne afirmou com a cabeça – Diga ao Timmy que foi "ela", ela quem tramou tudo e August corre perigo, todos corremos.
– Mas como assim?
– Diga isto a ele, agora vá, se me virem com você meu disfarce já era. Vamos, depressa! Não tenho todo tempo do mundo.
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A Cor d'Alma (Título e Capa provisórios)
Random"Os olhos são a janela da alma e o espelho do mundo. " (Leonardo da Vinci) August G. Rushmore, um estudante de Artes cênicas da Cidade Universitária de Nova York (CUNY), no Brooklyn. Tem uma vida comum, trabalho, amigos, estudo, até que um dia algo...