My Poisonous Love [PT]

Prólogo

Unknown point of view, Stockholm, Sweden, 7:37 am

Meu pai me olha apreensivo, eu não consigo aceitar a ideia de ir viver nos Estados Unidos da América com a minha mãe, quer dizer, eu amo-a mas prefiro viver aqui com o meu pai ou com qualquer pessoa, desde que eu não mude de continente ou país.

— Pai, eu não vou viver para os Estados Unidos, lamento desiludir-te mas eu não quero ir.

— A escolha não é minha e muito menos tua, a escolha é das autoridades, do tribunal, do juiz, acha que eu não quero que você fique aqui? Eu quero sim, mas infelizmente querer não é poder. Você parte amanhã de noite então vai ter tempo de dizer adeus a tudo.

É a última coisa que ele diz antes de sair de casa para ir ao trabalho, eu realmente não quero sair daqui.

A few hours later...

Um fogo de artifício solta-se no ar enquanto eu e os meus melhores amigos nos sentamos no cimo de uma montanha qualquer onde o frio de Estocolmo agrava-se mais, sentirei saudades disso tudo, do frio, das casas, do ambiente, de simplesmente tudo.

Keoki tira de sua mochila quatro garrafas de cerveja, faço careta olhando-o quando ele me estende a garrafa. Todos olham para mim, e com todos eu quero dizer o Alfie, a Madeline e o Keoki, reviro os olhos e pego na garrafa fazendo eles sorrirem, é o meu último dia aqui, por que não aproveitar?

Sorrio bebendo um gole da minha bebida e olho para os meus amigos, vou sentir saudades disso, vou sentir saudades de Estocolmo.

— Prometem que irão me visitar, me ligar, me mandar notícias? — coloco a minha mão na terra castanha que serve como impulso para me levantar do chão, os outros fazem a mesma coisa — Não se esqueçam de mim.

Os três veêm até mim e me dão um abraço em grupo, o melhor abraço em grupo que eu alguma vez recebi.

Unknown point of view, Los Angeles - CA, Unite States of America, 11:37 pm

Assim que coloco a mão sobre maçaneta da porta principal e giro-a, vejo a porta a abrir-se, entro e acendo a lâmpada vendo o meu pai sentado em seu sofá virado para mim com um sorriso sarcástico em seus lábios.

— Posso saber onde você estava? — ele pergunta acariciando lentamente o braço sofá.

— Creio que não é da sua conta, pai — o sarcasmo é notável em minha voz, ele ri ironicamente.

— Eu pago as suas contas, eu te alimento, se você está vestindo essas roupas é porque é fruto do meu suor, o carro que você está usando é fruto do meu suor e se você ainda está vivo é por minha causa, então ou você me diz onde estava e passa a me respeitar ou você sai por essa porta e nunca mais volta — ele se levanta e caminha até mim.

Por mais que eu queira, eu não posso sair daqui, ainda preciso das coisas que ele me proporciona.

— Isso foi uma ameaça? Sabe quantas vezes você já falou isso? Eu não ligo se você paga as minhas contas, se você me dá dinheiro ou o caralho a quatro, se você não quiser me dar essas coisas está a vontade, não preciso do seu dinheiro sujo.

Ele desvia o seu olhar de mim e acerta um soco em minha cara, apenas travo o meu maxilar olhando-o com ódio.

— Já terminou? — fecho os meus punhos para acalmar a minha raiva, ele não responde nada apenas me olha superior.

Subo para o meu quarto e fecho a porta com bastante força, me sento em minha cama e passo a mão no meu cabelo suspirando pesadamente, a porta lentamente foi aberta e a cama afunda, sinto braços envolvendo os meus ombros.

— Por que ainda temos que ficar aqui, mãe? Nós podemos fugir, eu irei fazer qualquer coisa para poder sustentar nós os dois, para pagar os meus estudos, nós só precisamos sair daqui, por favor... — tiro as mãos do meu cabelo e olho para ela.

— Você sabe que ele vai nos encontrar de uma forma ou de outra, sabe como seu pai é maníaco por controle — a morena ao meu lado se pronuncia com uma voz baixa, olho para os olhos dela que nesse momento é o meu porto seguro — Ele vai mudar, eu tenho certeza disso.

Como se muda algo que há já muito tempo está assim? Isso é a mesma coisa que partir um copo e depois voltar a reconstrui-lo, é impossível. Suspiro pesadamente fechando os meus olhos.

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Olá Bolinhos!
Esta é a minha primeira fanfic/livro, sei lá e eu realmente espero que gostem.
O início está a ser um pouco chato mas vai melhorar, de certeza.
Então, é só isso que eu queria dizer. Bye bye

~ All the love, Little Bear